Leandra Felipe
Correspondente Agência Brasil/EBC
Bogotá - Portugal é o país convidado da Feira Internacional do Livro de Bogotá (Filbo) deste ano. Em 2012, o convidado ilustre foi o Brasil e, de carona no crescente interesse pela lusofonia, em 2013 os portugueses chegaram à mostra com as obras de Luís de Camões, José Saramago, Fernando Pessoa, Eça de Queiroz e Antonio Lobo Antunes.
Na 26ª edição do evento, que dura 14 dias, são esperados 500 mil visitantes, superando as 415 mil pessoas que visitaram a Filbo em 2012. A feira ocorre até quarta-feira (1º), na capital colombiana. Até lá, Bogotá convive com autores, ilustradores, fado, cinema e comida portuguesa, que é pouco conhecida na cidade.
O tema escolhido pelo país foi Portugal - desde o Meu Idioma Se Vê o Mar. Os 3 mil metros quadrados do pavilhão dedicado aos portugueses convidam a viajar pelo mar de histórias e cores de Portugal.
O escritor e jornalista Francisco José Viegas, um dos organizadores e expositores do pavilhão português, explicou à Agência Brasil que tudo foi pensado para que os visitantes tivessem a sensação de navegar pelo idioma e pela cultura portuguesa. “Pensamos em uma coisa interativa, algo que pudesse fazer com que as pessoas sentissem estar no mar, observando o horizonte”, disse Viegas.
Ele conta que percebe como os colombianos têm se interessado mais pela cultura lusófona. “Eles [os colombianos] estão descobrindo vocês, os vizinhos, e também Portugal”, completou o escritor, que viveu no Brasil por três anos, onde trabalhou como jornalista.
Para Viegas, autor de O Colecionador de Erva e de Longe de Manaus, ambos publicados no Brasil, a aproximação cultural entre o país convidado e o anfitrião por meio da feira sinaliza o interesse econômico entre as partes.
“Há um crescente interesse de empresários portugueses na Colômbia, e os colombianos também têm buscado meios de investir em Portugal. A atração cultural também mostra que o caminho financeiro está sendo construído”, diz.
Portugal participa com 25 escritores e ilustradores e dez personalidades, entre elas Pilar del Río, a viúva de José Saramago, homenageado da feira. Nos corredores da feira, painéis gigantes contam a história de grandes escritores e o reflexo da época em que viveram em suas obras.
As ilustrações expostas atraem as crianças. “Eu não entendo muito o que está escrito em português, mas eu adoro desenhar e gostei muito destes ilustradores”, conta Miguel Felipe Béltran, de 12 anos, que veio à Filbo com a escola.
E o homenageado do evento – José Saramago – tem estandes especiais que atraem muitos compradores. Na feira, é possível comprar livros com melhores preços que nas livrarias. A secretária aposentada Beatriz Arteaga, de 73 anos, é fascinada pela obra de Saramago. “Temos o Gabo [Gabriel García Marquez], mas os portugueses têm Saramago, que tem um estilo mais ácido e fantástico”, compara.
De passagem pela feira, ela aproveita para comprar novos livros do escritor português e para conferir a comida portuguesa. “Gostei muito do bacalhau que vendem aqui. É feito de um jeito especial”, comenta.
Além das atividades dentro da feira, como painéis e oficinas sobre grandes autores e novos escritores, a Filbo movimenta toda a cidade com programações diárias de música e danças em outros espaços e teatros da capital. Nas duas semanas do evento, são mais de 700 atividades culturais. (Agência Brasil)
Correspondente Agência Brasil/EBC
Bogotá - Portugal é o país convidado da Feira Internacional do Livro de Bogotá (Filbo) deste ano. Em 2012, o convidado ilustre foi o Brasil e, de carona no crescente interesse pela lusofonia, em 2013 os portugueses chegaram à mostra com as obras de Luís de Camões, José Saramago, Fernando Pessoa, Eça de Queiroz e Antonio Lobo Antunes.
Na 26ª edição do evento, que dura 14 dias, são esperados 500 mil visitantes, superando as 415 mil pessoas que visitaram a Filbo em 2012. A feira ocorre até quarta-feira (1º), na capital colombiana. Até lá, Bogotá convive com autores, ilustradores, fado, cinema e comida portuguesa, que é pouco conhecida na cidade.
O tema escolhido pelo país foi Portugal - desde o Meu Idioma Se Vê o Mar. Os 3 mil metros quadrados do pavilhão dedicado aos portugueses convidam a viajar pelo mar de histórias e cores de Portugal.
O escritor e jornalista Francisco José Viegas, um dos organizadores e expositores do pavilhão português, explicou à Agência Brasil que tudo foi pensado para que os visitantes tivessem a sensação de navegar pelo idioma e pela cultura portuguesa. “Pensamos em uma coisa interativa, algo que pudesse fazer com que as pessoas sentissem estar no mar, observando o horizonte”, disse Viegas.
Ele conta que percebe como os colombianos têm se interessado mais pela cultura lusófona. “Eles [os colombianos] estão descobrindo vocês, os vizinhos, e também Portugal”, completou o escritor, que viveu no Brasil por três anos, onde trabalhou como jornalista.
Para Viegas, autor de O Colecionador de Erva e de Longe de Manaus, ambos publicados no Brasil, a aproximação cultural entre o país convidado e o anfitrião por meio da feira sinaliza o interesse econômico entre as partes.
“Há um crescente interesse de empresários portugueses na Colômbia, e os colombianos também têm buscado meios de investir em Portugal. A atração cultural também mostra que o caminho financeiro está sendo construído”, diz.
Portugal participa com 25 escritores e ilustradores e dez personalidades, entre elas Pilar del Río, a viúva de José Saramago, homenageado da feira. Nos corredores da feira, painéis gigantes contam a história de grandes escritores e o reflexo da época em que viveram em suas obras.
As ilustrações expostas atraem as crianças. “Eu não entendo muito o que está escrito em português, mas eu adoro desenhar e gostei muito destes ilustradores”, conta Miguel Felipe Béltran, de 12 anos, que veio à Filbo com a escola.
E o homenageado do evento – José Saramago – tem estandes especiais que atraem muitos compradores. Na feira, é possível comprar livros com melhores preços que nas livrarias. A secretária aposentada Beatriz Arteaga, de 73 anos, é fascinada pela obra de Saramago. “Temos o Gabo [Gabriel García Marquez], mas os portugueses têm Saramago, que tem um estilo mais ácido e fantástico”, compara.
De passagem pela feira, ela aproveita para comprar novos livros do escritor português e para conferir a comida portuguesa. “Gostei muito do bacalhau que vendem aqui. É feito de um jeito especial”, comenta.
Além das atividades dentro da feira, como painéis e oficinas sobre grandes autores e novos escritores, a Filbo movimenta toda a cidade com programações diárias de música e danças em outros espaços e teatros da capital. Nas duas semanas do evento, são mais de 700 atividades culturais. (Agência Brasil)
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