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Empresário foi preso na segunda por 'desrespeito à ordem jurídica'.
Advogado disse que entrou com pedido de habeas corpus na madrugada.
O ex-senador e ex-vice-governador do Distrito Federal Paulo Octavio (PP) foi transferido na madrugada desta terça-feira (3) para a sala do Estado-Maior do 1º Batalhão de Trânsito da Polícia Militar. Ele foi preso na noite de segunda, quando saía do escritório em que funciona um dos hotéis dele, por "desrespeito à ordem júridica", no processo que investiga um suposto esquema de corrupção para concessão de alvarás.
O advogado Marcelo Turbay Freiria, que entrou com pedido de habeas corpus na madrugada, afirmou ao G1 que a defesa não tem conhecimento do que exatamente significaria o "desrespeito à ordem jurídica" que motivou a prisão. Segundo ele, o político e empresário sempre esteve à disposição da Justiça para prestar os eventuais esclarecimentos pedidos.
"Estamos buscando acesso a isso, acesso ao que é mais básico, que são os motivos da prisão dele. Isso é inclusive um dos fundamentos do nosso pedido de habeas corpus", disse Freiria.
Paulo Octavio, que chegou a chefiar o Executivo local por duas semanas depois da saída do governador Arruda, foi levado inicialmente para a carceragem da Divisão Especial de Repressão ao Crime Organizado e, então, transferido para o Departamento de Polícia Especializada. Depois, por ter curso superior, ele passou para uma cela do Estado-Maior da Polícia Militar, reservada a oficiais das Forças Armadas e pessoas com curso superior.
O ex-vice-governador é suspeito de participação num suposto esquema de corrupção de agentes públicos para a concessão de alvarás. A liberação dos documentos envolve, segundo as investigações, empreendimentos imobiliários no DF. A investigação, iniciada em 2011, resultou na prisão temporária do administrador de Águas Claras, Carlos Sidney de Oliveira.
Ao todo, o Ministério Público denunciou 10 pessoas por suspeita de participação no esquema de liberação de alvarás, incluindo Paulo Octavio. Entre as obras investigadas pelo MP está um shopping do ex-vice-governador em Taguatinga.
O advogado de Paulo Octavio rebateu as acusações do MP. "Ao longo da investigação isso foi questionado a ele. Essa acusação não procede. Ele está absolutamente tranquilo, sereno e seguro de que essa prisão é absolutamente descabida".
Paulo Octavio responde a sete ações na Justiça pelos crimes de organização criminosa, falsidade ideológica e corrupção ativa e passiva.
Paulo Octavio também é réu no mensalão do DEM – suposto esquema de pagamento de propina que envolveu o ex-governador José Roberto Arruda (PR), deputados distritais, empresários e membros do Ministério Público.
O escândalo acabou levando à renúncia de Arruda e depois a de Paulo Octavio do governo do Distrito Federal. De acordo com o Ministério Público Federal, os desvios de verbas públicas chegaram a R$ 110 milhões. Em uma das denúncias, desmembradas em 17 ações, o MP pede a devolução de R$ 739,5 milhões, corrigidos e com multas, aos cofres públicos.
Renúncia
Paulo Octavio governou o Distrito Federal em fevereiro de 2011. Foram doze dias no cargo, em substituição ao então governador José Roberto Arruda (PR), que renunciou por causa do escândalo do mensalão do DEM. Na época, Paulo Octavio renunciou ao cargo, alegando ingovernabilidade. Ele também foi deputado e senador pelo Distrito Federal.
Paulo Octavio governou o Distrito Federal em fevereiro de 2011. Foram doze dias no cargo, em substituição ao então governador José Roberto Arruda (PR), que renunciou por causa do escândalo do mensalão do DEM. Na época, Paulo Octavio renunciou ao cargo, alegando ingovernabilidade. Ele também foi deputado e senador pelo Distrito Federal.
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