domingo, 30 de junho de 2013
Eike Batista: De 7º mais rico do mundo a maior caloteiro? Será? Empresário já deve mais de R$ 23,7 bilhões e põe mercado em alerta
Do Porta Brasil 24/7
Todas as empresas do homem que já foi o 7º mais rico do mundo estão com problemas de caixa, que precisam pagar ou renegociar dívidas até março de 2014; endividamento de curto prazo das empresas do "império X" representa 33% das dívidas totais do grupo, que chegam a R$ 23,7 bilhões; crise de confiança do grupo começou há um ano, quando um campo de petróleo da OGX frustrou significativamente as expectativas de produção; ações da OGX Petróleo e Gás, principal empresa do grupo, estão sendo negociadas a níveis que sugerem que um calote é iminente
247 – O “Império X”, de Eike Batista, desmorona a cada dia. Representantes do empresário, que já foi o mais rico do Brasil, estão recorrendo aos bancos para renegociar dívidas de curto prazo, que chegam a R$ 7,9 bilhões, segundo informa reportagem da Folha. Esse valor representa 33% das dívidas totais do grupo, que chegam a R$ 23,7 bilhões. Cerca de R$ 9 bilhões dos empréstimos de longo prazo foram feitos pelo BNDES. Ele colocou à venda todos os ativos das empresas e pode perder o controle majoritário do grupo. Há, entre investidores, temor de um megacalote. As ações da OGX Petróleo e Gás, principal empresa do grupo, estão sendo negociadas a níveis que sugerem que um calote é iminente.
Eike é proprietário de um conjunto de empresas – além da OGX, há a MMX (minério), a LLX (logística), a OSX (estaleiro), a MPX (energia) e a CCX (carvão) –, todas com problemas de caixa, que precisam pagar ou renegociar dívidas até março de 2014. Em comunicado ao mercado, o grupo EBX informou que só tem dívidas de longo prazo, mas estava se referindo apenas à holding. O nó está nas empresas, enquanto a holding tem pouca dívida.
Nos últimos 12 meses, as ações das empresas caíram entre 24,6% (MPX) e 85% (OSX) na Bolsa de Valores. Entre os bancos, os principais credores são Itaú BBA, Bradesco e BNDES, que emprestaram pelo menos R$ 1 bilhão cada um para pagamento no curto prazo. Em seguida, vem a Caixa, com R$ 750 milhões. As empresas de Eike têm dívidas de curto prazo com 11 bancos diferentes.
A crise de confiança do grupo começou há um ano, quando um campo de petróleo da OGX frustrou significativamente as expectativas de produção. A partir daí, os investidores começaram a questionar a capacidade do empresário de "entregar".
As dúvidas sobre a OGX contaminaram a OSX, estaleiro criado para produzir as plataformas para a petroleira. Os negócios de Eike são todos interligados, o que significa ganhos de sinergia, mas também rápida deterioração em caso de crise.
Com exceção da MMX, todas as outras empresas de Eike "queimaram caixa" no primeiro trimestre, o que significa destruir riqueza. Isso em razão do alto endividamento e/ou porque a operação ainda não consegue produzir o suficiente para fazer frente aos compromissos.
Com a ajuda do banco BTG, de André Esteves, Eike já vendeu uma fatia da MPX para a E.ON, uma participação num campo de petróleo da OGX para a Petronas e está em negociações com Trafigura e Glencore para vender parte da MMX.
Também está em busca de investidores para LLX e OSX, mas até agora as conversas não avançaram. Praticamente todos os ativos do grupo estão à venda, inclusive o hotel Glória, no Rio.
A tendência é Eike manter uma fatia minoritária nos negócios que criou, podendo até chegar a perder o controle. O que ninguém sabe ainda é se isso será suficiente para salvar o império daquele que já foi o sétimo homem mais rico do mundo.
Do ponto de vista dos investidores, resultados negativos das empresas do grupo EBX devem abalar ainda mais a confiança do mercado. Uma das principais preocupações do mercado com o grupo é o endividamento das companhias. Com o objetivo de acalmar os investidores, Eike anunciou recentemente que a holding EBX concluiu a restruturação da sua dívida. Segundo ele, restaram apenas as dívidas de longo prazo, que têm um custo menor.
Em meio a essa reestruturação e com limitação de caixa, o grupo também tem negociado a venda de ativos. Para um analista que preferiu não se identificar, a dívida maior (quando é feita a conversão para o real) pode ser um fator negativo nas negociações.Na opinião dele, quem pretende comprar alguma empresa do grupo pode oferecer menos por ela usando o argumento do aumento da dívida.
Segundo a Bloomberg, o patrimônio de Eike, que já chegou a ser um dos dez homens mais ricos do mundo, agora é de US$ 4,7 bilhões --ele não aparece mais no ranking de 200 pessoas mais ricas. Hoje, a principal fonte de riqueza é formada por dinheiro e outros ativos (US$ 1,25 bilhão). Todas as seis empresas do grupo EBX, com exceção de uma, perderam mais de 90% de seu valor desde que atingiram as suas máximas.
Eike, que foi o mais bem-sucedido empresário do Brasil durante o boom de commodities, tem sido obrigado a ver uma das maiores fortunas do mundo desaparecer. Ela encolheu em mais de US$ 20 bilhões e isso lhe custou o título de mais rico do Brasil. Sem fluxo de caixa positivo ou lucro, pagar a dívida exige que as empresas do grupo EBX gastem um dinheiro que seria mais bem utilizado para concluir projetos e aumentar receita.
A necessidade de se rotular o movimento
DO DIARIO DE PERNAMBUCOProtestos que vêm ocorrendo nas últimas semanas foram denominados por alguns como "coxinha"
Silvia Bessa
silviabessa.pe@dabr.com.br
silviabessa.pe@dabr.com.br
Discussões na internet tentam caracterizar as manifestações que saíram às ruas do país |
No Google, popular site de buscas da web, são mais de 7.720 citações à expressão “a revolução dos coxinhas”; e 5.080 à “revolta dos coxinhas”. Na rede de relacionamentos Facebook, as menções são recorrentes. Compartilha-se até artigos com teorias críticas a aquilo que seria a “revolta dos coxinhas”, para citar texto do site do grupo Passa a Palavra, que diz ter orientação anticapitalista, independente de partidos e de poderes políticos. De forma generalista, “um coxinha” seria um jovem de classe média que foi pela primeira vez a um protesto e que, supostamente, não debate, tem pouco ou nenhum envolvimento com política e partidos.
No Recife, os internautas Romero Maia, Noélia Brito, Jaqueline Couto, Júnior Soares, Márcia de Oliveira foram alguns dos que se referiram a alguma variação da palavra “coxinha” ao longo da semana, para criticar o seu uso ou para contextualizar protestos. “A esquerda ‘politizada’ está perdendo o bom senso com essa febre de rotular cidadãos que estão ao lado na rua, mas pensam diferente (‘coxinha’, ‘burguês’, ‘alienado’, ‘'integralista’, ‘zumbis’ etc.) (…)”, publicou em sua página no Facebook, Roberto Maia, analista de projetos.
