Em reunião que entrou pela madrugada desta quinta-feira (10), o deputado Ronaldo Caiado, líder do DEM e expoente da bancada ruralista na Câmara, rompeu o acordo que firmara com o PSB em Goiás. Atacado por Marina Silva, esperava ser prestigiado por Eduardo Campos. Deu-se o oposto. Ouvido pelo blog à 1h30, nas pegadas da consumação do rompimento, Caiado declarou-se “desapontado” com o presidenciável do PSB. “Todos os predicados que eu imaginava que ele tivesse foram anulados pela absoluta falta de coragem”, disse. “O Eduardo revelou-se uma pessoa tíbia, fraca.”
A decepção de Caiado foi potencializada por um par de entrevistas radiofônicas concedidas pelo presidenciável do PSB. Numa, Eduardo Campos bateu o prego: “Não há nenhuma aliança com Ronaldo Caiado desse conjunto do PSB e da Rede…” Noutra, virou a ponta: “…Não há nenhum envolvimento da direção nacional da Rede ou do PSB no quadro de Goiás.”
Na conversa com o blog, Caiado revelou: “Fui a Recife. O Eduardo Campos não me recebeu no palácio de governo. Fui recebido na casa dele. Era noite de domingo. Conversamos por mais de quatro horas. Ele me ofereceu um jantar.” A conversa produziu consequências. “Eu articulei a entrada do Vanderlan [Cardoso] no PSB. O Eduardo foi a Goiás em março para a filiação dele. Passou o dia com a gente. Depois disso, ficamos em contato pelo telefone.”
Foi com Vanderlan, ex-prefeito do município goiano de Senador Canedo, que Caiado se reuniu na madrugada desta quinta. Até o início da semana, os dois estavam afinados. Um seria candidatoao governo do Estado, outro disputaria o Senado. E ambos comandariam a campanha de Eduardo Campos em Goiás, franqueando-lhe o palanque. Vanderlan voou de Goiânia até Brasília para tentar salvar sua parceria com Caiado. Deu chabu.
Como foi a reunião?, quis saber o repórter. E Caiado: “O Vanderlan veio pra cá e me disse: ‘Pelo amor de Deus, vamos deixar os problemas nacionais de lado e cuidar das nossas coisas em Goiás.” O que respondeu? “Eu afirmei que não posso fazer algo que não tenho condições explicar. O que vou dizer às pessoas? Ah, o Caiado de Goiás serve para se coligar com o PSB. O Caiado de Brasília não serve, foi vetado. Não faço esse papelão. Não tem cabimento.”
Na última segunda-feira, o repórter entrevistara Caiado sobre o ingresso de Marina Silva no PSB. “A presença dela no projeto não me causa nenhum desconforto”, afirmara. O problema é que Marina pensa de outro modo. Em conversa com o blog, ela disse que a convivência com a Rede oferece ao PSB a oportunidade de promover uma “depuração”. Falando aos repórteres Ranier Bragon e Matheus Leitão, soou mais explícita: “O Caiado e eu somos tão coerentes que, se a aliança prosperar comigo, ele mesmo vai pedir para sair, se é que não está pedindo.”
Caiado conta que, na manhã de sábado, horas antes do anúncio formal do ingresso de Marina no PSB, recebeu um telefonema do deputado federal Márcio França, presidente do PSB de São Paulo. “O Eduardo que o Márcio me ligasse para comunicar o que estava para ocorrer. Ele me disse: ‘Você sabe do carinho que o governador tem por você. Agora as coisas decolaram. O mínimo que você vai ocupar é o Ministério da Agricultura.”
Nesta quarta (9), Caiado tentou fazer contato com o governador pernambucano duas vezes –um diretamente, outra por intermédio de um interlocutor. Não teve resposta. “Para dizer a verdade, já não sei qual Eduardo Campos é o verdadeiro, se aquele que negociava comigo ou esse outro. O anterior me tratava muito bem. Certa vez me disse: ‘Faço questão de te receber novamente aqui, vamos passar um final de semana em Fernando de Noronha. Com esse novo Eduardo Campos que está aí, a chance de eu manter algum tipo de convivência é zero.”
