No
Planalto da Ibiapaba, uma das mais belas regiões turísticas e mais ricas
produtoras de rosas e hortaliças do Nordeste, uma grande preocupação se apossa
da maioria da sua população, tendo em vista os grandes problemas gerados pela
falta de reservas hídricas suficientes para atender às suas necessidades
agrícolas e domésticas. Melhor explicando, aquela região, com quase 500 mil
habitantes só possui um grande açude, o Jaburu, obra cujo projeto é de 1932, no
governo do presidente Getúlio Vargas. Depois de meio século, o projeto foi
executado pelo então governador Virgílio Távora. Segundo o projeto original o
Jaburu deveria fornecer água apenas para os municípios de Viçosa do Ceará,
Tianguá, Ubajara (onde se acham 85% das águas).
Com
a seca de cinco anos, o Jaburu teve de garantir água para as oito cidades da
Ibiapaba, e mais oito municípios do entorno, tendo suas reduzidas para menos de
10%, sendo ameaçado se chegar ao fundo. Com o inverno deste ano chaga a mais de
85% da sua capacidade. Mas, se continuar a sustentar com água a mesma
quantidade de municípios estará novamente ameaçado.
Esse
problema já deveria ter sido resolvido há mais de meio século, se as
autoridades estaduais e federais tivessem se empenhado em tornar realidade um
projeto que visa a construção de uma grande barragem no rio Arabê, que fica
situado em São Benedito. A ser concretizada essa obra, o Jaburu teria suas
reservas hídricas preservadas, e os municípios de São Benedito, Guaraciaba,
Carnaubal e Croatá teriam resolvidos os seus problemas de água. A pergunta, no
caso, é: para que serviu os ibiapabanos terem elegido dezenas de deputados
federais e estaduais? Será por que nenhum deles nasceu na belíssima Serra
Grande?
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