domingo, 25 de novembro de 2012

Novo prefeito de Fortaleza promete Reforma Administrativa para início de sua gestão

Roberto Cláudio manda à Câmara Municipal, no início de janeiro, o projeto de lei da nova estrutura da Prefeitura

Do Diario do Nordeste Online: Roberto Cláudio já está organizando o projeto da Reforma Administrativa que fará, na Prefeitura de Fortaleza, imediatamente após a sua posse, dia 1º de janeiro vindouro. É a sua primeira mensagem a ser encaminhada à Câmara Municipal, por entender ser necessário e urgente organizar a parte burocrática do Governo, dada a desorganização e o inchaço constatados na análise percuciente feita pelas pessoas incumbidas de tratar da questão.

Oficialmente, a Prefeitura de Fortaleza tem um total de 23 secretarias espelhadas na página 2 do Diário Oficial do Município, mas acrescenta alguns outros órgãos com estrutura e atenção equivalentes a secretarias, aumentando, significativamente, o custeio da máquina e a quantidade de cargos comissionados considerados desnecessários, e por isso mesmo fonte de entrave ao desenvolvimento das atividades que reclamam agilidade no atendimento à população.

Entende a equipe do prefeito eleito ser factível enxugar a estrutura hoje existente e cumprir as promessas de campanha de Roberto Cláudio, quanto à criação de uma secretaria de Planejamento específica, diferente da atual, atenta quase que exclusivamente a Orçamento, além das pastas de Transparência e da Segurança, esta idealizada pelo então candidato Moroni Torgan, um dos apoiadores do futuro prefeito, no segundo turno da disputa eleitoral.

Regionais
No mesmo projeto, vai estar a remodelação da estrutura gerencial das secretarias regionais, além do desmembramento das Regionais V e VI, para nascer uma outra, dada a dimensão territorial e populacional de ambas. Pela nova ordem projetada, aquelas secretarias deverão trabalhar como anteriormente foram concebidas, uma espécie de subprefeituras com capacidades de responderem, com a urgência reclamada, aos problemas dos seus respectivos territórios.

Mas a ideia de Roberto Cláudio é de impactar, começando a cumprir alguns dos seus principais compromissos da campanha. O Bilhete Único, para garantir um menor custo aos usuários de transporte coletivo será implantado nos primeiros meses da nova administração. Seus auxiliares estão dando garantias de viabilização da medida em tempo recorde, embora ainda não seja possível mensurar, exatamente, qual o custo da medida para os cofres municipais, embora resida a certeza de ser plenamente suportável, como foram as providências para garantir o preço inalterado da passagem de ônibus na Capital.

Apesar das dificuldades da transição, Roberto Cláudio está certo de até o próximo dia 15 de dezembro ter um retrato, próximo do real, do que lhe espera na Prefeitura. E com o seu projeto definido, começa então a formalizar o secretariado. Todos os dirigentes dos partidos da coligação vitoriosa serão chamados a participar do Governo, e realmente participarão, se apresentarem nomes qualificados para as diversas posições nos primeiros escalões da administração.

Câmara
Também com algumas lideranças partidárias, no mesmo período, segunda quinzena de dezembro, mesmo em meio às festas de fim de ano, Roberto Cláudio conversará sobre a eleição da nova Mesa Diretora da Câmara Municipal da Capital. Ele tem um diagnóstico da realidade do legislativo, após ter conversado com quase todos os vereadores eleitos em outubro passado, exceção apenas de três vereadores do PT e os dois do PSOL.

O prefeito eleito pretende trabalhar com os vereadores diferentemente do modelo atual, herdado de outros governos. Os legisladores vão ter alguns dos seus pleitos atendidos, não com empregos terceirizados de afilhados ou distribuição de recursos para associações suas ou de familiares, além de loteamento de obras para empresas inidôneas, cujos serviços, quando realmente executados, deixam muito a desejar, com imensuráveis prejuízos não apenas ao erário municipal, mas sobretudo à própria população.

Educado, como é, ele foi muito claro na conversa que teve com os vereadores, em relação à prática atual e passada de relacionamento entre o Executivo e Legislativo. Se os vereadores entenderam e realmente a nova ordem vai ser posta em prática, só o tempo dirá. Para reinar a moralidade anunciada, não basta apenas torcermos a seu favor. É preciso ficarmos atentos e dispostos a cobrar este novo momento, aproveitando o nascer do Governo.

EDISON SILVAEDITOR DE POLÍTICA

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