Nesta semana, o a arte do Brasil perdeu
um de seus últimos gênios, o compositor, cantor e violonista João Gilberto. Melhor
dizendo, nós já o havíamos perdido há alguns anos quando ele com sérios
problemas de saúde praticamente saiu de cena, deixando nos grandes palcos do
mundo um vácuo impreenchível. Com o seu falecimento, os meios de comunicação,
que o haviam esquecido entraram em cena com um “festival” de hipocrisia
insuportável. Dizemos isso porque as emissoras de Rádio e de TV, revistas e
jornais, nos últimos tempos, só se referiam a ele pela sua inatividade e seus
infortúnios financeiros.
Ao longo de muitas décadas, o destino dos
nossos grandes artistas tem sido sempre o mesmo: muito oba-oba, muita
exploração, com gravadoras e donos de “shows” faturando aos montes em cima do
talento e do carisma dos nossos artistas, que vão sendo relegados ao
esquecimento quando surgem novas atrações. Com Carmen Miranda, a “Pequena
Notável” foi assim: enquanto brilhou entre nós, era deusa. Quando migrou para
os Estados Unidos, virou “americanizada”, por décadas, só voltando a ser
endeusada quando aqui voltou, numa urna mortuária. Coisas de Brasil.
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