No próximo domingo (13) transcorre o Dia Mundial da Sepse, que registra
670 mil casos no Brasil, por ano, de acordo com dados do Instituto Latino Americano
de Sepse (Ilas). A sepse era conhecida, anos atrás, como septicemia ou infecção
generalizada. Com a evolução da medicina, foi descoberto que a sepse ocorre por
conta de uma reação inadequada do organismo a uma infecção. O organismo reage à
infecção lançando moléculas para combater e matar as bactérias infecciosas, mas
isso pode causar danos aos tecidos normais, como os do pulmão ou do rim de uma
pessoa. Esse dano aos órgãos pode gerar um processo de disfunção de múltiplos
órgãos ou falência de múltiplos órgãos.
O vice-presidente do Ilas, Luciano Azevedo, explica que quanto mais
órgãos param de funcionar, maior é a gravidade da doença e maior é a chance de
o paciente morrer. Por isso, ele destacou a importância do diagnóstico precoce.
“Uma vez que o cidadão tenha sinais de um processo infeccioso, é sempre
bom procurar logo um serviço de saúde para ser avaliado por um médico. É
importante a ida a um pronto-socorro, porque o tratamento é muito dependente do
diagnóstico precoce.”
O tratamento ocorre com uso de antibiótico, soro na veia para normalizar
a pressão e combater a desidratação, além de remédios para controlar a febre e
para vômito, caso necessário.
Segundo Azevedo, o Brasil é um dos países com taxa mais alta de
mortalidade por sepse no mundo, podendo chegar a 55%. Ele enumerou três fatores
que fazem a mortalidade no Brasil ser alta: desconhecimento do público leigo,
desconhecimento do profissional de saúde e a infraestrutura inadequada do
sistema de saúde brasileiro, principalmente, do Sistema Único de Saúde (SUS).
(Agência Brasil)
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