segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Preto no Branco, coluna publicada no jornal O ESTADO

Sexta-feira, 15 de agosto de 2014
Mudança de rumo
• Analistas políticos não poderiam prever que a campanha eleitoral para a sucessão da presidenta Dilma Rousseff tomaria um rumo tão inesperado como o que deverá tomar nos próximos dias, com o falecimento prematuro e totalmente inesperado do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos. O cenário era dado como estável e caminhando para a reeleição de Dilma ainda no primeiro turno, já que os principais candidatos da oposição, Eduardo Campos e Aécio Neves não conseguiam empolgar o eleitorado como emissários do novo.
Esses mesmos analistas chegaram a afirmar que somente um fato extraordinário seria capaz de trazer mudanças radicais nesse quadro e parece que esse fato extraordinário se deu com o trágico acidente que levou a vida de Eduardo Campos, que embora estivesse em terceiro lugar nas pesquisas, tinha como vice a ex-ministra Marina Silva, considerada a única candidata capaz de ameaçar a reeleição de Dilma.
Embora prematuro para que sejam feitos anúncios, já que o país ainda está de luto, com a tragédia que ceifou a vida de Campos (e de mais seis pessoas que estavam com ele no avião  o fotógrafo Alexandre Severo Gomes, o assessor de imprensa Carlos Percol, os pilotos Geraldo da Cunha e Marcos Martins, o cinegrafista Marcelo Lira e o assessor Pedro Almeida Valadares Neto), é bastante provável que o PSB/Rede decida-se por lançar a própria Marina como candidata, fato que pode ser um fator deveras complicador não apenas para a reeleição da presidenta, mas para a pretensão do tucano Aécio Neves de pelo menos chegar a um segundo turno. A trágica morte do ex-governador de Pernambuco, no mesmo dia em que seu avô, Miguel Arraes morreu, há nove anos, pode vir a ser o fator decisivo dessas eleições e mesmo que de uma maneira totalmente indesejável para todos, ser a responsável pela retirada do PT do poder.
CURTO CIRCUITO
Coisa feia! A cada eleição,  mais nos certificamos de que mudam os homens, mas não os costumes. Quando foi oficializado o “divórcio” entre o Ferreira Gomes e o PMDB, supunha-se que teríamos uma campanha de alto nível, entre ex-aliados. O que se vê são ataques e contra-ataques no melhor estilo dos tempos dos conservadores versus marretas, e dos trabucos...
Fugindo - Segundo observa o senador Pedro Simon (PMDB-RS), não é a diminuição dos nascimentos no Brasil, e muito menos desinteresse da Justiça Eleitoral, que leva mais de 750 mil jovens de 10-17 anos a deixarem de votar. A verdade nua e crua, diz ele, “é que nenhum jovem vai querer participar de um pleito que envolve fichas-sujas e gananciosos”.
• Sem baixarias - Ainda em relação à questão do nível da campanha eleitoral que a sociedade decente espera, o presidente do PPS, Alexandre Pereira vem também a púbico, para externar a sua decepção. Para ele, “o eleitorado sério já está escaldado com baixarias do passado e repudia mais baixarias na atual campanha”.                                               
Projetos positivos - Merece elogios a iniciativa do presidente do Centro Industrial do Ceará, José Dias Vasconcelos. Consciente de que a indústria do CE vai precisar de projetos positivos do futuro governador, ele promove uma série de debates na FIEC, com todos os candidatos a governador e senador.  O setor, que necessita de apoio, está ansioso sobre o que esperar deles.
Preocupante - Embora o assunto não esteja nas manchetes, economistas não pertencentes aos quadros do governo federal, advertem sobre os riscos da queda vertical no mercado imobiliário, fato reconhecido até pelos empresários do setor. Lembra o ex-ministro da Fazenda, Delfim Netto, que a derrocada da economia dos EUA há 10 anos, se seu devido a uma “bolha imobiliária”.
Salvando indefesos - Tramita, nas Comissões da CMF, projeto de autoria dos vereadores João Alfredo e Toinha Rocha, ambos do PSOL, propondo a criação da Secretaria de Promoção da Defesa dos Animais, incluindo proposta para parceria da PMF com clínicas veterinárias 24 horas, para salvar animais de rua doentes e abandonados. Eles existem às dezenas de milhares em Fortaleza.
Sugestões, informações   e críticas:
jbrontee@uol.com.br  ou
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