Mesmo nas que tiveram boas notas, usuários fazem reclamações.
Usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) nas cidades mais mal avaliadas no ranking divulgado nesta quinta-feira (1º) relatam situações de caos e dificuldades no atendimento que chegam a lembrar “cenário de guerra”, segundo pacientes. Mesmo em cidades que foram mais bem avaliadas pelos usuários, entretanto, é possível ouvir reclamações de que a boa nota não é necessariamente sinônimo de atendimento bom, e alguns pacientes relatam espera de mais de 3 horas por atendimento.
O G1 visitou hospitais de oito das cidades que se destacaram no ranking divulgado pelo governo, e entrevistou pacientes que buscavam atendimento médico. A longa espera foi a principal reclamação ouvida em postos médicos da rede pública de Vitória, Curitiba, Ribeirão Preto e Arco Íris – que ficaram nos primeiros lugares da lista. Já nas cidades com pior avaliação - Fortaleza, Rio de Janeiro, Distrito Federal e João Pessoa-, as reclamações incluem falta de leitos, fila de pessoas no chão do hospital, alagamentos dentro dos locais de atendimento e uma situação que “parece que houve a terceira guerra mundial”, segundo uma paciente ouvida em Fortaleza.
As mais bem avaliadas
Vitória - Em dois centros de pronto-atendimento de Vitória (ES), vários pacientes contestaram a posição da cidade no topo do ranking divulgado pelo governo. A principal reclamação ouvida foi a respeito da espera, que passava de duas horas para alguns pacientes. "Estou há mais de 3 horas esperando ser atendida, com muita dor no pé", disse a dona de casa Jamara Batista.
Curitiba - O tempo de espera também é a principal reclamação em Curitiba, que ficou em segundo lugar no ranking. Nos Centros Municipais de Urgências Médicas (CMUM), os adultos precisavam esperar três horas e vinte minutos para serem atendidos. A comerciante Maria Sueli Firmino Moraes esperou uma hora e meia para que sua mãe, de 82 anos, fosse atendida.
Ribeirão Preto - A vendedora Dinamar Silva, de 42 anos, aguarda desde janeiro por uma consulta para o filho de 16 anos . “Eu marquei uma consulta para mim em janeiro e sabe para quando eles agendaram? Para julho”, relata. Com todas as cadeiras da sala de espera ocupadas em um hospital de Ribeirão Preto, algumas pessoas tiveram que aguardar atendimento em bancos na parte externa da unidade, sob calor de 36,4ºC.
Arco-Íris - Cidade de SP com 1.925 habitantes não vive a realidade de filas para conseguir senha, espera de horas pelo atendimento médico e outros problemas comuns na saúde pública em boa parte do país.
As mais mal avaliadas
Rio de Janeiro – Longas filas de espera, equipamentos quebrados e falta de profissionais são as principais reclamações de pacientes que procuram por atendimento médico nos hospitais da rede municipal de saúde do Rio. O G1 visitou duas das maiores emergência da rede pública de saúde carioca. Segundo parentes de pacientes, em alguns casos, o atendimento é feito em corredores e em macas no chão, ou até mesmo em cadeiras.
Distrito Federal - A capital recebeu a segunda pior nota no ranking de avaliação do sistema público de saúde. No Hospital de Base de Brasília, principal instituição da rede pública no DF, pacientes disseram que chegam a esperar atendimento sentados no chão.
Fortaleza - Os pacientes e familiares do Hospital Geral de Fortaleza, no Ceará, descrevem a sala improvisada de atendimento na recepção do hospital como um "cenário de guerra". No hospital, uma das alas do hospital é chamada entre os pacientes e visitantes como "piscinão", devido à lotação. Ainda de acordo com os pacientes, quando chove, a água invade a sala e molha os internos.
João Pessoa - Pacientes que dependem do SUS para se tratar em João Pessoa sofrem por conta da falta de medicamentos e de equipes médicas, além de enfrentar a superlotação dos princiapais hospitais públicos e até uso indevido de ferramentas domésticas em procedimentos cirúrgicos.
