segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Emdometriose: 55% das brasileiras desconhecem a doença

Das cinco mil mulheres acima de 18 anos entrevistadas, em junho deste ano, em oito Capitais do País, por uma pesquisa comportamental da Sociedade Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva (SBE), apoiada pela Bayer HealthCare Pharmaceuticals, 55% delas não sabem o que é a endometriose e 66% não conseguem identificar a que a patologia está associada.

Frentes as outras sete capitais (São Paulo, Manaus, Curitiba, Belo Horizonte, Goiânia, Salvador e Rio de Janeiro), o desempenho do público feminino de Fortaleza, foi satisfatório. Conforme a pesquisa, 48% das mulheres entrevistadas na Capital souberam associar os sintomas à enfermidade, que ocorre quando há um acúmulo de sangue menstrual na cavidade do abdômen e no ovário, podendo causar fortes dores abdominais e colaborar para a infertilidade.

De acordo com o professor do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e presidente da Sociedade Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva (SBE), Maurício Simões Abrão, campanhas de conscientização são fundamentais para mudar esse cenário nacional de desconhecimento refletido na pesquisa. Segundo ele, os locais com índice de associação maior é justamente aqueles que a SBE implementou ações do tipo nos últimos anos.
ALÍVIO PARA AS DORES
Cólicas menstruais intensas e dores durante a menstruação, no período pré-menstrual ou nas relações sexuais, são alguns dos sintomas que afligem cerca de 10% das mulheres brasileiras. Recentemente aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e já disponível nas farmácias, um novo remédio, o Allurene® (comprimidos de 2 mg de dienogeste), da Bayer HealthCare Pharmaceuticals, conforme explicaram especialistas, é uma das novas opções para aliviar tais dores.

Primeiro tratamento de longo prazo ministrado por via oral com dose única diária, segundo médicos, o remédio destaca-se por sua alta capacidade de aliviar a dor crônica, incluindo dor menstrual e dor durante a relação sexual.
CAUSAS E DIAGNÓSTICO
As causas da enfermidade ainda são desconhecidas, mas, sabe-se que há um risco aumentado de desenvolver endometriose se a mãe ou irmã sofrem com a doença, que acomete mulheres a partir da primeira menstruação e pode estender-se até a última. Conforme o presidente (SBE), Maurício Simões Abrão, o diagnóstico, geralmente, acontece quando a paciente está em torno dos 30 anos. “Infelizmente, o diagnóstico não costuma ser tão rápido por falta de informação e acesso aos serviços de saúde, o que se torna um problema para as mulheres”, lamentou.

O professor do Departamento de Ginecologia da Unicamp, ginecologista, Carlos Alberto Petta, reforça que o diagnóstico da doença, que tem grande impacto na vida social, profissional e pessoal da paciente, é demorado. Dados da pesquisa realizada pela SBE, comprovam que somente 33% das mulheres citaram infertilidade, cólica menstrual intensa e dor durante a relação sexual como os principais sintomas da endometriose, o que demostra o grau de dificuldade da percepção.

Além disso, mulheres acometidas pela doença, segundo o médico, muitas vezes experimentam uma maior incidência de depressão e estresse emocional devido à incerteza do diagnóstico, à imprevisibilidade dos sintomas e à dificuldade ter uma vida normal. (Daniel Negreiros - O Estado Online)

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