Dois advogados acompanharão o inquérito policial que investiga o assassinato de Emídio Cézar Viana de Carvalho. O criminalista foi esfaqueado após colisão no trânsito
A seccional cearense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-CE) designou dois profissionais para acompanharem a investigação sobre o assassinato de Emídio Cézar Viana de Carvalho, de 49 anos. O advogado foi morto a facadas após se envolver em uma colisão de trânsito, na avenida Godofredo Maciel, por volta das 2h30min de ontem. Ele morreu no local. O acusado do crime fugiu. O enterro deve acontecer hoje à tarde, no cemitério Parque da Paz.
Segundo o presidente da OAB-CE, Valdetário Monteiro, os advogados Paulo Quezado e José Maria Rios seguirão a investigação do caso e o Centro de Apoio e Defesa do Advogado e da Advocacia fará acompanhamento. Monteiro define Emídio como “grande amigo” e diz que todos ficaram surpresos e abalados com a ocorrência.
Crime
Irmão do advogado, o jornalista Antônio Viana diz que o crime ocorreu quando Emídio voltava sozinho para casa, no bairro Mondubim. Testemunhas relataram à família que um carro onde estavam três pessoas se chocou contra o veículo dirigido pelo advogado. “Ele saiu do carro pra tomar satisfação e houve a morte”, resume Antônio Viana. Emídio foi atingido com facadas. Para Antônio, o caso é reflexo da “insegurança” existente em Fortaleza.
O radialista Carlos Viana, também irmão da vítima, diz que a família quer esclarecer a informação passada por testemunhas de que Emídio teria ficado “mais de 30 minutos agonizando” à espera de uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Emídio atuava nas áreas cível e criminal e foi conselheiro do Tribunal de Ética e Disciplina da OAB-CE até 2012. Ele trabalhava na Assembleia Legislativa do Ceará. Emídio era separado e deixa um filho.
Investigação
O advogado Paulo Quezado conhecia Emídio Viana há mais de 20 anos e define o amigo como uma “pessoa tranquila”. Até o fim da tarde de ontem, segundo Quezado, não havia informações “concretas” sobre o andamento da investigação. O POVO tentou ouvir a Polícia, porém, não foram atendidas as chamadas feitas durante a tarde para o titular da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Luiz Carlos Dantas, e para o delegado-geral da Polícia Civil, Andrade Junior. (O POVO Online)
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