Do blog do Josias
O novo ministro da Educação, José Henrique Paim, 47,
trabalha na pasta há dez anos. Nesse período, desenvolveu uma convicção. Para
ele, os dois “desafios” educacionais do Brasil na próxima década são:
“universalizar a pré-escola até 2016” e melhorar “a qualidade da educação
básica.” Foi o que disse o substituto de Aloizio Mercadante numa
entrevista ao portal da Universidade Federal de Alagoas. Veiculada nesta
sexta-feira, 31, a conversa ocorreu há nove dias. Àquela altura, já se especulava
que Paim, número 2 da pasta, substituiria Mercadante, transferido para a Casa
Civil. Mas o quase-futuro-ministro ainda media as palavras: “Não teve nenhuma
confirmação em relação a meu nome.”
A despeito da cautela, Paim ouviu a indagação incontornável:
caso se confirme sua nomeação, “quais são os desafios do Ministério da
Educação?” Ele não fugiu da resposta. Evocando sua experiência no setor, disse
que o primeiro passo será obter a aprovação do PNE, o Plano Nacional de
Educação. A peça foi enviada ao Congresso em 2011, na forma de um projeto de
lei. Contém metas educacionais a serem implementadas até 2020.
“Temos um compromisso de universalizar a pré-escola até
2016”, disse Paim. Há “uma preocupação muito grande com essa questão da
alfabetização das crianças, a melhoria da qualidade e do desempenho da educação
básica.” Para ele, o aprimoramento do ensino básico não será obtido se não
houver uma “ampliação da jornada” escolar.
Menciona outra pré-condição: a valorização dos professores.
“Essa visão toda de melhoria da educação básica passa também pela questão da
profissionalização”, ele acrescentou. “Para melhorar o ensino médio tenho que
trabalhar a questão da profissionalização, não é só aumentar a jornada.”
E quanto ao ensino superior? “A educação superior é
fundamental também nesse processo porque é ela que forma os professores e que
estimula conhecimento”, respondeu Paim, aferrado ao ensino básico mesmo ao
falar das universidades. “Na visão sistêmica que a gente trabalha, a questão da
educação superior joga um papel muito importante também para melhoria da
qualidade da educação básica e o país para se desenvolver precisa ter um ensino
superior forte, uma pós-graduação forte, com bastante ampliação.”
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