A votação de pontos da reforma política, que demandarão mais discussões por serem considerados complexos, foi adiada para a semana do dia 10 de junho, após a votação do projeto de lei do Executivo que muda as regras da desoneração da folha de pagamentos. Serão votadas as propostas da reforma que tratam da duração de mandatos, coincidência das eleições e cotas para as mulheres nos Legislativos. Em entrevista feita pelo jornal O Estado, os deputados mostram que o clima continuará polarizado na discussão dos demais temas.
Clima acalorado
A expectativa do deputado Chico Lopes (PCdoB) é que o andamento das votações se mantenha o clima acalorado nas discussões. Ele destaca duas propostas importantes ainda serão debatidas, dentre elas a cota de 30% de vagas para as mulheres no parlamento. Para tanto, defende que a reforma, em discussão no Congresso, estabeleça pontos que garantam a representação feminina na política nacional. Ele, entretanto, reconhece que existe muita dificuldade para aprovar a proposta e admite que, mesmo que sejam aprovadas as matérias em discussão, a reforma política não se aproxima do que a sociedade precisa.
Sobre a duração de mandato, o comunista duvida que os congressistas encontrem um consenso. “Ficará como está. Nada é consenso. Quanto a duração do mandato, duvido que o Senado aprove”, finalizou, defendendo projeto de iniciativa popular organizado pelas Ordem dos Advogados do Brasil e Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Mandado ampliado
O deputado Danilo Forte (PMDB), por sua vez, defendeu a ampliação do mandato. Segundo ele, isso vai privilegiar a eficiência da gestão pública. Danilo Forte elogiou a coragem do Congresso de votar uma matéria polêmica, classificando como positiva a discussão até agora realizada. Por outro lado, admitiu que o Congresso é “conservador” e, por isso, fica difícil avançar determinados temas e aprovar o que, de fato, a população deseja. Disse, ainda, achar difícil dar continuidade a votação, nesta semana, em virtude do feriado e da agenda do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB/RJ). “Por outro lado, o Congresso encarou o tema e está discutindo. Isso é positivo”, salientou, ressaltando que a discussão já iniciou sub judice uma vez que deputados se uniram para questionar no Supremo Tribunal Federal (STF) a votação que aprovou financiamento de empresas a partidos.
Com informações do O ESTADO
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