A Associação Cearense de Imprensa (ACI) comemora, amanhã, nove décadas em que se destaca na cultura e história da comunicação cearense. Para celebrar, será realizada uma solenidade e a apresentação do projeto do Museu da Imprensa do Ceará, às 19h30, no auditório da entidade, com a presença de autoridades do Estado.
São 90 anos unindo todos os profissionais da imprensa em defesa de seus direitos, sobretudo, da liberdade de expressão. “A ACI confraterniza em seu seio, desde o operário da imprensa, jornalistas, radialistas, publicitários, gráficos até os suplentes, diretores e presidentes. Esse é o grande traço da ACI. Aqui não há diferença, todos somos iguais”, destaca a presidente da Associação, Adísia Sá.
Para Adísia, a celebração significa um grande orgulho. Ela, que é símbolo do jornalismo cearense, ressalta que são poucas as entidades que conseguem chegar a essa idade. “Uma associação sobreviver 90 anos cercada do respeito e admiração de toda sociedade cearense, e inclusive referência nacional, é pra poucos”, disse.
Na solenidade, além da apresentação do Museu, a presidente Adísia Sá lançará o selo e carimbo em alusão à data. Os associados e personalidades que se destacaram ao longo destes anos, empenhados no melhoramento da entidade, também serão honrados com a entrega de medalhas.
Museu
Como parte da programação de comemoração, os associados e autoridades cearenses irão conhecer o projeto do Museu da Imprensa do Ceará, que tem por objetivo, preservar e valorizar a memória da imprensa do Ceará de forma permanente. De acordo com Adísia Sá, o Museu irá funcionar próximo à sede da ACI, no Centro, em uma casa que foi doada pelo prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio.
No acervo, os visitantes poderão encontrar expostos vários maquinários antigos, que vai desde as velhas impressoras de jornais, das maquinas de linotipos, às letras móveis. “Ainda peguei aquele tempo em que a gente tinha que juntar letra por letra para formar uma palavra nas plataformas de metal. Dava trabalho, mas foi uma beleza fazer isso”, lembra com saudades, Adísia.
História
Fundada em 14 de julho de 1925, inicialmente tinha o nome de Associação dos Jornalistas Cearenses. A mudança para Associação Cearense de Imprensa deu-se após interesse em filiar-se à Associação Brasileira de Imprensa, obedecendo a critério da regulamentação que previa adequação à denominação.
Os fundadores foram César Magalhães, Tancredo Moraes, Joaquim Genu, Sá Leitão Junior, Juarez Castelo Branco e Luiz Sucupira, que se reuniam em suas residências. Após a primeira década de existência, os encontros passaram a acontecer no Palacete do Clube Iracema, no Palace Hotel, e no Excelsior Hotel. Em 1930, a ACI adquiriu a primeira sede própria, localizada na Rua Senador Pompeu, no 1098, próximo à concentração dos principais jornais cearenses à época.
Somente em 1950, depois de erguido o prédio Perboyre e Silva, a sede passou a ser na Rua Floriano Peixoto, no 735, onde funciona atualmente. A entidade foi responsável em sediar o primeiro curso de Jornalismo, de Biblioteconomia, a Associação Cearense de Jornalistas do Interior e o Cinema de Fortaleza. Até 1951, também se confiou à ACI, mediar os diálogos entre os veículos de comunicação e os profissionais.
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