A advogada e procuradora do Recife Noélia Brito, simpatizante do PSTU, foi uma das que se referiu ao termo mais de uma vez nas redes. “O termo ‘coxinha’ já existia anteriormente às manifestações e era utilizado para apontar aquelas pessoas de classe média, politicamente corretas, sem porém se aprofundarem sobre as causas e consequências das grandes questões em debate. Nesse sentido, podemos dizer que o protesto que ocorreu no Recife, no ultimo dia 26 de junho, foi um protesto ‘coxinha’”, afirmou Noélia, quando perguntada como definiria a expressão. Para ela, não há preconceito nela, mas uma brincadeira por parte daqueles que sempre estiveram presentes nas lutas e observaram “algum nível de arrogância por parte dos neófitos presentes às manifestações e que acreditaram estar fazendo a revolução”. Sobre o protesto na capital, a procuradora cita conquistas e pontua: “É preciso que agora todos nós, sejamos ‘coxinhas’ ou não, continuemos saindo às ruas para que também avanços aconteçam”.
Segundo afirma a doutora em sociologia e jornalista Carolina Leão, que tem estudos na área de sociologia da cultura e estereótipos, o conceito “coxinha” teria surgido da cultura pop. No caso desse momento político, define alguém que estaria na manifestação em busca da festa, do espetáculo.
“Tenho ouvido muito a palavra nos últimos dias e acredito que é o resultado da orfandade dos antigos movimentos sociais, muitos ligados à antiga esquerda, acostumada a outro tipo de plataforma de luta e outros modelos de protestos”, disse Carolina. “Eu, particularmente, não gosto porque reduz um movimento, estigmatiza e estereotipa. Como vem sendo usada muitas vezes por intelectuais ligados à esquerda, é como se quem fosse da direita não tivesse o direito de se manifestar”, arrematou.
Castells diz que Dilma foi a primeira líder mundial a ouvir as demandas das ruas
ISTOÉ – O sr. estava no Brasil quando ocorreram os primeiros protestos em São Paulo. Podia imaginar que eles tomariam essa proporção?
MANUEL CASTELLS – Ninguém podia. Mas o que eu imaginava, e pesquisei durante vários anos, é que a crise de legitimidade política e a capacidade de se comunicar através da internet e de dispositivos móveis levam à possibilidade de que surjam movimentos sociais espontâneos a qualquer momento e em qualquer lugar. Porque razões para indignação existem em todos os lugares.
ISTOÉ – O Brasil reduziu muito a desigualdade social nos últimos anos e tem pleno emprego. Como explicar tamanho descontentamento?
MANUEL CASTELLS – A juventude em São Paulo foi explícita: “Não é só sobre centavos, é sobre os nossos direitos.” É um grito de “basta!” contra a corrupção, arrogância, e às vezes a brutalidade dos políticos e sua polícia.
MANUEL CASTELLS – A juventude em São Paulo foi explícita: “Não é só sobre centavos, é sobre os nossos direitos.” É um grito de “basta!” contra a corrupção, arrogância, e às vezes a brutalidade dos políticos e sua polícia.
ISTOÉ – Faz sentido continuar nas ruas se os problemas da saúde e da educação não podem ser resolvidos rapidamente, como o das passagens de ônibus?
MANUEL CASTELLS – Em primeiro lugar, o movimento quer transporte gratuito, pois afirma que o direito à mobilidade é um direito universal. Os problemas de transporte que tornam a vida nas cidades uma desgraça são consequência da especulação imobiliária, que constrói o município irracionalmente, e de planejamento local ruim, por causa da subserviência dos prefeitos e suas equipes aos interesses do mercado imobiliário, não dos cidadãos. Além disso, por causa da mobilização, a presidenta Dilma Rousseff também está propondo novos investimentos em saúde e educação. Como leva muito tempo para obter resultados, é hora de começar rapidamente.
MANUEL CASTELLS – Em primeiro lugar, o movimento quer transporte gratuito, pois afirma que o direito à mobilidade é um direito universal. Os problemas de transporte que tornam a vida nas cidades uma desgraça são consequência da especulação imobiliária, que constrói o município irracionalmente, e de planejamento local ruim, por causa da subserviência dos prefeitos e suas equipes aos interesses do mercado imobiliário, não dos cidadãos. Além disso, por causa da mobilização, a presidenta Dilma Rousseff também está propondo novos investimentos em saúde e educação. Como leva muito tempo para obter resultados, é hora de começar rapidamente.
ISTOÉ – A presidenta Dilma agiu corretamente ao falar na tevê à nação, convocar reuniões com governadores, prefeitos e manifestantes para propor um pacto?
MANUEL CASTELLS – Com certeza, ela é a primeira líder mundial que presta atenção, que ouve as demandas de pessoas nas ruas. Ela mostrou que é uma verdadeira democrata, mas ela está sendo esfaqueada pelas costas por políticos tradicionais. As declarações de José Serra (o ex-governador tucano criticou as iniciativas anunciadas pela presidenta) são típicas de falta de prestação de contas dos políticos e da incompreensão deles sobre o direito das pessoas de decidir. Os cargos políticos não são de propriedade de políticos. Eles são pagos pelos cidadãos que os elegem. E os cidadãos vão se lembrar de quem disse o quê nesta crise quando a eleição chegar.
MANUEL CASTELLS – Com certeza, ela é a primeira líder mundial que presta atenção, que ouve as demandas de pessoas nas ruas. Ela mostrou que é uma verdadeira democrata, mas ela está sendo esfaqueada pelas costas por políticos tradicionais. As declarações de José Serra (o ex-governador tucano criticou as iniciativas anunciadas pela presidenta) são típicas de falta de prestação de contas dos políticos e da incompreensão deles sobre o direito das pessoas de decidir. Os cargos políticos não são de propriedade de políticos. Eles são pagos pelos cidadãos que os elegem. E os cidadãos vão se lembrar de quem disse o quê nesta crise quando a eleição chegar.
ISTOÉ – Como comparar o movimento brasileiro com os que ocorreram no resto do mundo?
MANUEL CASTELLS – Houve milhões de pessoas protestando dessa forma durante semanas e meses em países de todo o mundo. Nos Estados Unidos, por exemplo, mais de mil cidades foram ocupadas entre setembro de 2011 e março de 2012. A diferença no Brasil é que uma presidenta democrática como Dilma Rousseff e um punhado de políticos verdadeiramente democráticos, como Marina Silva, estão aceitando o direito dos cidadãos de se expressar fora dos canais burocráticos controlados. Esse é o verdadeiro significado do movimento brasileiro: ele mostra que ainda há esperança de se reconectar instituições e cidadãos, se houver boa vontade de ambos os lados.
MANUEL CASTELLS – Houve milhões de pessoas protestando dessa forma durante semanas e meses em países de todo o mundo. Nos Estados Unidos, por exemplo, mais de mil cidades foram ocupadas entre setembro de 2011 e março de 2012. A diferença no Brasil é que uma presidenta democrática como Dilma Rousseff e um punhado de políticos verdadeiramente democráticos, como Marina Silva, estão aceitando o direito dos cidadãos de se expressar fora dos canais burocráticos controlados. Esse é o verdadeiro significado do movimento brasileiro: ele mostra que ainda há esperança de se reconectar instituições e cidadãos, se houver boa vontade de ambos os lados.
ISTOÉ – O que é determinante para o sucesso desses movimentos convocados pela internet?
MANUEL CASTELLS – Que as demandas ressoem para um grande número de pessoas, que não haja políticos envolvidos e que não haja líderes manipulando. Pessoas que se sentem fortes apoiam umas às outras como redes de indivíduos, não como massas que seguem qualquer bandeira. Cada um é seu próprio movimento. A brutalidade policial também ajuda a espalhar o movimento através de imagens na internet difundidas por telefones celulares.
