segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Policiais federais de Pernambuco preparam protestos e paralisações por reconhecimento profissional

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Policiais federais acreditam que o não reconhecimento das categorias diminui a eficiência em operações da PF, por exemplo
Foto: Arquivo/NE10

Do NE10
Papiloscopistas, escrivães e agentes da Polícia Federal (PF) em Pernambuco preparam, para os próximos dias, uma série de protestos e paralisações de advertência para pressionar o governo por medidas para mais reconhecimento profissional das categorias. Os policiais querem mais autonomia para desempenhar as suas funções, além de incluir os três cargos na tabela de nível superior dos servidores públicos.

O presidente do Sindicato dos Policiais Federais de Pernambuco (Sinpef-PE), Marcelo Pires, viaja nesta segunda-feira (30) para Brasília para uma assembleia com entidades nacionais na terça (1º) que deve definir as estratégias do movimento. "O primeiro passo são protestos, com panfletagem e faixas em locais como aeroportos e portos. Além disso, estão previstas paralisações de 24h, até chegar a uma greve por tempo indeterminado, que é a nossa última estratégia", adiantou Pires ao NE10, neste domingo (29). 

Para Marcelo Pires, o reconhecimento desses policiais federais como se fossem de nível médio é injusta. "Todos desempenham funções de quem concluiu o terceiro grau. Temos atribuições de alto nível de complexidade e responsabilidade e passamos por cursos também assim na formação para policial", explicou. O presidente do sindicato afirmou que, no caso dos agentes, por exemplo, quando trabalham nos departamentos de imigração dos aeroportos brasileiros, o fato de decidirem quem pode entrar e sair do País demanda muita responsabilidade.

Pires citou também os papiloscopistas, que fazem a identificação de criminosos através de impressões digitais e elaboram a reconstituição facial de suspeitos, entre outras funções. "Esse trabalho exige alto conhecimento técnico", disse. Profissionais da categoria fizeram vários protestos no mês passado para serreconhecidos como peritos, o que não conseguiram.

Os profissionais não têm reivindicações salariais diretas. "O governo ofereceu 15,8% de aumento dividido em três anos, mas acreditamos que isso é uma tentativa de desviar o foco da nossa pauta. Não pedimos um índice (de reajuste), queremos o reconhecimento", afirmou Marcelo Pires. Segundo ele, a inclusão de papiloscopistas, escrivães e agentes no grupo de servidores que têm ensino superior já aumentaria os salários naturalmente. "De um lado, exigem a formação para entrar na Polícia Federal, e, do outro, não dão os direitos." 

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