sexta-feira, 13 de junho de 2014

Pescaria de notícias




Redes sociais encostam em jornais online como principal fonte de informação 

 Luís Osvaldo Grossmann
Convergência Digital 
Que as pessoas têm a Internet como fonte de informação fundamental e de forma crescente, parece óbvio. Menos evidente, no entanto, é o movimento medido pelo Reuters Institute em seu ‘Digital News Report 2014’, divulgado nesta semana: as redes sociais, em particular o Facebook, vão se tornando a grande plataforma para o consumo de notícias.
No Brasil esse movimento é o mais notável entre os 10 países pesquisados. Por aqui, o Facebook não só é a rede mais usada – por 80% dos entrevistados – como é a principal fonte de notícias para 67%, seguida pelo YouTube (33%); G+ (14%) e Twitter (13%).
Particularmente, quando perguntados sobre como se informaram na semana passada, 54% dos brasileiros entrevistados indicaram “redes sociais”, contra 55% que buscaram “veículos tradicionais”, como os sites de jornais. É o maior percentual entre os 10 países, com a Itália em segundo (51%).
Curiosamente, Brasil e Itália são os dois pesquisados onde o acesso à Internet é menor. A penetração no Brasil foi indicada em 46% (Brasil Urbano, segundo o estudo) e, na Itália, 58%. Nos demais – EUA, Reino Unido, Alemanha, França, Dinamarca, Finlândia, Espanha e Japão – a penetração é acima de 80%.
O mesmo estudo (www.digitalnewsreport.org) coloca os brasileiros como os mais interessados em notícias (87%) e aqueles que têm a Internet como a principal fonte de informações – 37% , ao lado da Finlândia. Entre quem tem 18 a 24 anos, não importa o país: 49% acessam informações prioritariamente online.
O Brasil também aparece como o país pesquisado onde os internautas mais compartilham notícias em redes sociais ou por e-mail – 54% dos entrevistados; seguido da Itália, 44%; Espanha, 40%; EUA, 35%; e Finlândia, 24%.
Finalmente, o Brasil aparece ainda como o país onde mais se aceita pagar pelas notícias – 22% dos entrevistados pagaram pelo menos por um artigo ou mantinham assinaturas digitais em 2013, contra uma média de 11% quando agregados os 10 países avaliados.

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