segunda-feira, 26 de maio de 2014

Carentes de direitos e deveres

 Copiando artigo do amigo Reno Ximenes*, postado hoje no Facebook

COPA DO MUNDO

 O Brasil não é subdesenvolvido, nem desenvolvido suficiente, para sediar nenhum evento de porte e grandeza internacional que sensibilize multidões. Somos ainda carentes de direitos e deveres.

Um pais carente de direitos básicos não possui poder para disciplinar, voluntariamente, os seus filhos para se submeter aos deveres, efêmeros, para privilegiar um grande negócio de poucos, usando o fanatismo altruísta de muitos. Mesmo que o argumento seja da falsa abertura de divisas turísticas ou econômicas, a conversa é fiada.

Esse papo furado não funciona. O turismo brasileiro é sexual, ecológico ou folclórico, infelizmente, ainda. As pessoas que vem aqui são, economicamente, indigentes no âmbito do turismo internacional, com exceção do Rio de Janeiro.

Somado a carência emocional e a ausência de garantias mínimas sociais, os cidadãos não tem sangue de barata de ver tanta roubalheira, para oferecer prazeres ao regozijo de pessoas estrangeiras, em detrimentos de suas demandas do cotidiano, na saúde de seus filhos, educação e por aí vai.

E o brasileiro com o seu tirocínio e senso de oportunidade aguçado, não perderá a chance de aproveitar a mídia internacional, para denunciar os conflitos e contradições que existem aqui. Sorte ou azar, que a UNE e muitas entidades, outrora, vanguardas da cidadania, hoje, estão paralisadas por barganhas inconfessáveis da oficialidade.

E afirmo, corre-se um perigo de perdermos a pouca boa imagem que nos resta no trade turístico internacional, após essa Copa. E tomara que a realização das Olimpíadas não seja revogada, por consequência de atos e má condução no percurso deste evento.

A Fifa talvez achasse que ia encontrar uma nação subserviente aos seus ditames, como nas aldeias da África quando da chegada de veículos motorizados. A imagem que viria na arrogância seriam os gritos voluntários das crianças e a corrida inglória dos cachorros. Era mais ou menos assim.

Assim, só nos resta torcer, primeiro pelo Brasil, independente de juízo político, e, depois pela paz em nossa terra, nos próximos dias, sem perdemos a nossa valentia de brasileiro, afastando obviamente a violência gratuita, o vandalismo e as teorias paranoicas conspiratórias, advindo sempre dos oportunistas políticos que manipulam pessoas para desgastar governos ou instituições.

Reno Ximenes
reno@ximenes.info

Advogado

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