Às vezes
fico matutando com meus botões, pensando na vida, nas amizades, nos
relacionamentos. E minha mente parte logo pra ignorância e fica latejando,
sufocando, os neurônios, as frontes latejando,
o “tico e o teco ” se chocando em ebulição. E me vêm à memória certas
atitudes e certos posicionamentos de certas pessoas.
E penso: Poxa!
Vivemos em um mundo cão, cheio de mentiras, sentimentos falsos, atitudes
forçadas, violências gritantes, irmão matando irmão, não se respeita mais pai
nem mãe. O que se vê são amizades interesseiras, sorrisos fingidos, amores
traídos, gente querendo subir na vida derrubando quem se atrever a atravessar
seu caminho, gente pisando em gente, contaminando pela inveja o antes puro ar
que se respira.
E penso: Não
gosto de inveja, não gosto de ingratidão, não gosto de falsidade, não gosto de
hipocrisia, não gosto de mentiras, nem tampouco de subterfúgios.
Até parece
que o mundo virou um grande palco e todos nós somos personagens de uma história
onde o roteiro mais parece uma peça de Nelson Rodrigues. E, de repente, sinto uma dor por essa verdade
que até um dia desses pensava ser mais um dos exageros do dramaturgo
pernambucano: “Convém não facilitar com os bons, convém não provocar os puros. Há
no ser humano, e ainda nos melhores, uma série de ferocidades adormecidas. O
importante é não acordá-las.”
Mas, paro e
penso: Não, o mundo ainda tem jeito. Ainda existem pessoas de verdade, que
olham olho no olho, com transparência e sem mistérios. Ainda existem pessoas de
sentimentos puros, íntegros de caráter, ainda existem os que amam. Então,
respiro fundo, fecho os olhos e agradeço a Deus por ainda existirem pessoas que
realmente fazem a vida valer a pena.
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