domingo, 15 de setembro de 2013

Fortaleza está tomada por bandidos

Eram mais ou menos 02:00 horas da manhã. Estávamos, eu e alguns amigos, retornado de uma noitada maravilhosa, onde curtimos um breguinha pra ninguém botar defeito. De repente, o susto: Bem à nossa frente, no cruzamento da Avenida Luciano Carneiro com 13 de maio, a cena apavorantemente dantesca: No primeiro momento, pensamos tratar-se de um acidente, um carro parado, uma moto caída, uma moça rolando no chão e um rapaz desesperado. No mesmo instante visualizamos pessoas de arma em punho a ameaçar o casal já quedado na frieza daquele negro chão, a tremer de pavor. Era um assalto. Tudo isso em fração de segundos. Não me perguntem quantos assaltantes eram, não saberia dizer. Não me perguntem como eram, não saberia dizer, com que roupa estavam, não saberia dizer. Só sei que os assaltantes levaram a moto do rapaz, um mototaxista. Perdeu seu material de trabalho, seu transporte, menos mal, pior seria ter perdido a vida ou ficado incapacitado para o trabalho. Ficaram os dois, o rapaz e a moça, com os capacetes esquecidos pelos bandidos nos braços e o pavor e a incredulidade nos rostos. Os bandidos escafederam-se. A polícia, chamada por nós pelo 190, até sairmos, necas de pitibiriba, nem sinal. O Ronda, quem sabe onde andava! O que sei dizer é que foi um dos piores momentos de minha vida. Não tenho palavras pra descrever cena tão dantesca. Ainda estou em estado de choque.

Infelizmente a violência campeia, faz a ronda, escolhe suas vítimas. E eu pergunto: Que espécie de cidade é esta, tão injusta, onde a violência cresce e os cidadãos ficam a mercê dos bandidos sem que nenhuma voz se levante para defendê-los, sem que nenhuma medida seja tomada para protegê-los? Que cidade é essa? A minha Loura Desposada do Sol, minha Fortaleza maravilhosamente bela está dominada pela violência, pelos assaltantes. Meu Deus, precisa que alguém se levante antes que nossa Terra de Iracema seja tomada pela desesperança, pelo medo quando a noite desce, quando as luzes da cidade se acendem, e também quando elas se apagam. 
A violência está aí, todo o tempo, todo dia, toda noite, toda hora, todo minuto, todo segundo. Sei não, parece até que o ser humano perdeu o senso, perdeu a razão. Os seres humanos tremem diante da violência e quedam-se à impotência. A covardia não combina com a não-violência. Um homem armado até a medula no fundo é um covarde. Sem as armas ele é impotente, não é ninguém. Mas, no Brasil, desarmam-se os cidadãos e armam-se os bandidos. Assim tá difícil viver!

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