O G1 visitou hospitais de oito das cidades que se destacaram no ranking divulgado pelo governo, e entrevistou pacientes que buscavam atendimento médico. A longa espera foi a principal reclamação ouvida em postos médicos da rede pública de Vitória, Curitiba, Ribeirão Preto e Arco Íris – que ficaram nos primeiros lugares da lista. Já nas cidades com pior avaliação - Fortaleza, Rio de Janeiro, Distrito Federal e João Pessoa-, as reclamações incluem falta de leitos, fila de pessoas no chão do hospital, alagamentos dentro dos locais de atendimento e uma situação que “parece que houve a terceira guerra mundial”, segundo uma paciente ouvida em Fortaleza.
As mais bem avaliadas
Vitória - Em dois centros de pronto-atendimento de Vitória (ES), vários pacientes contestaram a posição da cidade no topo do ranking divulgado pelo governo. A principal reclamação ouvida foi a respeito da espera, que passava de duas horas para alguns pacientes. "Estou há mais de 3 horas esperando ser atendida, com muita dor no pé", disse a dona de casa Jamara Batista.
Curitiba - O tempo de espera também é a principal reclamação em Curitiba, que ficou em segundo lugar no ranking. Nos Centros Municipais de Urgências Médicas (CMUM), os adultos precisavam esperar três horas e vinte minutos para serem atendidos. A comerciante Maria Sueli Firmino Moraes esperou uma hora e meia para que sua mãe, de 82 anos, fosse atendida.
Capitais (Grupo 1) | IDSUS 2012 |
---|---|
Vitória | 7,08 |
Curitiba | 6,96 |
Florianópolis | 6,67 |
Porto Alegre | 6,51 |
Goiânia | 6,48 |
Belo Horizonte | 6,40 |
São Paulo | 6,21 |
Campo Grande | 6,00 |
São Luís | 5,94 |
Recife | 5,91 |
Natal | 5,90 |
Salvador | 5,87 |
Teresina | 5,62 |
Manaus | 5,58 |
Cuiabá | 5,55 |
João Pessoa | 5,33 |
Fortaleza | 5,18 |
Brasília | 5,09 |
Maceió | 5,04 |
Belém | 4,57 |
Rio de Janeiro | 4,33 |
Arco-Íris - Cidade de SP com 1.925 habitantes não vive a realidade de filas para conseguir senha, espera de horas pelo atendimento médico e outros problemas comuns na saúde pública em boa parte do país.
As mais mal avaliadas
Rio de Janeiro – Longas filas de espera, equipamentos quebrados e falta de profissionais são as principais reclamações de pacientes que procuram por atendimento médico nos hospitais da rede municipal de saúde do Rio. O G1 visitou duas das maiores emergência da rede pública de saúde carioca. Segundo parentes de pacientes, em alguns casos, o atendimento é feito em corredores e em macas no chão, ou até mesmo em cadeiras.
Distrito Federal - A capital recebeu a segunda pior nota no ranking de avaliação do sistema público de saúde. No Hospital de Base de Brasília, principal instituição da rede pública no DF, pacientes disseram que chegam a esperar atendimento sentados no chão.
Fortaleza - Os pacientes e familiares do Hospital Geral de Fortaleza, no Ceará, descrevem a sala improvisada de atendimento na recepção do hospital como um "cenário de guerra". No hospital, uma das alas do hospital é chamada entre os pacientes e visitantes como "piscinão", devido à lotação. Ainda de acordo com os pacientes, quando chove, a água invade a sala e molha os internos.
João Pessoa - Pacientes que dependem do SUS para se tratar em João Pessoa sofrem por conta da falta de medicamentos e de equipes médicas, além de enfrentar a superlotação dos princiapais hospitais públicos e até uso indevido de ferramentas domésticas em procedimentos cirúrgicos.
Lotação em sala improvisada para atendimento de pacientes em hospital de Fortaleza é chamada por pacientes e visitantes de "piscinão" (Foto: André Teixeira/G1)
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