Advogado Ésio Feitosa, ligado à vereadora, mostra os
estragos deixados pelas balas. Foto: Mauri Melo
A vereadora atribui o episódio, que classifica como “atentado”, a uma tentativa de intimidação política. “Moramos no bairro há 22 anos e nunca fomos vítimas de qualquer tipo de violência. Isso é uma clara tentativa de me intimidar, mas garanto que continuarei fazendo toda denúncia que chegar a mim”, declara.
Segundo vigias que estavam próximos do local, os disparos foram feitos às 2h30min da madrugada, por homens em um carro e uma motocicleta. A autoescola fica na Rua Eduardo Porto, 151, próxima à Praça da Messejana, coração do bairro.
No final da manhã, a vereadora procurou a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado (SSPDS). Acompanhada pelo candidato a prefeito de Fortaleza pelo Psol, Renato Roseno, e pelo vereador João Alfredo (Psol), Toinha Rocha pediu proteção particular e “apuração profunda” do caso.
Na Câmara Municipal de Fortaleza, o presidente Acrísio Sena (PT) lamentou o episódio, pedindo que lideranças políticas da Grande Messejana condenem práticas violentas. “Queremos que Messejana seja um território de paz, e não de violência”, disse.
Terra disputada
Nos últimos dias, a Grande Messejana tem sido palco para diversas polêmicas envolvendo parlamentares. Na segunda-feira, 20, a vereadora Toinha Rocha e o deputado estadual Fernando Hugo (PSDB) denunciaram que a esposa do vereador Leonelzinho Alencar (PTdoB), Adriana Bezerra, recebia dinheiro do programa Bolsa Família.
Além disso, a vereadora pediu que fosse aberto procedimento contra Leonelzinho na Comissão de Ética da Câmara, após denúncia da existência de ao menos seis parentes do vereador ocupando cargos na Prefeitura.
A tensão na Grande Messejana chegou a níveis alarmantes nos últimos dias, quando Fernando Hugo e Leonelzinho Alencar afirmaram terem recebido ameaças de morte no bairro.
No centro desses embates, a disputa por uma das áreas de maior concentração eleitoral de Fortaleza. Nas ruas, é quase impossível evitar: bandeiraços, adesivos, pinturas em muros e veículos de som já viraram rotina dos cerca de 180 mil habitantes dos doze bairros da região. (O Povo Online)
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