sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Jovens estudam o patrimônio indígena e arqueológico do bairro Sabiaguaba

O projeto Patrimônio para Todos encerra as atividades neste ano no Bairro
Sabiaguaba,onde os jovens de 15 a 25 anos recebem oficinas e aulas de campo sobre educação patrimonial.

Depois de passar por sete municípios do interior e quatro bairros da capital, o projeto “Patrimônio Para Todos – uma aventura através da memória” realiza as últimas oficinas deste ano no bairro Sabiaguaba a partir desta segunda-feira, 27, até sábado, 1°. Os jovens de 15 a 25 anos inscritos para conhecer mais sobre o patrimônio histórico de suas redondezas serão contemplados com os conteúdos do projeto que enfocou neste ano a cultura das comunidades quilombolas e indígenas.

 Destacado por guardar uma história ancestral de ocupação indígena, o bairro Sabiaguaba possui registros de artefatos arqueológicos que comprovam a presença destes grupos em seu território. Com base nesses fatos e em outras pesquisas sobre as manifestações culturais na área, as oficinas vão ocorrer na Escola Municipal Eduardo Campos, em dois turnos: das 8h às 12h e das 13h às 17h, com aulas de campo sempre nas quintas e sextas-feiras.

 Conteúdo

Além de explicar a origem das manifestações culturais de cada bairro, a capacitação de 100 horas de oficinas divididas em cinco módulos também oferece conteúdos sobre prática da educação patrimonial, uso das novas tecnologias no registro dos bens culturais; além de conceitos básicos de linguagem audiovisual aplicada ao patrimônio cultural. Os monitores e facilitadores que integram o projeto são do Programa de Qualificação Profissional, Valorização e Difusão do Patrimônio Cultural do Ceará, desenvolvido pelo Instituto de Arte e Cultura do Ceará (IACC), por meio da Escola de Artes e Ofícios Thomaz Pompeu Sobrinho.

 Registro

 Nas oficinas de iniciação a cultura patrimonial, os estudantes aprendem que Patrimônio é também a cultura dos povos, que passa de pai para filho, de geração a geração. As atividades incluem aulas de campo, onde os adolescentes aprendem a valorizar a diversidade étnica que existe na cidade. Os próprios alunos registram suas descobertas e o relato de suas experiências é publicado nas redes sociais do Projeto, como o blog: www.patrimonioparatodos.wordpress.com. No blog, os jovens fazem registros como este, dos participantes de Aratuba: “Crescemos bastante. Estamos remexendo, interligando e ganhando consistência em nós mesmos, como ingredientes de um caldeirão fervilhante de tradições e costumes”.

 Balanço
Este ano, o projeto contempla cerca 500 jovens de 7 municípios e 5 bairros de Fortaleza. Com resultados plenamente alcançados, as oficinas já passaram pelo Sertão de Crateús, com ações nas cidades de Poranga (etnias Tabajara e Kalabaça) e Monsenhor Tabosa (Potiguara, Tabajara, Gavião e Tubiba-Tapuia); pelo Litoral Extremo Oeste, na cidade de Itarema (Tremembé); Região Metropolitana de Fortaleza, em Horizonte (comunidade Quilombola); Vale do Curu, na cidade de Tururu (Quilombola); Vale do Jaguaribe, na cidade de Iracema (Quilombola); Maciço de Baturité, em Aratuba (etnia Kanindé).

 Em Fortaleza, já receberam o projeto os bairros Jardim Iracema, com destaque para a população negra do local; Joaquim Távora, com enfoque no Maracatu; e, na última semana, nos bairros Pici e Montese, com oficinas sobre as manifestações afro-indígenas e o Maracatu, respectivamente.

 Serviço:

Bairro Sabiaguaba recebe o projeto “Patrimônio Para Todos – uma aventura através da memória” – De 27 de agosto a 1° de setembro na Escola Municipal Eduardo Campos (Rua Miriú, 500). As oficinas ocorrem em dois turnos: 8h às 12h e 14h às 18h. (DÉGAGÉ)

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