terça-feira, 13 de março de 2012

Teixeira fora

Após 23 anos no poder do futebol nacional, Ricardo Teixeira encerra uma era, ao anunciar o abandono definitivo das presidências da CBF e do COL




Após 23 anos no poder, Ricardo Teixeira renunciou definitiva e oficialmente à presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e do Comitê Organizador Local da Copa (COL). Ele foi eleito presidente da entidade que rege o futebol brasileiro em 16 de janeiro de 1989. A notícia da renúncia foi dada na manhã de ontem, através de carta, na primeira entrevista coletiva de José Maria Marin como presidente interino da CBF.
Até aquele momento, publicamente, Teixeira estava apenas afastado por razões de saúde. Aos 64 anos, o agora ex-presidente da CBF deixa Marin também na direção do COL. Na carta, lida pelo presidente interino, Teixeira disse que vai cuidar da saúde e ficar com sua família. “Deixo definitivamente a presidência da CBF com a sensação de dever cumprido” – diz trecho da carta de despedida. Em meio a inúmeras denúncias de corrupção, o cartola manteve a posição de que a renúncia não é estratégica.
“Presidir paixões não é uma tarefa fácil. Futebol em nosso País é associado a duas imagens: talento e desorganização. Quando ganhamos, exaltam o talento. Quando perdemos, a desorganização. Fiz o que estava ao meu alcance. Renunciei à saúde. Fui criticado nas derrotas e subvalorizado nas vitórias” – continuou a carta de Teixeira. Como substituto de Ricardo Teixeira, José Maria Marin fica no poder até 2015, quando acabaria a gestão atual.
A leitura da carta de renúncia contou com a presença de 20 dos 27 presidentes de federações estaduais. Um dos sete ausentes, Ednaldo Rodrigues, da entidade baiana, diz que já sabia da notícia. Um dos líderes das federações “rebeldes”, acrescenta que o grupo não aceita a permanência de Marin até 2015. “Essas federações têm um posicionamento que não mudou ao que era antes”, afirma, sobre a exigência por novas eleições. Segundo ele, a movimentação ainda envolve pelo menos Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pará e Paraná.

(O Estado)

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