ISTOÉ – Por que tantos protestos acabam em saques e depredações? Como evitar que marginais se aproveitem do movimento?MANUEL CASTELLS – Há violência e vandalismo na sociedade. É impossível preveni-los, embora os movimentos em toda parte tentem controlá-los porque eles sabem que a violência é a força mais destrutiva de um movimento social. Às vezes, em alguns países, provocadores apoiados pela polícia criam a violência para deslegitimar o movimento.
ISTOÉ – Como a polícia deve agir?
MANUEL CASTELLS – Intervir de forma seletiva, com cuidado, profissionalmente, apenas contra os provocadores e os grupos violentos. Nunca, nunca disparar armas letais, e se conter para não bater indiscriminadamente em manifestantes pacíficos. A polícia é uma das razões pelas quais as pessoas protestam.
MANUEL CASTELLS – Intervir de forma seletiva, com cuidado, profissionalmente, apenas contra os provocadores e os grupos violentos. Nunca, nunca disparar armas letais, e se conter para não bater indiscriminadamente em manifestantes pacíficos. A polícia é uma das razões pelas quais as pessoas protestam.
ISTOÉ – A ausência de líderes enfraquece o movimento?MANUEL CASTELLS – Pelo contrário, este é o vigor do movimento. Todo mundo é o seu próprio líder.
ISTOÉ – Mas isso não inviabiliza a negociação com a elite política?MANUEL CASTELLS – Não, a prova disso é que a presidenta Dilma Rousseff se reuniu com alguns representantes do movimento.
ISTOÉ -Qual é a grande força e a grande fraqueza desses movimentos?
MANUEL CASTELLS -A grande força é que eles são espontâneos, livres, festivos, é uma celebração da liberdade. A fraqueza não é deles, a fraqueza são a estupidez e a arrogância da classe política que é insensível às demandas autônomas de cidadãos.
MANUEL CASTELLS -A grande força é que eles são espontâneos, livres, festivos, é uma celebração da liberdade. A fraqueza não é deles, a fraqueza são a estupidez e a arrogância da classe política que é insensível às demandas autônomas de cidadãos.
ISTOÉ – No Brasil, partidos políticos foram banidos das manifestações e há quem enxergue nisso o perigo de um golpe. Faz sentido essa preocupação?
MANUEL CASTELLS – Não há perigo de um golpe de Estado. Os corruptos e antidemocráticos já estão no poder: eles são a classe política.
MANUEL CASTELLS – Não há perigo de um golpe de Estado. Os corruptos e antidemocráticos já estão no poder: eles são a classe política.
ISTOÉ – Como resolver a crise de representatividade da classe política?
MANUEL CASTELLS – Com reforma política, com uma Assembleia Constituinte e um referendo. A presidenta Dilma Rousseff está absolutamente certa, mas, nesse sentido, ela será destruída por sua própria base.
MANUEL CASTELLS – Com reforma política, com uma Assembleia Constituinte e um referendo. A presidenta Dilma Rousseff está absolutamente certa, mas, nesse sentido, ela será destruída por sua própria base.
ISTOÉ – Essas manifestações articuladas através das redes sociais demandam uma nova forma de participação dos cidadãos nos processos de decisão do Estado? Qual?
MANUEL CASTELLS – Sim, esta é a nova forma de participação política emergente em toda parte. Analisei este mundo em meu livro mais recente.
MANUEL CASTELLS – Sim, esta é a nova forma de participação política emergente em toda parte. Analisei este mundo em meu livro mais recente.
ISTOÉ – O que há em comum entre os movimentos sociais contemporâneos?MANUEL CASTELLS – Redes na internet, presença no espaço urbano, ausência de liderança, autonomia, ausência de temor, além de abrangência de toda a sociedade e não apenas um grupo. Em grande parte os movimentos são liderados pela juventude e estão à procura de uma nova democracia.
ISTOÉ - O movimento Occupy, nos EUA, foi derrotado pela chegada do inverno. Que legado deixou?
MANUEL CASTELLS – Deixou novos valores, uma nova consciência para a maioria dos americanos.
MANUEL CASTELLS – Deixou novos valores, uma nova consciência para a maioria dos americanos.
ISTOÉ – Os Indignados espanhóis conseguiram alguma vitória?
MANUEL CASTELLS -Muitas vitórias, especialmente em matéria de direito de hipoteca e despejos de habitação e uma nova compreensão completa da democracia na maioria da população.
MANUEL CASTELLS -Muitas vitórias, especialmente em matéria de direito de hipoteca e despejos de habitação e uma nova compreensão completa da democracia na maioria da população.
ISTOÉ – Que paralelos o sr. vê entre o movimento turco e o brasileiro?MANUEL CASTELLS – São muito similares. São igualmente poderosos, mas a Turquia tem um primeiro-ministro fundamentalista islâmico semifascista e o Brasil, uma presidenta verdadeiramente democrática. Isso faz toda a diferença.
ISTOÉ - Acredita que essa onda de protestos se espalhará para outros países da América Latina?
MANUEL CASTELLS – Há um movimento estudantil forte no Chile, e embriões surgindo na Colômbia, no México e no Uruguai.
MANUEL CASTELLS – Há um movimento estudantil forte no Chile, e embriões surgindo na Colômbia, no México e no Uruguai.
ISTOÉ – Países que controlam a internet, como a China, estão livres dessas manifestações?
MANUEL CASTELLS – Não, isso é um erro da imprensa ocidental. Há muitas manifestações na China, também organizadas na internet, como a da cidade de Guangzhou (no sul do país), em janeiro passado, pela liberdade de imprensa (o editorial de um jornal foi censurado e isso motivou as primeiras manifestações pela liberdade de expressão na China em décadas. Pelo menos 12 pessoas foram detidas, acusadas de subversão).
MANUEL CASTELLS – Não, isso é um erro da imprensa ocidental. Há muitas manifestações na China, também organizadas na internet, como a da cidade de Guangzhou (no sul do país), em janeiro passado, pela liberdade de imprensa (o editorial de um jornal foi censurado e isso motivou as primeiras manifestações pela liberdade de expressão na China em décadas. Pelo menos 12 pessoas foram detidas, acusadas de subversão).
ISTOÉ – Como o sr. vê o futuro?
MANUEL CASTELLS – Eu não gosto de falar sobre o futuro, mas acredito que ele será mais brilhante agora porque as sociedades estão despertando através desses movimentos sociais em rede.
MANUEL CASTELLS – Eu não gosto de falar sobre o futuro, mas acredito que ele será mais brilhante agora porque as sociedades estão despertando através desses movimentos sociais em rede.
Dilma não vai à final da Copa das Confederações e irrita Fifa
Do Yahoo Esportes
A Fifa tomou como um gesto de desrespeito a decisão da presidente Dilma Rousseff de não ir à final deste domingo no Maracanã entre Brasil e Espanha. Tradicionalmente, a presidente do país sede do torneio está na decisão e entrega a taça ao campeão. Neste sábado, parte da cúpula da Fifa que conversou com a reportagem não escondia surpresa diante da decisão da chefe-de-estado de não viajar ao Rio de Janeiro. Apesar da ausência de Dilma, a ala VIP do estádio do Maracanã estará lotada de políticos.
