O deputado federal Moroni Torgan, presidente estadual do DEM, admitiu, pela primeira vez depois de conseguir uma cadeira na Câmara Federal, que deverá disputar a Prefeitura de Fortaleza, nas eleições de outubro do ano que vem. Ele, no entanto, negou que esteja rompendo com o prefeito Roberto Cláudio, assegurando que continua apoiando a administração “em favor do crescimento da Capital”. “Nós continuamos grandes amigos, mas a sucessão nós vamos discutir lá para o fim do ano”, afirma.
Vale lembrar que Torgan conquistou, na eleição para deputado federal em 2014, mais de 277 mil votos, boa parte deles em Fortaleza. O parlamentar considera que esses votos na Capital são um “chamamento” da população para que ele dispute, novamente, a chefia do Executivo Municipal. “Sempre que se pensa na eleição para prefeito de Fortaleza, tem que passar por nós”, disse Moroni para, em seguida acrescentar que “estou sempre com disposição para representar o nosso povo, onde quer que ele nos convoque”.
Decisão
Embora manifeste a intenção de disputar, o parlamentar fez questão de deixar claro que a decisão caberá ao DEM. “Cabe ao partido decidir se terá candidato próprio ou não a prefeito de Fortaleza”, reforçou.
Perguntado se já teria projetos para Fortaleza, caso fosse candidato a prefeito, Moroni disparou: “Se eu for falar tudo que proponho, passaria duas horas aqui falando”. Por outro lado, o deputado elegeu a área da Saúde como maior prioridade, seguida da Segurança. A Educação também teria destaque em uma eventual administração comandada pelo Democrata, com foco, segundo destaca, na melhoria do funcionamento das escolas.
“Acredito que o prefeito Roberto Cláudio está fazendo um bom trabalho na infraestrutura, inclusive, no que tange as vias de transporte e tudo mais que está acontecendo”, reconhece. Por outro lado, enfatiza que é preciso evoluir mais na área de saúde. Moroni encerrou a entrevista, em tom de brincadeira, afirmando que o prefeito Roberto Cláudio precisa trabalhar “bem direitinho”, para quando o democrata chegar à Prefeitura, encontrar “tudo arrumado”.
Aliados, porém, minimizam. O presidente regional do PPS, Alexandre Pereira, avisou que o partido só vai começar a pensar em apoios no ano que vem, quando serão escolhidos, de fato, os candidatos a prefeito. Alexandre justifica que, agora, a legenda está focada na fusão com o PSB, visto que existem impasses internos a serem solucionados. Ele, contudo, já avisou que só não apoiará candidatos do PT.
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