quinta-feira, 23 de julho de 2015

Leitura que recomendamos: Artigo de opinião do advogado Ricardo Guedes

A VAIDADE E A ADVOCACIA ELITISTA EM PERNAMBUCO


Por Ricardo Guedes, Advogad 

Embora não tenha formação em psicologia, posso observar como se comportam determinados advogados (grupo razoável), autodenominados de “elite da advocacia pernambucana”, em relação aos outros profissionais da sua mesma categoria.

Esses seres, investidos na empáfia que lhes é peculiar, intitulam-se como sendo os “Deuses do Olimpo”. Na realidade, não sei de onde surge esse axioma, já que, numa simples análise, vejo que aparentemente são seres de carne e osso, não podendo dizer o mesmo em relação ao espírito e à alma.

Contudo, notem os senhores, que ditos seres se julgam diferenciados, parecendo até que foram abduzidos e depois devolvidos à terra portando cognição jurídica de cunho alienígena e, em razão disso, discriminam indistintamente seus pares de profissão, chegando muitas vezes a tratá-los com desdém, o que não é raro.

O mais ridículo é que referidas figuras já olham para você com o olhar de reprovação, seja por suas vestes, seja pela sua falta de “adjetivação promocional” de parentesco, política, social e/ou econômica. Chegam ao ponto de intimidar o indivíduo quando exercem uma verdadeira “revista às suas vestes” na procura de identificar se aqueles seus “pretensos colegas” estão – ou não - usando roupas de grife.

No entanto, os citados personagens esquecem que de fato há uma grande diferença entre eles e nós – Advogados Artesãos militantes: Não somos dotados daqueles atributos (relação de parentesco, prestígio político, condição social e econômica)! Afora isto, não há nenhuma diferença entre nós, pois não se faz necessário estarem revestidos os profissionais dos “atributos” acima elencados, para o exercício da advocacia. Não devemos nos achar superiores nem inferiores a ninguém, mas, sim, em igualdade de condições com qualquer outro colega, até porque o direito aplicado aqui no Brasil é universal em todas as suas Unidades Federativas, não sendo monopólio o conhecimento de “A” ou “B”.


Por derradeiro, entendo que aludidos seres deveriam fortificar sua fé através da leitura ao Livro dos Eclesiastes, Capitulo I, que em síntese diz: “Vaidade de vaidades, diz o pregador, vaidade de vaidades! Tudo é vaidade”.

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