Dilma foi vaiada no jogo de abertura, em Brasília, e decidiu que, diante dos protestos nas ruas e de sua queda de popularidade, não seria o momento de aparecer num estádio, mesmo que seja no evento-teste para a Copa do Mundo e uma espécie de cartão de visita do País.
Parte dos funcionários da Fifa tentavam entender a decisão de Dilma de não estar no estádio. "Isso é bom ou ruim para ela?", questionou um deles. Para outros mais próximos da presidência, a atitude é um "gesto de desrespeito".
A relação entre governo e Fifa já não era das melhores. Mas um dos legados do torneio será um esfriamento ainda maior dos contatos. O governo ficou irritado com os comentários da Fifa sobre as manifestações e com as cobranças por mais segurança.
Se Dilma não estará no estádio, o Maracanã não sentirá falta de políticos. Além de governadores e do prefeito do Rio, Eduardo Paes, deputados, vereadores e senadores estão sendo aguardados na tribuna de honra.
Nas arquibancadas, a torcida já indicou nos meios sociais que irá usar a final para protestar. Nas ruas que dão acesso ao Maracanã, milhares de pessoas prometem protestar. O estádio estará blindado por mais de 6 mil policiais.
Para fontes na Fifa, a situação chega a ser irônica. Afinal, o governo brasileiro quer usar justamente os megaeventos esportivos para se promover no exterior e as autoridades não têm economizado recursos para o marketing baseado no torneio.
Até mesmo a Agência de Promoção das Exportações, ligada ao Ministério do Desenvolvimento, se transformou em associada da Fifa, pagando uma cota de patrocínio de R$ 20 milhões. Já o BNDES e diversos outros órgãos foram fundamentais em bancar estádios e infraestrutura para o evento.
Para outro experiente cartola, o que surpreende é o contraste em relação à participação de outros chefes-de-estado em torneios similares. Em 2009, o capitão da seleção brasileira na época, Lúcio, recebeu o troféu de campeão das mãos de Jacob Zuma, presidente sul-africano. Zuma ainda participou de todos os jogos em Johannesburgo, num esforço de mostrar o compromisso do governo com o torneio. Em 2005, na Alemanha, a cúpula do governo de Berlim também se fez presente.
Fontes próximas ao presidente Joseph Blatter insistem que o cartola suíça "entendeu" a decisão política de Dilma. Mas considerou que sua atitude mostra que o governo não está sempre disposto a bancar o evento e que cálculos políticos pesam mais que o torneio em si. "O que parece é que, quando as coisas vão bem, o Brasil quer usar a Copa para se promover. Mas quando não funciona ou há uma crise, todos querem se dissociar do futebol", comentou um membro do Comitê Executivo da entidade, que pediu anonimato.
sábado, 29 de junho de 2013
Estudo aponta: Praia de Iracema como bairro mais barulhento
Até agora, foram validados 61 pontos, em 12 bairros. Trinta apresentaram altos índices sonoros. Praia de Iracema é a que tem situação mais crítica
Poluição sonora Carta Acústica aponta Praia de Iracema como bairro mais barulhento
Após sete anos de estudos, foram divulgados ontem os primeiros resultados da Carta Acústica de Fortaleza, que aponta os locais mais barulhentos da Capital. Até agora, foram constatados 30 pontos críticos em 12 bairros (ver quadro).
Os 30 pontos, antes mapeados apenas a partir de previsões técnicas feitas após levantamento de toda a Cidade, apresentaram confirmação dos altos índices sonoros feita por decibelímetro (equipamento que mede os níveis de pressão sonora). Até agora, foram validados 61 pontos - os outros 31 apresentaram índice baixo.
Outros 139 locais ainda passarão pelo crivo do decibelímetro, até julho. O coordenador do projeto, Aurélio Brito, explica que a Capital foi 100% mapeada e diferentes tipos de fontes sonoras - como tráfego, indústrias e zonas de lazer - foram analisadas e transformadas em dados. “Com base nesse mapa, definimos os 200 pontos que serão validados, ou seja, cujos dados serão conferidos”, diz. Agora, o projeto está em fase de validação.
“Deixaremos o decibelímetro funcionando por 24 horas no local e, se houver alguma diferença de resultado, temos de recalcular aquele trecho”, disse Aurélio, ontem, durante apresentação dos resultados na Secretaria do Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma) - realizadora do projeto.
Mesmo ainda em fase de validação, algumas conclusões já podem ser tiradas da carta, de acordo com Aurélio: “Nas proximidades do Hospital Militar, na (avenida) Desembargador Moreira, vimos que, após a proibição de circulação dos veículos pesados, os ruídos diminuíram em três decibéis”, cita. Em setembro, a carta deverá ser concluída e possibilitará que, ao comprar ou alugar um imóvel, o cidadão saiba qual a condição acústica da área e se previna.
Bairros
Praia de Iracema, Barra do Ceará, Maraponga, Messejana, Mondubim, Montese, Aerolândia, Centro, Edson Queiroz, Jardim Cearense, Conjunto Ceará e Aldeota foram os bairros com índices de ruídos já validados. Todos apresentaram ruídos considerados “altos” e oito tiveram medições classificadas como “extremamente altas”. No centro da Messejana, por exemplo, o registro sonoro já confirmado é de 81.9 decibéis (dB) durante o dia e 75 dB durante a noite.
A Praia de Iracema é considerado o bairro mais crítico. “Na Praia de Iracema a realidade é atípica, porque são 24 horas de ruídos”, pontua Aurélio Brito. O trânsito durante o dia, além de ter veículos particulares e de turismo, é composto por caminhões de grande porte. À noite, a poluição sonora fica por conta dos estabelecimentos de lazer.
E agora
ENTENDA A NOTÍCIA
A Carta Acústica de Fortaleza deverá ser finalizada pela em setembro. O documento permitirá que, ao comprar ou alugar um imóvel, o cidadão saiba qual a condição acústica da área e possa se prevenir.
Serviço
Informações sobre a Carta Acústica de Fortaleza:
cartaacusticadefortaleza.com.br
Disque Silêncio
0800 285 0880/ (85) 3452 6927
Saiba mais
A Carta Acústica de Fortaleza poderá subsidiar a criação de políticas públicas quanto à poluição sonora e seus prejuízos.
De acordo com o coordenador do projeto, Aurélio Brito, o fato de a Capital produzir o documento foi decisivo para a escolha da cidade como sede da Copa do Mundo de 2014.
A ideia de elaborar a carta partiu das denúncias feitas pelo Disque Silêncio.
Os mapas de medição dos ruídos serão disponibilizados para a população.
Em 2012 e 2013, a Seuma emitiu 646 Autorizações Especiais de Utilização Sonora; recebeu 5.561 denúncias de poluição sonora (até maio), executou 1.234 notificações e apreendeu 470 equipamentos.
Fonte: O POVO Online
Deputado Carlomano apronta de novo: Agora é acusado de atirtar em prefeito
Do Política com K
O deputado Carlomano Marques (PMDB) se envolveu em mais uma polêmica. Dessa vez, no município de Maranguape. Depois de uma discussão com o prefeito de Solonópole, Webston Pinheiro (PRB), na quinta-feira (27/06), o peemedebista teria sacado uma pistola 380 e atirado contra o prefeito.