Caiado considera-se vítima da falta de palavra. “Me venderam como boi de piranha. Pensei que a Marina Silva tivesse aderido ao Eduardo Campos. Aconteceu o contrário. Foi ele que aderiu. Ele incorporou nela, perdeu a identidade e a autonomia. Fui o prmeiro a entrar na campanha dele, quando ninguém acreditava sequer que ele seria candidato. Enfrentei Executiva do meu partido, estava lutando de cabeça erguida e manga arregaçada. De repente, sou surpreendido com essa aliada talebã do governador. Não dá.”
Na conversa com o blog, Caiado revelou: “Fui a Recife. O Eduardo Campos não me recebeu no palácio de governo. Fui recebido na casa dele. Era noite de domingo. Conversamos por mais de quatro horas. Ele me ofereceu um jantar.” A conversa produziu consequências. “Eu articulei a entrada do Vanderlan [Cardoso] no PSB. O Eduardo foi a Goiás em março para a filiação dele. Passou o dia com a gente. Depois disso, ficamos em contato pelo telefone.”
Foi com Vanderlan, ex-prefeito do município goiano de Senador Canedo, que Caiado se reuniu na madrugada desta quinta. Até o início da semana, os dois estavam afinados. Um seria candidatoao governo do Estado, outro disputaria o Senado. E ambos comandariam a campanha de Eduardo Campos em Goiás, franqueando-lhe o palanque. Vanderlan voou de Goiânia até Brasília para tentar salvar sua parceria com Caiado. Deu chabu.
Como foi a reunião?, quis saber o repórter. E Caiado: “O Vanderlan veio pra cá e me disse: ‘Pelo amor de Deus, vamos deixar os problemas nacionais de lado e cuidar das nossas coisas em Goiás.” O que respondeu? “Eu afirmei que não posso fazer algo que não tenho condições explicar. O que vou dizer às pessoas? Ah, o Caiado de Goiás serve para se coligar com o PSB. O Caiado de Brasília não serve, foi vetado. Não faço esse papelão. Não tem cabimento.”
Na última segunda-feira, o repórter entrevistara Caiado sobre o ingresso de Marina Silva no PSB. “A presença dela no projeto não me causa nenhum desconforto”, afirmara. O problema é que Marina pensa de outro modo. Em conversa com o blog, ela disse que a convivência com a Rede oferece ao PSB a oportunidade de promover uma “depuração”. Falando aos repórteres Ranier Bragon e Matheus Leitão, soou mais explícita: “O Caiado e eu somos tão coerentes que, se a aliança prosperar comigo, ele mesmo vai pedir para sair, se é que não está pedindo.”
Caiado conta que, na manhã de sábado, horas antes do anúncio formal do ingresso de Marina no PSB, recebeu um telefonema do deputado federal Márcio França, presidente do PSB de São Paulo. “O Eduardo que o Márcio me ligasse para comunicar o que estava para ocorrer. Ele me disse: ‘Você sabe do carinho que o governador tem por você. Agora as coisas decolaram. O mínimo que você vai ocupar é o Ministério da Agricultura.”
Nesta quarta (9), Caiado tentou fazer contato com o governador pernambucano duas vezes –um diretamente, outra por intermédio de um interlocutor. Não teve resposta. “Para dizer a verdade, já não sei qual Eduardo Campos é o verdadeiro, se aquele que negociava comigo ou esse outro. O anterior me tratava muito bem. Certa vez me disse: ‘Faço questão de te receber novamente aqui, vamos passar um final de semana em Fernando de Noronha. Com esse novo Eduardo Campos que está aí, a chance de eu manter algum tipo de convivência é zero.”
Caiado considera-se vítima da falta de palavra. “Me venderam como boi de piranha. Pensei que a Marina Silva tivesse aderido ao Eduardo Campos. Aconteceu o contrário. Foi ele que aderiu. Ele incorporou nela, perdeu a identidade e a autonomia. Fui o prmeiro a entrar na campanha dele, quando ninguém acreditava sequer que ele seria candidato. Enfrentei Executiva do meu partido, estava lutando de cabeça erguida e manga arregaçada. De repente, sou surpreendido com essa aliada talebã do governador. Não dá.”
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