Temos de nos acostumar a ouvir as vozes das ruas, afirma Dilma
"Temos de nos acostumar a ouvir as vozes das ruas, aos pleitos dos trabalhadores. Temos de reconhecer como legítimas as reivindicações de todos os segmentos sociais de toda a nossa população. Temos de nos acostumar a fazer isso sem violência e sem repressão", afirmou no vídeo de quase dois minutos, o mais longo dos três voltados à celebração do Dia do Trabalho.
Dilma não citou a repressão da Polícia Militar do Paraná, governado por Beto Richa (PSDB), a manifestantes na última quarta-feira (29), mas enfatizou a necessidade de negociação e criticou o uso da força. "Queremos por meio do diálogo construir consensos, evitando a violência e respeitando o direito de opinião e de manifestação".
A presidente citou a criação do fórum de debate sobre políticas de emprego, trabalho, renda e previdência social, com a participação de representantes das centrais sindicais, dos aposentados e pensionistas e dos empresários.
"A pauta dos trabalhos que propomos ao fórum é: sustentabilidade do sistema previdenciário, bem como regras de acesso, idade mínima, tempo de contribuição e fator previdenciário. Propomos ainda como pauta políticas de fortalecimento do emprego, do trabalho e da renda; medidas de redução da rotatividade, de formalização e aumento da produtividade do trabalho".
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No primeiro pronunciamento de hoje, Dilma citou duas propostas enviadas recentemente ao Congresso como medidas dirigidas aos trabalhadores: a política de valorização do salário mínimo e a correção da tabela do Imposto de Renda.
No segundo, ao comentar o projeto de terceirização que tramita no Congresso, frisou que a regulamentação do trabalho terceirizado "precisa manter a diferenciação entre atividades-fim e meio nos vários setores produtivos".
A presidente decidiu neste ano não se pronunciar em rede nacional de TV no Dia do Trabalho. O último pronunciamento feito por Dilma em cadeia de TV, em 8 de março, desencadeou um panelaço contra ela em várias cidades do país.
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