segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Será que vem?

Infraero assegura que Pinto Martins está pronto para hub

O Aeroporto Internacional Pinto Martins está pronto para receber o hub (centro de conexões de voos nacionais e internacionais) da companhia TAM Linhas Aéreas, precisando apenas de algumas adaptações. O parecer é do superintendente da Infraero, Usiel Vieira, acrescentado que o Governo do Estado já está tomando todas as providências para que essas adaptações sejam feitas.
Aeroporto Internacional de Fortaleza (Pinto Martin). Crédito: NAYANA MELO / O ESTADO
Aeroporto Internacional de Fortaleza (Pinto Martin). Crédito: NAYANA MELO / O ESTADO
Ele informa que a TAM ainda não resolveu definitivamente onde vai instalar o hub, lembrando que a definição é da empresa aérea que vai analisar todas as condições oferecidas. A TAM irá colocar esse equipamento no Nordeste e, na disputa pelo benefício, estão Fortaleza, Recife e Natal. O superintende acha que Fortaleza leva vantagem, por ser, entre os requisitos exigidos, o local mais prático tanto para a Europa como para os Estados Unidos.
Impactos
De acordo com os dados do estudo da consultoria Arup, foi estimado que o hub irá movimentar 2 milhões de passageiros adicionais em 24 aeronaves, simultaneamente, em 2018 (entre 2.500 – 3.000 passageiros na hora-pico). Em 2038, o número de passageiros deverá chegar a 3,2 milhões, em 36 aeronaves, simultaneamente, (mais de 4.000 passageiros na hora-pico).
Já o estudo da Oxford Economics apontou que cada dólar investido para a implantação do hub deve gerar entre US$ 5,2 e US$ 5,8 em novas atividades econômicas, na média dos cinco primeiros anos de operações. Esta previsão inclui a geração de valor tanto para a cidade que for escolhida quanto para as outras que participaram do estudo. A consultoria também estima um crescimento adicional do PIB das três cidades envolvidas no hub da ordem de 5% a 7%, considerando a média de cinco anos de operação. Nesse período, o hub deve gerar de 34 mil a 42 mil novos empregos no Nordeste.
Concessão
“Eu estou torcendo para que o hub venha para cá, mas quem decide é a direção da TAM que continua analisando as ofertas das três cidades que são candidatas”, confessa Usiel, Vieira. Ele reconhece que foi muito importante que a Infraero ficasse fora da concessão do Aeroporto de Fortaleza, porque isso foi muito bem recebido pelas empresas que são candidatas.
O que ele dá como certo é que a concessão não vai ter nenhuma participação econômica do Governo Federal, e que a empresa ganhadora da concessão tem que arcar com todas as despesas que estão orçadas em R$ 1,8 bilhão. Ele lembra que as empresas já estão cadastradas para participar do leilão de concessão, mas preferiu não falar nos nomes delas.
O superintendente disse, ainda com relação ao Hub da TAM, que o Aeroporto Internacional Pinto Martins, mesmo enfrentando uma crise econômica no País, continua em crescimento. Ele prevê que esse crescimento, agora na alta estação, é da faixa de 15%, se comparado com período normal, mas devendo haver um decréscimo de 5% com relação a 2014. (Com informações de Tarcísio Colares).
Definição de local sairá neste semestre
Em novembro de 2015, o Grupo Latam adiou o anúncio sobre qual capital sediará o primeiro hub (centro de conexões de voos) doméstico e internacional do Nordeste do, previsto inicialmente para o final do ano. Essa decisão deveu-se ao prazo de desenvolvimento da infraestrutura aeroportuária – um dos três fatores de decisão estabelecidos pelo grupo, que incluem paralelamente a experiência do cliente e a competitividade em custos, ambos, neste momento, igualmente em análise.
Os aeroportos das três capitais envolvidas no processo (Fortaleza, Natal e Recife) estão discutindo adaptações técnicas para sediar o hub. O encaminhamento dessas discussões dependerá de um conjunto de avaliações, que envolverá várias esferas governamentais e concessionárias, para o aprofundamento dos requisitos que foram apresentados nos estudos técnicos realizados pelas consultorias Arup e Oxford Economics para a implementação de um hub no Nordeste.
O Grupo Latam assegurou que continuará avaliando todas as condições para a definição da capital que será a sede do hub Nordeste. Esta decisão poderá ocorrer ainda no primeiro semestre de 2016. A iniciativa do hub permanece no plano de investimentos do grupo.

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