Lava Jato: MP pede a prisão de almirante
Em petição protocolada na Justiça Federal no final da tarde desta sexta-feira (31), a força tarefa do Ministério Público Federal na Operação Lava Jato afirmou que o diretor-presidente licenciado da Eletronuclear, o almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, não conseguiu comprovar quais serviços sua empresa, a Aratec, teria prestado para receber pelo menos R$ 4,5 milhões de empreiteiras que mantinham contratos com a empresa de energia nuclear.
Os procuradores pediram ao juiz federal Sergio Moro que decrete a prisão preventiva tanto de Othon quanto do executivo da Andrade Gutierrez Flavio Barra. Ambos estão presos em regime de prisão temporária e, por isso, podem ser soltos a partir de sábado, quando venceria o prazo máximo de cinco dias. Sérgio Moro analisará o pedido do Ministério Público para decidir se transforma as temporárias em preventivas ou se libera os dois investigados.
Sobre a necessidade das prisões, os procuradores mencionaram necessidade de "garantia da ordem pública, econômica, por conveniência da instrução criminal e para garantir a aplicação da lei penal".
"Não há nenhuma evidência de que foram prestados os serviços, não há nenhum produto da contratação. Nada foi encontrado na sede da CG Consultoria, nada com relação a essa contratação foi exibido pela Aratec e pelo investigado Othon. Absolutamente nada foi encontrado em relação a CG Consultoria nas buscas na Aratec e na residência de Othon", escreveram os procuradores.
(Da Folha de S.Paulo - Gabriel Mascarenhs e Rubem Valente)
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