Polícia Federal combate o tráfico e a exploração de venezuelanos em condição de vulnerabilidade
Esquema envolveria exploração de trabalho em condições precárias, exploração sexual de imigrantes e envio de trabalhadores para outros estados da federação
porPublicado: 18/09/2019 11h06Última modificação: 18/09/2019 11h06
Pacaraima/RR - A Polícia Federal cumpriu, desde ontem (17/9), um mandado prisão preventiva e um mandado de busca e apreensão contra um homem suspeito de ser responsável por submeter imigrantes venezuelanos a trabalho em condições análogas à de escravo.
O mandado de prisão foi cumprido na data de ontem em Boa Vista/RR. Já o Mandado de Busca e Apreensão, cumprido hoje (18/9) foi expedido para cumprimento no município de Pacaraima/RR, local onde ocorreria o aliciamento dos imigrantes e o trabalho análogo ao de escravo.
As investigações tiveram início após relatos de venezuelanos de que estariam trabalhando por valores irrisórios, como cinco ou dez reais por dia, e de que mulheres e adolescentes chegariam a trabalhar sem remuneração alguma.
Todos executariam trabalhos na construção civil, com jornadas de 12 horas diárias e sem dias de descanso.
A alimentação, precária e em quantidade insuficiente, seria fornecida pelo próprio empregador, e sempre descontada dos funcionários.
Além da alimentação, o homem cobraria outros itens dos trabalhadores, como a água (que não receberia tratamento) e uma suposta energia elétrica, que não era fornecida.
Diligências e novos depoimentos colhidos pela PF em Inquérito Policial levantaram indícios que confirmariam as denúncias. As investigações apontam, ainda, que o empresário estaria traficando venezuelanas para serem exploradas sexualmente em outras regiões do Brasil, além de ser responsável pelo envio de imigrantes para trabalharem em condições semelhantes em outros estados.
Os trabalhadores morariam em barracas improvisadas sem acesso a banheiros, e seriam proibidos de se ausentar do local por mais que uma hora.
Os trabalhadores morariam em barracas improvisadas sem acesso a banheiros, e seriam proibidos de se ausentar do local por mais que uma hora.
Fonte: Secretaria de Comunicação Social da PF em Roraima
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