segunda-feira, 16 de junho de 2014

Senadora Ana Amélia tá lista negra dos Procuradores Municipais do Rio Grande do Sul

Procuradores municipais acusam senadora de tentam censurar site
BLOGS.ESTADAO.COM.BR
FAUSTO MACEDO
Repórter
por Fausto Macedo e Mateus Coutinho
A Justiça Eleitoral no Rio Grande do Sul negou o pedido do Partido Progressista (PP) de retirar do ar o site da Associação Nacional dos Procuradores Municipais (ANPM) e a página da entidade no Facebook.  No pedido, o partido acusava a ANPM de promover propaganda negativa da senadora e pré-candidata ao governo do Estado, Ana Amélia, que lidera as pesquisas de intenção de voto na região. ”As fotografias da senadora levam a textos que reproduzem as notícias de irregularidade, informam sobre a emenda oferecida pela parlamentar e posicionam-se contrariamente a tal medida, destacando a importância da realização de concurso público para a nomeação de procuradores municipais”, afirma a desembargadora Fabianne Breton Baisch em sua decisão.
Senadora é alvo de críticas da ANPM. Foto: Dida Sampaio: Estadão
Nas páginas da entidade na internet e redes sociais são divulgadas notícias de jornais sobre o posicionamento da senadora acerca da emenda proposta por ela para a PEC 17, em tramitação no Congresso, que estabelece a obrigatoriedade de concursos públicos para o cargo de procurador municipal. Em sua emenda, Ana Amélia propõe que apenas as cidades com mais de 100 mil habitantes adotem a contratação via concurso público.
Defesa. Diante disso, o PP acionou a Justiça por considerar que a ANPM estava fazendo propaganda negativa da senadora e pediu que as páginas fossem retiradas do ar. Após a derrota, a sigla já recorreu da decisão e o advogado do partido, Gustavo Paim, acredita que pode conseguir reverter a decisão.
“O que a associação está fazendo caracteriza propaganda ilícita, pois são divulgadas manchetes de jornais com várias notícias negativas e com a foto da senadora ao lado.  Então, a primeira vista aparenta que a corrupção da manchete estaria associada a Ana Amélia, o que é inverídico e extremamente negativo”, afirma o defensor.
Para Paim, não se trata de censura à página da entidade, mas da maneira como a ANPM está expondo a senadora ao tratar do assunto.  ”A juíza entendeu que o debate da PEC 17 poderia ser feito de maneira publica, mas o que se discute é a maneira que estão fazendo, posso garantir que há interesse politico e eleitoral”, diz.
Ele lembra ainda que o presidente da associação é filiado ao PT, partido que vai disputar o governo estadual contra Ana Amélia, que é favorita nas pesquisas.
Disputa. A associação, por sua vez, afirma que sua política de divulgação de notícias de jornais defende a liberdade de imprensa e lembra que na decisão a própria magistrada afirmou que é necessário ter cautela em casos como esses para não ferir “as garantias constitucionais de livre manifestação do pensamento e informação”.
Para a entidade as alterações sugeridas por Ana Amélia permitiriam que advogados que atuaram nas campanhas dos prefeitos fossem contratados como procuradores sem a necessidade de concursos 

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