domingo, 20 de setembro de 2015

PRETO NO BRANCO, coluna publicada no jornal O ESTADO

       Ciro no PDT rumo ao Planalto

Julieta Brontée

        Confirmando o que vinha sendo noticiado já há alguns dias, os irmãos Ferreira Gomes e seu grupo político se filiaram ao PDT com direito desde já ao lançamento do líder do grupo, o ex-ministro Ciro Gomes à disputa presidencial de 2018 pelo próprio presidente do Partido, Carlos Lupi.
        Não apenas a filiação do grupo, mas principalmente o lançamento da pré-candidatura de Ciro à presidência demonstra que em política não existem mortes anunciadas, como a que se chegou a prenunciar do próprio Ciro quando teve seu tapete puxado pelo ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, a pedido de Lula, para que o PSB, então Partido de Ciro Gomes, viesse a apoiar a primeira candidatura de Dilma Rousseff, já que Campos, sonhava, já naquela época, ele mesmo, com um futuro apoio de Lula à sua própria candidatura.
        O futuro mostrou que para Eduardo o destino reservou uma morte prematura, por força de um acidente aéreo em plena campanha presidencial, enquanto que para Ciro Gomes, então tido como morto politicamente, uma espécie de ressurreição política ocasionada muito mais pela esclerose múltipla e precoce que se abateu sobre o segundo mandato da presidenta Dilma e do próprio Lula e do seu PT, responsáveis principais pela saída de Ciro do cenário eleitoral quando rifado em suas pretensões de ser presidente da República, em 2010. Mais do que nunca a frase dita pelo ex-governador do Ceará, Gonzaga Mota se mostra atual: a política é dinâmica! E como é mais que dinâmica é implacável com os fracos e não talhados para ela.
                        CURTO CIRCUITO
Inconveniente
                Na AL, uma audiência pública abordava os problemas criados pela proposta de municipalização do trânsito, que descentralizaria a atividade, além de gerar renda para as prefeituras. O problema é que em sua maioria, os prefeitos, para não perder votos, deixam o trânsito “correr frouxo”, sem multas nem punições, pondo vidas em perigo.
Nau dos afogados
                A situação em que se acham o país, estados e municípios, tem mostrado cenas inimagináveis há quatro anos, quando havia um clima de crescimento econômico e de boas condições para a sociedade. O que se vê são municípios “pendurados” nos estados, estes humilhados à União, e esta implorando o apoio de ambos. E praticamente sem saídas.
Sopa no mel
               A recuperação do Centro de Fortaleza, e o resgate do seu patrimônio arquitetônico,  está cada vez mais próxima de ocorrer. Para isso, entretanto foi necessário uma ação decidida e arrojada do presidente da CMF, Salmito Filho, ao lado dos dirigentes da CDL e FCDL, Severino Neto e Freitas Cordeiro. É o que se pode chamar de “sopa no mel”.
 Inversão
              A falta de capacitação para cargos tecnológicos, inviabiliza a formação de um bom contingente desses profissionais para empresas instaladas no Ceará. Para o senador Delcídio Amaral (PT-MS), líder do governo no Senado, “se 90% dos advogados do Brasil fossem técnicos de nível médio, teríamos um dos países mais industrializados do Planeta”.
“Meizinha” do Maurinho
               Com a economia do estado seguindo os passos da economia nacional, o secretário Mauro Filho, da Sefaz, se vira, em busca de saídas para municiar os cofres do Estado. Uma delas, é oferecer descontos de até 100% de multas e juros para devedores que se proponham a pagar à vista suas dívidas. Há ainda parcelamentos em até 120 meses.
Preço alto
               Para o deputado Raimundo Matos (PSDB), é preciso uma grande mobilização nacional das pessoas de bem, para que se possa impedir os crimes que estão sendo perpetrados contra o povo pela equipe econômica do Governo Federal. “Não se pode admitir – afirma ele – é uma população já sacrificada, pagar as contas da corrupção”.
E se fosse hoje?
                Há 20 anos, no programa do Serginho Groisman, Lula da Silva, festejava o “impeachment” pelo Congresso, do presidente Fernando Collor, que o derrotara. “O brasileiro – dizia ele – mostrou que o mesmo povo que elege um político, pode destituí-lo. Espero que o povo nunca esqueça essa lição”...
Enrascadas

                Avoluma-se as dificuldades enfrentadas pela presidente Dilma por conta das enrascadas em que os seus “acólitos” a meteram. Agora, é o procurador aposentado Hélio Bicudo, fundador do PT, que acusa o governo, não só de “pedaladas” fiscais, como também até de sérias fraudes orçamentárias, que ela diz só agora saber.

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