Onde está o erro?

Perdi o sono e fiquei aqui a matutar: Por que será que nos dias atuais, as pessoas entraram num frio mundo do consumismo, onde os valores mudaram e o materialismo, o ilusório tomaram o lugar do contato com a natureza, da vida bem vivida, do amor bem amado, da amizade consolidada, do olho no olho?
 Hoje, os relacionamentos são fulgazes, o afeto é relegado a segundo plano, não há reciprocidade nas relações, as mentiras são constantes, as verdades escondidas, as pessoas valem mais pelas palavras ditas que pelas atitudes tomadas; valem mais pela falsa imagem que projetam que pela verdadeira essência de seu ser. Aí vem o desencanto, a tristeza, a solidão, o desamor, o desapego, a angústia. Daí, ficam doentes da alma e muitas vezes até do corpo que é uma extensão do seu todo. 
Por que complicar tanto, se viver é tão simples, tão fácil? E sempre fica a pergunta a martelar nossa mente: Onde foi que erramos? Ora, ora, ora, a resposta é muito simples: Nós erramos ao deixarmos as coisas mais simples em segundo plano e valorizarmos as coisas mais banais e transitórias; nós erramos ao trocarmos o real pelo ilusório; nós erramos ao preferirmos o duvidoso ao certo; nós erramos ao trocarmos a verdade impactante pela mentira deslavada; nós erramos ao acreditar que a arrogância suplanta a humildade; nós erramos ao buscarmos no fulgaz algo que acreditamos eterno; nós erramos ao trocarmos o amor, o verdadeiro amor pela ilusão. 
Como o tempo é o melhor remédio para todos os males, quem sabe ainda haja tempo de termos tempo de usarmos o tempo a nosso favor e ainda tenhamos tempo de conseguirmos dar tempo de consertamos toda essa bagunça. Bom dia!