“Ele estava visivelmente fora de si e acompanhado de uma senhora, que o acalmou”, disse o prefeito que também é empresário e engenheiro civil. “Por pouco não fui atingido”, acentuou.
Ameaça
No Boletim de Ocorrência (B.O) o caso foi enquadrado como ameaça. O prefeito disse que marcou um encontro com Carlomano Marques em Maranguape. “O deputado ficou me pressionando para pagar um serviço executado pela empresa Visual Construções de propriedade dos sobrinhos dele”, justificou o prefeito.
Pagamento
Webston Pinheiro disse que o deputado se alterou quando foi informado de que o pagamento da obra de uma barragem não poderia ser efetuado porque a planilha emitida pelo DNOCS está necessitando de correção. “A partir daí ele se descontrolou e efetuou um disparo de arma de fogo para o chão, deixando o local acompanhado de uma mulher”, disse o prefeito em depoimento na Delegacia de Polícia Civil de Maranguape.
E agora?
“Além de representar criminalmente contra ele por ameaça vou dar entrada em ação na Procuradoria Geral de Justiça e na Assembleia Legislativa”, garantiu o prefeito.
O deputado Carlomano Marques (PMDB) se envolveu em mais uma polêmica. Dessa vez, no município de Maranguape. Depois de uma discussão com o prefeito de Solonópole, Webston Pinheiro (PRB), na quinta-feira (27/06), o peemedebista teria sacado uma pistola 380 e atirado contra o prefeito.
“Ele estava visivelmente fora de si e acompanhado de uma senhora, que o acalmou”, disse o prefeito que também é empresário e engenheiro civil. “Por pouco não fui atingido”, acentuou.
Ameaça
No Boletim de Ocorrência (B.O) o caso foi enquadrado como ameaça. O prefeito disse que marcou um encontro com Carlomano Marques em Maranguape. “O deputado ficou me pressionando para pagar um serviço executado pela empresa Visual Construções de propriedade dos sobrinhos dele”, justificou o prefeito.
Pagamento
Webston Pinheiro disse que o deputado se alterou quando foi informado de que o pagamento da obra de uma barragem não poderia ser efetuado porque a planilha emitida pelo DNOCS está necessitando de correção. “A partir daí ele se descontrolou e efetuou um disparo de arma de fogo para o chão, deixando o local acompanhado de uma mulher”, disse o prefeito em depoimento na Delegacia de Polícia Civil de Maranguape.
E agora?
“Além de representar criminalmente contra ele por ameaça vou dar entrada em ação na Procuradoria Geral de Justiça e na Assembleia Legislativa”, garantiu o prefeito.
sexta-feira, 28 de junho de 2013
PRETO NO BRANCO, coluna publicada no jornal O ESTADO
Sexta-feira, 28 de junho de 2013
BASTA DE ENGANAÇÃO
Afinal, a rejeição da PEC sequer muda uma situação já existente, apenas mantém o “status quo”, a possibilidade de o Ministério Público promover investigações criminais. E daí? Hoje, essa possibilidade já existe.
Hoje, o Ministério Público pode promover investigações criminais inclusive contra políticos e gestores e apesar disso o que reina é a impunidade. Quantos políticos, quantos gestores estão presos por corrupção ou desvios de verbas públicas no Brasil?
É preciso muito mais do que poder investigar. É preciso querer investigar. É preciso recursos pra investigar. É preciso um Judiciário aparelhado para processar e condenar e por aí vai. Diante dessas constatações, faz-se necessário que se exija mudanças urgentes nessa estrutura que emperra a punição dos políticos e gestores corruptos, pois a rejeição da PEC apenas contribui para que a impunidade não aumente, mas em nada contribui para que ela não diminua...chega de tanta enganação.
CURTO CIRCUITO
• Haja atraso
• Prestígio
Pela primeira vez, na história do STF, uma quantidade tão grande e importante de cearenses, prestigiou a posse de um novo ministro daquele colegiado. Na solenidade de entronização do ministro Luiz Barroso, entre outros, estiveram presentes o desembargador Gerardo Brígido, presidente do TJCE, e o consagrado jurisconsulto Paulo Bonavides.
• Pacotão
É consenso entre políticos e juristas, que a presidente Dilma, ao lançar o seu pacotão, visando melhorar a desarrumação do País, o fez com muito atraso. Antes das multidões nas ruas, tal medida era cobrada nos plenários, redações, igrejas e redes sociais. Para o deputado Raimundo Matos (PSDB) “é bom que ainda haja tempo para corrigir a tortuosa rota do País”.
• E agora?
Enquanto o titular da Secretaria da Fazenda do Ceará, Mauro Filho, queixa-se de que as novas regras do FPE causarão perdas consideráveis ao Estado do Ceará, o senador Eunício Oliveira (PMDB),relator da matéria aprovada, insiste em que o nosso sistema vai favorecer, prioritariamente, os estados mais pobres, principalmente do Norte e do Nordeste. E agora?
UMAS & OUTRAS
• Desequilíbrio
Alguém precisa “arrumar a cabeça” do famigerado deputado-pastor Marcos Feliciano. Na sua mania de demonizar o homossexualismo, ele, se por um lado, da a impressão de precisar da “cura gay”, por outro lado parece não entender que não trata-se de uma doença, e que, a quem demonstra orgulho de ser “gay”, não interessa tal absurda “cura”. Vi te tratar, seu coiso!
• Boas intenções
Uma das medidas que mostram a disposição do presidente da CMF, Walter Cavalcante, de dar mais utilidade àquela Casa, é a defesa de mais entrosamento com as demais Câmaras Municipais do Estado, visando melhorar o nível de todas elas. Alega que a Câmara de Fortaleza é referência nacional, nas grandes inovações ali implantadas nas últimas gestões.
• Trabalho muito
Conforme fiscais do TCM, por mais que gestores passados tenham sido alvos de muitas orientações através de cursos e seminários, é muito grande o volume de irregularidades deixadas de “herança” para os atuais prefeitos. Como consequência disso, é generalizada a onda de preocupações com o volume de verbas retidas à falta de projetos no período 2008-2012.
• Igualdade
Preocupadas com a fartura de espaços e obtenção de benefícios para evangélicos, através da deputada Silvana (PMDB), lideranças católicas organizam-se para procurar o deputado Delegado Cavalcante no sentido de ele batalhar pelo “Terço dos Homens” e pelo menos uma Missa, mensalmente, naquela Casa, onde 80% das pessoas são católicas.
quarta-feira, 26 de junho de 2013
RODOVIÁRIOS » Paralisação descartada neste mês
DIARIO DE PERNAMBUCO
Serviço foi interrompido no Grande Recife em 14 de junho |
A segunda rodada de negociação entre o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado de Pernambuco (Urbana/PE) e o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviários foi adiada para amanhã, às 16h. A reunião, que deveria ter ocorrido ontem, na Sede do Ministério Público do Trabalho em Pernambuco, precisou mudar de data devido à convocação extraordinária do governo para que representantes do Urbana/PE participassem de uma negociação sobre melhoria do transporte público, em Brasília. A categoria descartou nova paralisação neste mês.
