Antes distantes, Dilma Rousseff e Renan Calheiros estão cada vez mais próximos; diante dos sinais cada vez mais explícitos de que o governador pernambucano, Eduardo Campos, concorrerá ao Palácio do Planalto em 2014, a presidente e o chefe do Congresso Nacional articulam a retomada de cargos estratégicos na máquina federal, hoje em poder do PSB; a lista não é pequena e envolve o Ministério da Integração Nacional, a Secretaria Especial de Portos, o comando da Chesf e as superintendências da Sudene e da Sudeco; com esses instrumentos, Renan e o PMDB prometem fortalecer a candidatura Dilma no Nordeste; novo ministro da Integração Nacional deve ser Luciano Barbosa, ex-prefeito de Arapiraca (AL)
247 - Nem sempre foi suave – e marcada pela confiança – a relação entre a presidente Dilma Rousseff e o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Congresso Nacional. Na votação da MP dos Portos, por exemplo, houve um desentendimento explícito entre o senador e a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, que defendia um rito sumário para apreciação da medida – neste caso, prevaleceu a posição de Renan.
De 30 dias para cá, no entanto, Dilma e Renan têm estado cada vez mais próximos. E, além dos encontros públicos, como a cerimônia que marcou a sanção da lei que aprovou a destinação dos royalties do petróleo para a educação, marcada por elogios recíprocos, as conversas reservadas têm sido cada vez mais frequentes.
Nelas, os dois parecem ter formado um consenso: o governador pernambucano Eduardo Campos, do PSB, será mesmo candidato ao Palácio do Planalto em 2014 e essa condição seria incompatível com a preservação de tantos espaços na máquina pública federal. Os sinais de que Dilma exigirá a devolução dos cargos são cada vez mais intensos e, neste domingo, o ex-ministro Roberto Amaral, vice-presidente do PSB, deu a senha para o desembarque, ao afirmar que "não seria tragédia sair do governo Dilma" (leia mais aqui).
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