Labirinto político
Julieta Brontée
Pelo que vem sendo observado por conhecedores da política de Fortaleza, a eleição para a Prefeitura da cidade tem tudo para ser um dos mais complicados “labirintos” eleitorais da história de nossa Capital. Para início de conversa, o prefeito Roberto Cláudio, mesmo com o poder na mão, terá que se desdobrar e arrumar a sua gestão, para se reeleger. Depois vem um grupo de partidos e de políticos, todos envolvidos no pleito para governador, e que perderam a eleição para o Palácio da Abolição.
Num primeiro momento, um numeroso e multifacetado grupo que se autodenomina e “veste a camisa” de oposição. Nesse caso, teríamos o PMDB do senador Eunício Oliveira, o PR do ex-governador Lúcio Alcântara, o PSB de Roberto Pessoa e outros. Esses partidos, no momento, solidamente unidos, desde que seja para desconsiderar o governador Camilo Santana e o prefeito Roberto Cláudio. O problema, conforme já captam os “experts” conhecedores da sempre surpreendente política de Fortaleza, é que o grupo oposicionista sofre um “problema” no mínimo atípico: o excesso de nomes dos quais deve ser escolhida a chapa a disputar a eleição.
Como prova de que a política da capital é mesmo surpreendente, o ex-deputado Edson Silva dá uma informação capaz de revolucionar a sucessão-2016: Tasso, Roberto Cláudio e Luiz Pontes, presidente regional do PSDB, aproximam-se cada vez mais... Será muito bom conferir. Portanto, vamos aguardar para ver no que vai dar.
CUTO CIRCUITO
Culpa dele
É cada vez mais público e notório ao mundo político brasileiro, que o ex-presidente Lula da Silva, é um dos maiores culpados pela situação em que se encontra a “criação”, no caso a presidenta Dilma. Em vez de defendê-la com firmeza, quer é que ela se exponha às feras enfrentando as multidões que ameaçam sair às ruas em agosto.
Mais uma
A ex-senadora Marina Silva, criadora da Rede de Sustentabilidade, é mais uma personalidade que exige o afastamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha e do presidente do Senado, Renan Calheiros, enquanto se andam os processos sobre graves denúncias contra ambos, no caso da Lava-Jato. É uma grande “saia justa” para eles.
Importante
Digna dos maiores elogios tem sido a maneira como a desembargadora Iracema do Vale, presidenta do TJ-CE, conduz a sua gestão. Semana passada, ela recebeu o presidente do STF, Lewandowski, com quem acertou a implantação, no Ceará, de um sistema capaz de encurtar as distâncias entre presos e juízes.
Olho nele!
Aproveitando-se da desordem política e institucional reinantes no Brasil, o aventureiro Gilberto Kassab, enquanto o Congresso tenta reduzir os partidos, faz\ exatamente o contrário, “refundando” partidos. O mais recente é o PL, que já “morreu” duas vezes. Para tentar ressuscitá-lo, apela à malta do “bispo” Macedo.
Puxa-encolhe
O presidente da CMF, Salmito Filho, encontra mais um apoio em sua luta pela mudança daquele poder para o Centro. Para o chefe do Departamento de Arquitetura da UFC, Renan Duarte, a retirada da Assembleia Legislativa e da Câmara daquela área, provocou o esvaziamento do “coração de Fortaleza”, por grande parte da população.
O drama da água
A situação gerada pela crescente diminuição de reservas hídricas, tem gerado estatísticas interessantes. Uma delas: cerca de 75% dos brasileiros, confessam estar diminuindo o tempo do banho. Seria o caso de as autoridades tentarem impedir que pessoas inconscientes continuem fazendo verdadeiros “leva-jatos” de suas áreas e calçadas.
Cinismo muito
O problema que mais irrita os brasileiros em relação às trapalhadas criadas pelo PT no Brasil, não é exatamente a indignação pelas perdas impostas ao país pelos enrolados da Lava-Jato. O que irrita mesmo, é o cinismo. Para o PT, toda a fortuna gasta pela Odebrecht com o ex-presidente Lula, é “sinal de sincera admiração por ele”.
Abandono
Presente em Fortaleza no final da semana, onde proferiu palestra na FIEC, o jornalista William Waak, um dos âncoras do jornalismo da Globo, denunciou absurdos a seu ver difíceis de aceitar. Um deles, o abandono a que foi relegada a Advocacia Geral da União sucateada e sem recursos, mesmo contando com brilhantes juristas.
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