Após 265 dias preso, bicheiro conseguiu alvará de soltura e foi direto para Goiânia ao lado da mulher; por determinação da Justiça, contraventor cumprirá cinco anos em regime semiaberto pelas condenações por tráfico de influência e formação de quadrilha
Preso desde 29 de fevereiro deste ano, o bicheiro Carlinhos Cachoeira deixou o presídio da Papuda, em Brasília, à 00h04 desta quarta-feira (21). Ele foi condenado pela 5ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) a cinco anos de prisão em regime semiaberto e responderá em liberdade pelos crimes de formação de quadrilha e tráfico de influência.
Família
Na saída do presídio, a mulher de Cachoeira, Andressa Mendonça, o aguardava ao lado dos advogados. Bastante emocionada, chorando muito, ela esperava dentro de uma caminhonete e abriu o vidro apenas para cumprimentar outros parentes. "Vou dizer pra ele mais um 'eu te amo', de muitos que eu já disse", disse Andressa, que esteve presente durante todo o processo contra o marido.
Cachoeira seguiu direto para Goiânia, ao encontro dos filhos, um de 9, outro de 12 anos, que não vê há nove meses.
Regime aberto
Segundo o advogado do bicheiro, Nabor Bulhões, como Cachoeira já cumpriu cerca de "seis meses" (na verdade ele foram quase nove meses), o que corresponderia a praticamente um sexto da prisão imposta, ele não cumpriria prisão em regime semiaberto, mas em regime aberto. O regime semiaberto é aquele no qual o réu pode passar o dia fora do presídio e dormir na cadeia. Segundo a legislação, a pena em regime semiaberto deve ser cumprida em uma colônia agrícola ou industrial.
O contraventor também foi condenado ao pagamento de 50 dias-multa, embora o valor exato não estivesse imediatamente disponível no tribunal.
(Com Brasil 247)
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