segunda-feira, 2 de julho de 2012

Eleições 2012: A escolha do próximo prefeito de Fortaleza

O eleitor pode até não estar satisfeito com os candidatos, mas não pode se queixar da variedade disponível para escolher o próximo prefeito de Fortaleza. Entre os 10 nomes, gradações diversas da esquerda à centro-direita. Com diferentes virtudes e pontos fracos.
Desde a redemocratização, a Capital já teve eleição decidida pela força da aliança, como em 2008. Mas, mas também pelo vigor da oposição e pela falta de vínculos com os governantes de plantão, como em 1985 e 2004.

Se o primeiro fator for determinante neste ano, o favoritismo será dos candidatos apoiados pelas máquinas. Roberto Cláudio (PSB), com suporte estadual, e Elmano de Freitas (PT), com aval municipal e federal, conseguiram, os maiores arcos de apoio. Com franca vantagem, no quesito coligação, para o candidato do governador Cid Gomes (PSB). Além das duas frentes, apenas PDT, com o PPS, e o Psol, com o pequeno PCB, conseguiram fechar aliança. Os demais vão com chapas puras - inclusive os líderes na pesquisa Ibope.

Elmano larga em vantagem se o fator para desequilibrar a eleição for o respaldo da Prefeitura - o que ocorreu em 1992, 1996 e 2000. Além disso, pesa a seu favor os apoios do ex-presidente Lula e da presidente Dilma Rousseff.

Roberto Cláudio tenta se aproveitar do apoio do Governo do Estado, como ocorreu na época em que Ciro Gomes foi eleito, em 1988.

Ambos também devem travar disputas de obras do Estado e do Município - tantas vezes travadas entre Tasso Jereissati e Juraci Magalhães nos anos 90, sempre com vantagem do ex-prefeito.

Por outro lado, o eleitor também já escolheu a fazer a opção pela veia contestadora. Nesse caso, Heitor Férrer (PDT) e Renato Roseno (Psol) podem se favorecer. Mas também Marcos Cals (PSDB) procura abocanhar seu naco nessa disputa.

O PSDB, tantas vezes rejeitado por representar esse poder quase supremo no âmbito estadual, agora se apresenta como oposição a todas as administrações.

Mas, se ao invés de tudo isso, prevalecer mesmo a força pessoal do candidato, os favoritos passam a ser Inácio Arruda e Moroni Torgan (DEM). Não é fator que costume decidir sozinho uma eleição. Mas, com o discurso certo e aproveitando as oportunidades que surgem, pode ser grande passo para o 2º turno. Também já velhos conhecidos do eleitor da Capital, Heitor e Roseno também correm por fora nesse quesito.

André Ramos (PPL), Gonzaga (PSTU) e Valdeci Cunha (PRTB) são azarões. Caso um deles consiga entrar na briga, será surpresa até para os padrões da sempre surpreendente Fortaleza.

Como

ENTENDA A NOTÍCIA

Cada eleição tem sua história. Umas decididas pela capacidade de agregar, outras pelo discurso de oposição. Além do perfil sintonizado com o desejo do eleitor no momento, a comunicação correta é decisiva no resultado.

 SERVIÇO

 Começo da campanha eleitoral para as prefeituras
Quando: 6 de julho, sexta-feira 

 Inácio Arruda (PCdoB)
É conhecido da maior parte do eleitorado e aposta no vínculo com camadas populares. Larga bem e tem o desafio de se manter.
 Moroni Torgan (DEM)
Como Inácio, seu trunfo é o fato de ser conhecido. Tem eleitorado cativo, mas precisa conquistar outros setores.
 Heitor Férrer (PDT)
Símbolo da oposição ao governo Cid, tem o discurso da ética e da crítica como trunfo para atrair o eleitor progressista.
 Marcos Cals (PSDB)
Larga bem, com o recall de quem teve 20% dos votos para governador. Apostará no discurso da oposição e o apoio de Tasso.
Renato Roseno (Psol)
Disputa com Heitor Férrer o voto do eleitor progressista. Com discurso ideológico, vai mirar o eleitorado arrependido do PT.
 Elmano de Freitas (PT)
Seu trunfo são os apoiadores: Lula, Dilma Rousseff e, claro, o apoio da prefeita Luizianne Lins,
 Roberto Cláudio (PSB)
Tem como pontos fortes a maior aliança eleitoral - maior tempo na TV, portanto - e o apoio do governador Cid Gomes.
 André Ramos (PPL)
O Partido Pátria Livre estreia em campanha praticamente sem chance. A eleição servirá para apresentar o partido.
 Gonzaga (PSTU)
O eleitor pode esperar dele o discurso mais radical de esquerda, voltado aos trabalhadores. Praticamente sem chance.
 Valdeci Cunha (PRTB)
Último partido a definir ter candidato. Outra campanha que servirá para apresentação perante o eleitor.

 (O Povo online)

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