Por Newton Pedrosa*
Morreu Eliana Tranchesi! De origem modesta, ingressou ainda jovem no fascinante mundo da moda e lutou muito para chegar aonde chegou,tornando-se figura exponencial, no Brasil, na atividade que abraçara. Extremamente vocacionada, tocou com garra a loja recebida de herança da mãe e, tão logo as condições lhe foram favoráveis, passou a fazer intercâmbio com estilistas internacionais trazendo, principalmente,de Paris e Milão, para São Paulo, o que havia de mais atual e de bom gosto na moda.
Assim, transformou a Daslu na loja mais bonita do país e do mundo, segundo especialistas mais apaixonados. Sua clientela era formada por ricos, novos ricos, pessoas de fino bom gosto, de alto cacife social e vaidades exageradas, o que tornou também sua loja no mais importante centro de consumo de moda e de luxo no país. No apogeu do comércio, trabalhava com mais de mil funcionários boa parte deles e delas requisitada no que havia de melhor na sociedade paulista, chegando a faturar quatrocentos milhões de reais por ano.
Mas, o Destino, esse incansável pregador de peças, costuma fazer das suas traindo as pessoas, e levou Eliana Tranchesi para caminhos tortuosos da deliquência através da lavagem de dinheiro e da sonegação de impostos. Assim, seu comércio e influência empresarial no setor cresciam na medida em que ela sonegava e delinquia, delinquia e sonegava... Até que, investigada, flagrada e presa, foi condenada juntamente com o irmão a mais de 94 anos de prisão, pena que certamente não cumpriria.
Seus negócios começaram a declinar e a clientela bastante numerosa começou a fugir. Viu-se então forçada a vender a empresa para saldar dívidas com fornecedores e o fisco. Uma desgraça, entretanto, não anda sozinha, vem sempre uma atrás da outra conforme a sabedoria e a crendice populares. Em meio a esse vendaval incontrolável, Eliana foi atacada de um câncer no pulmão contra o qual lutou desesperadamente, mas, terminou vencida e sucumbiu. Teve como consolo final, sem o perceber, um enterro por assim dizer concorrido, com a presença de socialaites, para quem tanto vendeu e ornou, amigos e parentes com quem conviveu num mundo de quase fantasia.
Eliana Tranchesi dorme hoje numa campa fria onde todos são iguais!
O Destino, senhor Destino, é assim, tem suas surpresas, muitas vezes dá com a mão e tira com a outra, renovando sempre a lição de que na vida os caminhos podem ou não ser difíceis, transponíveis ou intransponíveis, mas são permanentemente cheios de consequências nem sempre ao gosto, ao agrado e à vontade da fragilidade do ser humano
Assim, transformou a Daslu na loja mais bonita do país e do mundo, segundo especialistas mais apaixonados. Sua clientela era formada por ricos, novos ricos, pessoas de fino bom gosto, de alto cacife social e vaidades exageradas, o que tornou também sua loja no mais importante centro de consumo de moda e de luxo no país. No apogeu do comércio, trabalhava com mais de mil funcionários boa parte deles e delas requisitada no que havia de melhor na sociedade paulista, chegando a faturar quatrocentos milhões de reais por ano.
Mas, o Destino, esse incansável pregador de peças, costuma fazer das suas traindo as pessoas, e levou Eliana Tranchesi para caminhos tortuosos da deliquência através da lavagem de dinheiro e da sonegação de impostos. Assim, seu comércio e influência empresarial no setor cresciam na medida em que ela sonegava e delinquia, delinquia e sonegava... Até que, investigada, flagrada e presa, foi condenada juntamente com o irmão a mais de 94 anos de prisão, pena que certamente não cumpriria.
Seus negócios começaram a declinar e a clientela bastante numerosa começou a fugir. Viu-se então forçada a vender a empresa para saldar dívidas com fornecedores e o fisco. Uma desgraça, entretanto, não anda sozinha, vem sempre uma atrás da outra conforme a sabedoria e a crendice populares. Em meio a esse vendaval incontrolável, Eliana foi atacada de um câncer no pulmão contra o qual lutou desesperadamente, mas, terminou vencida e sucumbiu. Teve como consolo final, sem o perceber, um enterro por assim dizer concorrido, com a presença de socialaites, para quem tanto vendeu e ornou, amigos e parentes com quem conviveu num mundo de quase fantasia.
Eliana Tranchesi dorme hoje numa campa fria onde todos são iguais!
O Destino, senhor Destino, é assim, tem suas surpresas, muitas vezes dá com a mão e tira com a outra, renovando sempre a lição de que na vida os caminhos podem ou não ser difíceis, transponíveis ou intransponíveis, mas são permanentemente cheios de consequências nem sempre ao gosto, ao agrado e à vontade da fragilidade do ser humano
* Newton Pedrosa é Jornalista e Advogado
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