sábado, 23 de janeiro de 2016

OPINIÃO



O almoço
Gonzaga Mota*

Sou muito grato ao eminente professor e intelectual Sânzio de Azevedo, por sempre fazer colocações construtivas sobre as reduzidas crônicas que escrevo, às sextas-feiras, no jornal Diário do Nordeste. Com relação à última, “O causo do comício”, agradeço as observações, bem como a sugestão dada no sentido de comentar fatos históricos acerca da redemocratização do Brasil. Digo-lhe, caro mestre, sempre que possível seguirei o seu excelente conselho, apesar de que, conforme fui informado, três pessoas estão escrevendo sobre a minha vida  e eu, particularmente, estou redigindo “História Vivida – Uma Autobiografia”. No tocante à redemocratização concentro-me no período 15.03.1983(início do meu Governo no Estado do Ceará) a 15.01.85(eleição de Tancredo Neves). Assim, em outubro de 1984, creio, o Vice-Presidente Aureliano Chaves, reuniu num almoço no Palácio Jaburu membros do PMDB(Tancredo Neves e Ulysses Guimarães) e do PDS(Marco Maciel, Jorge Bornhausen, José Sarney e Gonzaga Mota) para comunicar aos peemedebistas que o senador José Sarney seria o candidato a Vice. Somente assim haveria a Aliança Democrática. O chamado Grupo Autêntico do PMDB(FHC, Mario Covas, Pedro Simon, Paes de Andrade, dentre outros)  não concordava. Tancredo e Ulysses, sem autorização dos autênticos, mas visando os interesses superiores do Brasil responderam afirmativamente. Foram logo conversar com os correligionários. Foi difícil convencê-los, no entanto conseguiram. Prevaleceu a “máxima” do velho PSD mineiro: “reunião com a decisão já tomada”. Eis como aconteceu.
 
*Gonzaga Mota é
prof. aposentado da UFC- Ex-Governador do Ceará e meu amigo.

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