Em função da mudança, os líderes da Oposição Rodoviária de Verdade da CSP-Conlutas adiaram para amanhã de manhã a entrega de uma petição com assinaturas da categoria para participar das negociações. “Colhemos duas mil assinaturas e esperamos mais participação. Até o dia 1º, descartamos paralisações”, explicou Aldo Lima, líder dessa oposição. O outro grupo divergente do sindicato dos rodoviários, a Oposição dos Rodoviários de Pernambuco, ligado à CUT, afirmou que vai esperar a nova reunião para decidir sobre uma possível parada. A primeira mesa de negociação, que estava prevista para o último dia 11, também foi adiada e só aconteceu no dia 18, mas sem consenso entre as partes.
Rodada de negociações entre rodoviários do Grande Recife e patronato é adiada para esta quinta
Oposição descarta greve até o dia 1º de julho, data limite para acordo
Foto: Hélia Scheppa / JC Imagem
Do NE10ATUALIZADA ÀS 15H46
A rodada de negociações, mediada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), entre rodoviários e classe patronal marcada para a tarde desta terça-feira(25) foi adiada para esta quinta (27), às 16h, a pedido do patronato. A informação foi repassada aos representantes da categoria pela procuradoria responsável pela mediação. Segundo a oposição, a greve está descartada até o dia 1º de julho.
O Ministério Público do Trabalho atendeu à solicitação do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros no Estado de Pernambuco (Urbana), em pedido feito pelo advogado da Urbana, Antonio Neuenschwander, por volta das 14h. Na petição, o advogado informa que o representante legal do Sindicato, o presidente da entidade, foi convocado em caráter de emergência para discutir soluções do setor em âmbito nacional com o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Segundo o presidente da Oposição Rodoviária de Verdade, Aldo Lima, a oposição decidiu estabelecer o prazo até o dia 1º de julho sem paralisações pois esta é a data limite para que as duas partes entrem em acordo com a mediação do MPT. Ainda segundo Aldo Lima, os rodoviários vinculados à oposição não podem assistir à mediação entre o sindicato e o patronato. "Recolhemos duas mil assinaturas para oficializar uma comissão para acompanhar estas negociações; nós queremos o direito de acompanhar a mediação", defende.
A lista com as assinaturas foi entregue à advogada Noelia Brito, que faz a assessoria jurídica da Oposição Rodoviários de Verdade. O documento deve ser entregue em forma de petição à procuradoria.
Pressão de patrocinadores faz FIFA descredenciar empresa que cuidou dos bares e restaurantes da Arena Pernambuco
Alguém já investigou quem seriam os "donos" dessa empresa? Que tal o Ministério Público aproveitar para comemorar a rejeição da PEC 37 investigando isso, hem?
Do blog do Jamildo:
A Fifa, por pressão de patrocinadores, que se acharam lesados, afastou a empresa quarteirizada que havia sido contratada para cuidar da gestão dos bares e restaurantes na Arena Pernambuco, na estreia do estádio, no jogo Espanha e Uruguai. Já se sabia que iria dar m. Ninguém no mercado local de eventos conhecia a empresa. E não se trata de coisa do outro mundo fazer um evento para 30 mil pessoas ou mais, desde que haja experiência.
Infelizmente o alto padrão da Arena Pernambuco não se estendeu aos serviços prestados durante os primeiros jogos na nova arena.
Seria inconcebível numa arena europeia o tamanho das filas formadas para comprar comida e bebida, como se viu aqui, fazendo com que o torcedor tivesse que escolher entre assistir à partida ou se dirigir à lanchonete – especialmente quando se tinha que chegar com antecedência, e se sabia que o retorno também iria custar algumas horas de fome e sede.
Pelo menos isto.
Já a questão da mobilidade, depois da Copa das Reclamações, deve melhorar substancialmente, justamente pelo fim das exigências da Fifa. Há ume estacionamemnto com 4 mil vagas que não foi usado, por exemplo, para que se desse prioridade ao metrô.
Claro que isto não afasta as falhas estaduaus. A questão da mobilidade é a mais grave no que diz respeito às expectativas criadas. A estação Cosme e Damião não foi projetada para acolher multidões: os corredores são estreitos, adequados apenas à demanda cotidiana da localidade. A sobrecarga no transporte metroviário, sabidamente insuficiente e precário, foi no mínimo uma aposta infeliz, para não dizer pouco inteligente. Depois, para remediar, ampliou-se as linhas de ônibus especiais diretas para a Arena. Deve ter faltado tempo para se pensar nisso e dinheiro.
Do blog do Jamildo:
A Fifa, por pressão de patrocinadores, que se acharam lesados, afastou a empresa quarteirizada que havia sido contratada para cuidar da gestão dos bares e restaurantes na Arena Pernambuco, na estreia do estádio, no jogo Espanha e Uruguai. Já se sabia que iria dar m. Ninguém no mercado local de eventos conhecia a empresa. E não se trata de coisa do outro mundo fazer um evento para 30 mil pessoas ou mais, desde que haja experiência.
Infelizmente o alto padrão da Arena Pernambuco não se estendeu aos serviços prestados durante os primeiros jogos na nova arena.
Seria inconcebível numa arena europeia o tamanho das filas formadas para comprar comida e bebida, como se viu aqui, fazendo com que o torcedor tivesse que escolher entre assistir à partida ou se dirigir à lanchonete – especialmente quando se tinha que chegar com antecedência, e se sabia que o retorno também iria custar algumas horas de fome e sede.
Pelo menos isto.
Já a questão da mobilidade, depois da Copa das Reclamações, deve melhorar substancialmente, justamente pelo fim das exigências da Fifa. Há ume estacionamemnto com 4 mil vagas que não foi usado, por exemplo, para que se desse prioridade ao metrô.
Claro que isto não afasta as falhas estaduaus. A questão da mobilidade é a mais grave no que diz respeito às expectativas criadas. A estação Cosme e Damião não foi projetada para acolher multidões: os corredores são estreitos, adequados apenas à demanda cotidiana da localidade. A sobrecarga no transporte metroviário, sabidamente insuficiente e precário, foi no mínimo uma aposta infeliz, para não dizer pouco inteligente. Depois, para remediar, ampliou-se as linhas de ônibus especiais diretas para a Arena. Deve ter faltado tempo para se pensar nisso e dinheiro.
Pressão popular derruba PEC 37 no Congresso
Procuradores e Promotores viram ontem, à noite, nas galerias do Congresso Nacional, o resultado da pressão popular: Por 430 votos a favor e nove contra e duas abstenções, a Câmara dos Deputados cedeu à pressão do povo e derrubou a proposta de emenda constitucional que reduzia o poder de investigação criminal do Ministério Público, a badalada PEC 37, uma das matérias em tramitação na Casa mais atacadas pelas recentes manifestações populares que ganharam as ruas de todo o País.
O presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), chegou a anunciar que a votação ocorreria no dia 3 de julho mas, coagidos pelo clamor do povo, os congresistas anteciparam a apreciação e votação da matéria..
Segundo o Estadão, com a pauta de votações do dia cheia de projetos, Alves chegou a adotar uma manobra regimental para garantir que a PEC 37 fosse apreciada – e derrubada – ainda nesta terça-feira, 25. Ao final da sessão ordinária que debatia do projeto que destina os royalties do petróleo para a educação, Alves interrompeu a votação da matéria e convocou uma sessão extraordinária para discutir exclusivamente a PEC 37. Dessa maneira evitou-se o risco de que, caso a votação dos royalties avançasse madrugada adentro, a apreciação da PEC 37 fosse prejudicada por falta de quórum.
