Fim do primeiro grande capítulo da novela
da reforma da Previdência. Embora mais do que previsível, a tramitação e os
debates finais da matéria conseguiu se superar como o maior festival de
demagogia da história da Câmara baixa de nosso país. Quem acompanhou “pari passu”
as longas horas de lero-lero a que tiveram direito os parlamentares, testemunhou alguns poucos bons discursos, com
conteúdo, lógica e erudição. Entretanto, assim como nas votações de
“impeachment”, reinou a demagogia desenfreada de defensores e de adversários
radicais da reforma. Alguns acertaram, ao culparem governos anteriores, que não
se preocuparam em tentar consertar os erros e as bandalheiras praticadas, que
afundaram o sistema previdenciário brasileiro.
Da parte da oposição, foi o palco, a
grande vitrine para petistas, pedetistas, psolistas, comunistas e outros “istas”,
descarregarem toda sua fúria contra a reforma, contra Bolsonaro e contra Sérgio
Moro, que usarão quando das campanhas para suas reeleições.
Quem conhece a maneira como os parlamentos de
países democráticos se comportam em debates assim, sente a brutal diferença de
níveis e estilos de tratamento entre grupos opositores. Em sua maioria, os
contendores dessa batalha mais zelaram pelas suas imagens perante os eleitores
do que para a própria reforma, que tem virtudes e defeitos, mas que, sem
dúvida, é necessária.
No mais, o que reinou mesmo foi uma grande demagogia por tudo quanto foi lado.
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