Os preços dos alimentos continuam pressionando a inflação em Fortaleza. No acumulado do ano até março, o item já chega a uma alta de 5,51% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No período de 12 meses, os fortalezenses já tiveram de pagar 18,19% mais caro com alimentação.
Tomate é o vilão
Entre os produtos, cebola (alta de 67,3%) e cenoura (67,92%) e a batata inglesa (50,1%) já somam aumentos superiores ao vilão tomate (41,37%). A farinha de mandioca está 46,72% mais cara. O professor do curso de economia da Unifor e economista, Mário Monteiro explica que dois fatores têm influenciado a inflação: aumento de procura e queda na oferta. “O aumento da renda das classes C e D leva a um aumento dessa demanda e há uma queda na oferta principalmente em função da seca no Nordeste”.
Entressafra
Para o chefe da Unidade Estadual do IBGE, Francisco Moreira Lopes, a entressafra, as chuvas e a estiagem do estado fizeram com que houvesse essa inflação, mas a tendência é de que os preços caiam nos próximos meses. “As chuvas fortes no País com exceção do Nordeste podem diminuir os preços dos produtos”, disse. No resultado nacional, por exemplo, o índice dos alimentos foi de 1,14%.
Inflação generalizada
Educação
Não são apenas os alimentos têm impacto na inflação. No ano, educação acumulou alta de 5,53% em Fortaleza e transportes se expandiu 3,31%. Para conter a expansão, Monteiro disse acreditar que o Governo terá de mexer na taxa de juros. “O bom senso recomendaria retomar a política de juros e buscar as metas de inflação e a compressão de gastos do Governo”, disse. A cidade tem uma inflação média de 2,36% no ano até março contra 1,94% no resultado nacional. Foi a segunda mais alta do País, superada apenas por Belém (2,45%). Levando em consideração apenas o mês de março, a capital chegou a 0,61% de alta contra 0,47% no País.
Preocupação maior
Monteiro explica que o mais preocupante é a disseminação da inflação. “A inflação está mais difícil de reduzir porque está mais dispersa ao longo dos últimos meses”. O índice de difusão de preços já alcança os 70%. O professor de economia da Universidade Federal do Ceará (UFC)/Caen, Almir Bittencourt disse que isso significa que a maior parte dos itens estão com alta nos preços. “A inflação está se espalhando por vários setores. É preocupante porque se reflete sobre as famílias, sobre o varejo e em indicadores cada vez mais importantes dentro do índice”, detalha.
(Com informações do O POVO)
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