Ainda de acordo com o jornal, para tentar alcançar um texto de acordo no tema polêmico, foi constituído um grupo de trabalho coordenado pelo Ministério da Justiça e que contou com a participação de parlamentares, delegados e procuradores. Mas não houve consenso. Ao iniciar a sessão para debater a PEC, Alves disse que a Casa trabalhou por um acordo entre as duas corporações – polícia e Promotoria.
"O povo brasileiro, que quer cada vez mais o combate à corrupção e à impunidade, gostaria de ver o MP e os delegados unidos", declarou. "Tentamos de todas as maneiras e demos um prazo até segunda-feira para que esse acordo fosse produzido e na noite de hoje não tivesse nem vencedores nem vencidos."
Parlamentares admitiram que a pressão popular foi fundamental para derrubar a proposta. "Isso não aconteceria sem as ruas", avaliou o deputado Walter Feldman (PSDB-SP), para quem, sem as manifestações nas ruas, ao menos 70% dos deputados apoiariam a aprovação da PEC. A mesma opinião veio do PSOL. A aprovação só foi possível por conta do acordo entre os partidos para votar, mais adiante, projetos que regulamentam os procedimentos de investigação do MP.
Na sessão desta terça-feira, cada deputado que advogou a queda da PEC foi ovacionado e fortemente aplaudido pelos promotores nas galerias.
"(O presidente Henrique Eduardo Alves), escutando o que está dizendo as ruas, resolveu trazer a pauta à votação mesmo sabendo que o processo não vai se encerrar", disse o líder peemedebista na Câmara, Eduardo Cunha (RJ). "Precisamos regulamentar (a investigação criminal) e um projeto já foi apresentado para buscar o debate", disse Cunha, aplaudido.
O projeto citado é de autoria do líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP). "O objetivo é estabelecer um regramento nacional, unificação do procedimento de investigação para promotores e delegados. Não retira e nem restringe o poder de investigação do Ministério Público. Apenas estabelece regras", defendeu.
O autor da PEC 37, deputado Lourival Mendes (PT do B-MA), foi vaiado ao subiu à tribuna para defender o projeto. "Não é a PEC da impunidade. Lamentavelmente a PEC foi rotulada de algo que nada tem a ver com o seu objetivo. Ela o estado jurídico do Brasil."
O presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), chegou a anunciar que a votação ocorreria no dia 3 de julho mas, coagidos pelo clamor do povo, os congresistas anteciparam a apreciação e votação da matéria..
Segundo o Estadão, com a pauta de votações do dia cheia de projetos, Alves chegou a adotar uma manobra regimental para garantir que a PEC 37 fosse apreciada – e derrubada – ainda nesta terça-feira, 25. Ao final da sessão ordinária que debatia do projeto que destina os royalties do petróleo para a educação, Alves interrompeu a votação da matéria e convocou uma sessão extraordinária para discutir exclusivamente a PEC 37. Dessa maneira evitou-se o risco de que, caso a votação dos royalties avançasse madrugada adentro, a apreciação da PEC 37 fosse prejudicada por falta de quórum.
Ainda de acordo com o jornal, para tentar alcançar um texto de acordo no tema polêmico, foi constituído um grupo de trabalho coordenado pelo Ministério da Justiça e que contou com a participação de parlamentares, delegados e procuradores. Mas não houve consenso. Ao iniciar a sessão para debater a PEC, Alves disse que a Casa trabalhou por um acordo entre as duas corporações – polícia e Promotoria.
"O povo brasileiro, que quer cada vez mais o combate à corrupção e à impunidade, gostaria de ver o MP e os delegados unidos", declarou. "Tentamos de todas as maneiras e demos um prazo até segunda-feira para que esse acordo fosse produzido e na noite de hoje não tivesse nem vencedores nem vencidos."
Parlamentares admitiram que a pressão popular foi fundamental para derrubar a proposta. "Isso não aconteceria sem as ruas", avaliou o deputado Walter Feldman (PSDB-SP), para quem, sem as manifestações nas ruas, ao menos 70% dos deputados apoiariam a aprovação da PEC. A mesma opinião veio do PSOL. A aprovação só foi possível por conta do acordo entre os partidos para votar, mais adiante, projetos que regulamentam os procedimentos de investigação do MP.
Na sessão desta terça-feira, cada deputado que advogou a queda da PEC foi ovacionado e fortemente aplaudido pelos promotores nas galerias.
"(O presidente Henrique Eduardo Alves), escutando o que está dizendo as ruas, resolveu trazer a pauta à votação mesmo sabendo que o processo não vai se encerrar", disse o líder peemedebista na Câmara, Eduardo Cunha (RJ). "Precisamos regulamentar (a investigação criminal) e um projeto já foi apresentado para buscar o debate", disse Cunha, aplaudido.
O projeto citado é de autoria do líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP). "O objetivo é estabelecer um regramento nacional, unificação do procedimento de investigação para promotores e delegados. Não retira e nem restringe o poder de investigação do Ministério Público. Apenas estabelece regras", defendeu.
O autor da PEC 37, deputado Lourival Mendes (PT do B-MA), foi vaiado ao subiu à tribuna para defender o projeto. "Não é a PEC da impunidade. Lamentavelmente a PEC foi rotulada de algo que nada tem a ver com o seu objetivo. Ela o estado jurídico do Brasil."
Pressão popular faz Câmara recuar e PEC 37 deve ser derrubada no plenário
Da Agência Brasil
Henrique Alves e líderes partidários se reuniram hoje no Congresso Wilson Dias/25.06.2013/ABr
Além da PEC 37, os deputados pautaram para hoje a votação da proposta que estabelece novas regras de divisão dos recursos do FEP (Fundo de Participação dos Estados), o projeto de lei que destina 100% dos recursos do petróleo para a educação e a MP (Medida Provisória) 611, que abre crédito para quatro ministérios.
O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que chegou a pautar, mas depois teve de cancelar a votação da PEC 37 por falta de acordo entre delegados e representantes do Ministério Público, disse após reunião com líderes partidários que "a Casa não pode se omitir".
— Como o acordo não foi possível, esta Casa não pode se omitir e, portanto, vai votar e, na minha avaliação, vai derrotar hoje a PEC 37.
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Perguntado se a votação da PEC era uma resposta ao clamor popular, Henrique Alves respondeu que a Câmara sempre “vocalizou” as insatisfações da sociedade.
— Foi assim na ditadura, em relação ao impeachment [do presidente Fernando Collor, em 1992], na [Assembleia Nacional] Constituinte [1987-1988], foi ela [a Câmara] quem vocalizou. Esta Casa tem que estar antenada, com ouvidos, olhos e consciência bem abertos para as ruas que estão clamando por uma atuação mais eficiente e mais enérgica. E ela fará, com muita consciência e responsabilidade.
Para o líder do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP), a derrubada da PEC será “um gesto” da Câmara em resposta às manifestações.
— Ocorre que houve manifestações de rua, com maior ou menor conhecimento [contra a PEC], e o fato é que a PEC 37 acabou virando sinônimo de uma péssima iniciativa. O presidente da Câmara tomou a decisão de colocar em votação e, na minha opinião, [a PEC] será derrotada. Estamos fazendo um gesto de encontro ao que a sociedade vem pleiteando.
O líder do PSB, deputado Beto Albuquerque (RS), ressaltou que a derrota da PEC 37 coloca a Câmara em sintonia com as ruas.
