Nome de consenso para ocupar a próxima presidência da Assembleia Legislativa, Zezinho Albuquerque (PSB) afirma que, em sua Mesa Diretora, “quanto mais partidos, melhor”. O deputado diz que pedirá núcleo decisório “eclético”, com ampla representação partidária, ao atual presidente do Legislativo, Roberto Claudio (PSB). A declaração fortalece movimento liderado por Tin Gomes (PHS), que busca maior representação para partidos menores na Casa.
"Guerra fria"
Atualmente, dois blocos travam “guerra fria” pelos demais assentos na próxima Mesa Diretora. A disputa é especialmente embolada em torno de quem será o 1º secretário da Casa. Enquanto PSB busca manter a posição em torno de José Sarto ou Sérgio Aguiar (ambos do PSB), Tin Gomes lidera bloco de 12 partidos que também cobiça a vaga. “O PSB quer manter a 1ª secretaria, mas ainda estamos conversando com os demais partidos. A primeira definição foi apenas de quem seria o presidente. Com relação aos demais cargos, estamos entregues ao atual presidente, Roberto Claudio”, diz Zezinho Albuquerque.
Divisão de cargos
Além da 1ª secretaria, o PSB busca manter a presidência e a 1ª vice-presidência da Casa, atualmente já ocupadas pelo partido. O grupo de Tin reivindica ainda outros cargos na Mesa. Os nomes cotados seriam de Danniel Oliveira (PMDB), que busca a 1ª vice-presidência, Manoel Duca (PRB), que deseja a 3ª secretaria e Ely Aguiar (PSDC), como 1º vogal. Desde quarta-feira, diversos membros do bloco de Tin Gomes vêm subindo à tribuna da Assembleia para pleitear a 1ª secretária da Casa. “Entendemos que deve haver a divisão. Um partido não pode ser dono de tudo. A coligação não deve prevalecer apenas para eleger”, disse Ely Aguiar (PSDC).
Negociações
A disputa pela 1ª secretaria faz sentido: além de grande poder sobre as finanças do Legislativo, a vaga tem funcionado como “trampolim” para a presidência da Casa. Com exceção de Roberto Claudio, todos os últimos presidentes da Assembleia ocuparam o cargo. Entre eles, Domingos Filho (PMDB), atual vice-governador do Estado, e o próprio Zezinho Albuquerque, que cumpre a função há seis anos.
Segundo Zezinho Albuquerque, a partilha dos outros assentos na Mesa Diretora deverá ser “tranquila”, pautada nas conversas e sem maiores atritos entre partidos. “A Assembleia é lugar onde se fala de política o tempo todo. E agora, o importante é conversar com os partidos, fazer uma mesa eclética, que atenda ao maior número de legendas”, diz.
Com O POVO
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