Depois de ter sido exibido com sucesso e muita curiosidade,
o filme “Marighela”, que narra a sangrenta saga do deputado Carlos Marighela,
teve a sua estreia nacional cancela, e sem muitas perspectivas de acontecer. A
película mexe com muita gente, e também com a classe dos militares e muitos
civis importantes. O personagem em questão promoveu, planejou e participou de
muitos atos destinados a enfrentar e derrubar o governo dos militares. Em sua época, Marighella passou a ser o terrorista mais
procurado do país. O escritor, conhecido como guerrilheiro comunista marxista-leninista, foi um dos principais organizadores da luta armada contra a ditadura militar.
Agora, entre as motivações alegadas para o cancelamento do
filme de Wagner Moura no Brasil, um deles tem tudo para complicar a situação
daquela obra. Trata-se de desencontros com a Agência Nacional do Cinema –
ANCINE, por sinal, órgão do Governo Federal responsável pelo financiamento de
obras dessa natureza. Para complicar mais, o presidente Jair Messias Bolsonaro quer limitar ao máximo
ajuda da ANCINE a obras cinematográficas, notadamente as que, segundo ele,
fujam a objetivos artísticos, e contra a ideologia lá dele.
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