O ex-deputado Teodorico Menezes rondou, rondou e chegou a forçar a barra retornando ao Tribunal de Contas do Estado na tentativa de reassumir pelo menos, o cargo de Conselheiro, já que o de presidente é bem mais dificil. Não teve a guarida dos colegas que estão de barbas de mollho e teve de botar a "viola no saco" e pegar o caminho de volta para sua casa.
Agora, o atual presidente do TCE, Valdomiro Távora, vem à público e diz que o colegiado, reunido, inclusive na presenta do desditoso Teodorico, decidiu que o melhor era mantê-lo bem longe do Tribunal até a conclusão do processo de investigação que apura o provável envolvimento do Conselheiro no esquema de currupção que ficou conhecido, nacionalmente, como "o escândalo dos banheiros", ou "o escândalo dos kits santários". O certo é que a fedentina continua...
A expectativa de Távora é que nesta sexta-feira, a Procuradoria dos Crimes contra Administração Pública (Procap) divulgue um relatório sobre as investigações já que há nove meses, o órgão apontou irregularidades envolvendo Teodorico Menezes.
Reavivando a memória
O conselheiro Teodorico Menezes foi afastado da presidência do TCE após suspeitas de desvio de verbas destinadas à construção de kits sanitários no interior do Estado. O ex-deputado é investigado por suspeita de envolvimento com presidentes de associações comunitárias que receberam e embolsaram vultosos recursos públicos destinados à construção de kits sanitários em vários municípios cearenses.
Depois de algum tempo, sabedor de que a memória do povo é curta, pensando que a poeira havia baixado, como dito anteriormente, dias atrás, Teodorico tentou reassumir o cargo: Retornou ao Tribunal, pediu o carro chapa preta (é, essa mordomia ainda existe!), e dirigiu-se à sua antiga sala de trabalho para retornar às atividades de conselheiro como se nada houvesse acontecido. É claro que a chegada extemporânea do presidente-afastado do órgão causou mal estar entre seus colegas.
Depois do episódio, mais precisamente, no último dia 26, o Ministério Público de Contas (MPC) entregou à presidência da Corte um requerimento solicitando a manutenção do afastamento do conselheiro até que a Corregedoria do TCE, que investiga o suposto envolvimento dele no escândalo dos banheiros, finalise as investigações.
O procurador-geral do MPC, Rholden Queiroz, lembra que o afastamento de Teodorico do TCE não foi decisão sua (de Teodorico) e sim do Pleno daquela Corte de Contas e a ela cabe decidir por seu retorno. Ou seja, Teodorico afastou-se por "livre e espontânea pressão". O resto é conversa fiada. Agora é aguardar para ver no que vai dar. Espera-se que o caso não termine em mais uma pizza e que, em confirmado o envolvimento de Teodorico Menezes ele não receba como penalidade, a gorda aposentadoria do TCE, como é costume ocorrer neste Brasilzão "sem lei".
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