— A PEC 37, quando quer dar exclusividade a um ente só para investigar, ela já nasce torta e, por isso, será derrotada. Vamos votar e derrotar porque, nas ruas, existe a mesma contrariedade dos que, aqui dentro, não são a favor. E são muitos. Vamos votar este tema e outros para sintonizar com a vontade popular. Temos que aprender com o povo.
Na reunião de líderes, ficou definido que, após a votação e a derrubada da PEC 37, será aprovada a urgência para uma proposta de lei complementar que defina o papel do Ministério Público nas investigações. Essa proposta deverá ser votada em agosto.
sexta-feira, 21 de junho de 2013
The Guardian: Brasileiros têm coragem de dizer o que os britânicos não tiveram
Uma análise publicada nesta sexta-feira no jornal britânico The Guardian elogia os protestos no Brasil, afirmando que os brasileiros estão dizendo o que os britânicos não tiveram coragem de dizer no ano passado, durante a realização das Olimpíadas em Londres.
O texto, assinado por Simon Jenkins, diz que os protestos brasileiros, que têm como um dos alvos os altos gastos com Copa do Mundo e as Olimpíadas no país, são autênticos ao repercutir o sentimento de que as pessoas não querem esse tipo de "extravagância".
"A extravagância de 9 bilhões de libras (Olimpíadas em Londres) não era necessária para abrigar um show internacional de atletismo. O Rio de Janeiro não somente tem uma extravagância, mas duas".
"Então parabéns aos brasileiros por terem dito o que os britânicos ano passado não tiveram coragem de dizer: basta", diz o artigo, acrescentando que a Copa do Mundo e as Olimpíadas são eventos televisivos que poderiam ser realizados com menos gastos.
O artigo também critica a realização de outros eventos que envolvem grandes somas de dinheiro, como o G8 e o G20.
"O G8 esta semana na Irlanda do Norte foi inútil", diz o artigo. "Uma noite e dois dias em um lago irlandês sombrio custou 60 milhões de libras ao contribuinte e o recrutamento de mil policiais por delegação. Eles não poderiam ter usado Skype?", indaga o autor.
O texto qualifica a realização do G20, em 2012, como um "carnaval obcecado por segurança".
"A reunião de 2012 em Toronto gastou, em dois dias, US$1 bilhão em segurança. Não fez nada pelos pobres e devastou a economia local por um ano", diz.
O autor critica o fato de que o avanço da tecnologia nos últimos anos não ter sido suficiente para substituir a necessidade por eventos presenciais, alimentados pelo desejo dos líderes mundiais de receberem seus colegas, numa demonstração de poder.
Protestos de 20/jun
O texto, assinado por Simon Jenkins, diz que os protestos brasileiros, que têm como um dos alvos os altos gastos com Copa do Mundo e as Olimpíadas no país, são autênticos ao repercutir o sentimento de que as pessoas não querem esse tipo de "extravagância".
"A extravagância de 9 bilhões de libras (Olimpíadas em Londres) não era necessária para abrigar um show internacional de atletismo. O Rio de Janeiro não somente tem uma extravagância, mas duas".
"Então parabéns aos brasileiros por terem dito o que os britânicos ano passado não tiveram coragem de dizer: basta", diz o artigo, acrescentando que a Copa do Mundo e as Olimpíadas são eventos televisivos que poderiam ser realizados com menos gastos.
'Dilúvio de promessas'
"Todo mundo sabe que o 'dilúvio de promessas' que as nações sede recebem sobre legado é uma bobagem", diz o Guardian.O artigo também critica a realização de outros eventos que envolvem grandes somas de dinheiro, como o G8 e o G20.
"O G8 esta semana na Irlanda do Norte foi inútil", diz o artigo. "Uma noite e dois dias em um lago irlandês sombrio custou 60 milhões de libras ao contribuinte e o recrutamento de mil policiais por delegação. Eles não poderiam ter usado Skype?", indaga o autor.
O texto qualifica a realização do G20, em 2012, como um "carnaval obcecado por segurança".
"A reunião de 2012 em Toronto gastou, em dois dias, US$1 bilhão em segurança. Não fez nada pelos pobres e devastou a economia local por um ano", diz.
O autor critica o fato de que o avanço da tecnologia nos últimos anos não ter sido suficiente para substituir a necessidade por eventos presenciais, alimentados pelo desejo dos líderes mundiais de receberem seus colegas, numa demonstração de poder.
PPRETO NO BRANCO, coluna publicada no jornal O ESTADO
Sexta-feira, 21 de junho de 2013
DE OLHO NOS URUBUS
O povo tomou as ruas das cidades brasileiras, primeiro para protestar contra o aumento das passagens e depois para dizer de todas as insatisfações que lhes povoam o dia a dia.
Cientes de sua incapacidade em conter a força incontrolável que vem das manifestações populares, as forças responsáveis por essas mesmas insatisfações esforçam-se para se fazerem aliadas do povo e passam a defender os protestos, legitimando-os como se o povo precisasse ser legitimado por seus próprios algozes.
Usam a máxima segundo a qual se não pode vencê-los, junte-se a eles. Assim, muitos políticos que sempre governaram, que sempre estiveram em partidos de direita como Jair Bolsonaro, de posições eminentemente fascis tas, gravam vídeos para divulgar apoio aos protestos, querendo com isso plantar ideias golpistas contra um governo que não consegue derrubar dentro do jogo democrático.
É preciso estar muito atento porque as forças manipuladoras que sempre estiveram no comando não tardam em se localizar dentro de qualquer movimento, pois sua prática de dominação e de alienação é milenar e não será da noite para o dia que será defenestrada do poder por simples marchas pelo meio das ruas.
Depois dessas marchas para onde iremos? Essa é a verdadeira questão. Que rumo tomaremos? É necessário sabermos e começarmos a pensar sobre isso para não corrermos o risco de nos deixarmos conduzir, sem saber, por forças ocultas que não exitaram em utilizar todas as armas de manipulação para se manter no poder, custe o que custar. Portanto, cuidado, cuidado com os urubus! Olho neles!
CURTO CIRCUITO
• “Piadistas”
O presidente da Câmara Municipal de Fortaleza, Walter Cavalcante, precisa “dar uma prensa” em alguns dos vereadores, que, à falta de criatividade, desperdiçam o tempo deles e da Casa, apresentando propostas que mais parecem destinadas a enriquecer livros de piadas. Quintino o Cunha perde longe...
• Heresia
Sobre a pobreza criativa de alguns parlamentares municipais, depois de proposto o Dia Municipal do Skatista, um deles “ameaça” propor a criação da “Semana Municipal de Jesus”. Em vez disso o referido edil deveria lembrar-se de que o Filho de Deus deve ser adorado a cada dia de cada ano.
• (Des)entrosamento
Para quem observa de longe, a impressão que se tem, é de que está faltando mais união entre os 22 deputados federais e os três senadores que nos representam em Brasília. Por conta dessa falta de sintonia, continuamos a perder para alguns estados do Nordeste, apesar dos esforços do governador Cid Gomes.
• Vão sonhando!
Os petistas do Ceará parecem não ter ainda absorvido os recados da presidenta Dilma em relação a eles. Dilma tem muita atenção à ex-prefeita Luizianne Lins, mas incorre em grosseiro engano quem pensar que ela vai engolir a insistência deles em sabotar a as gestões de Cid Gomes e Roberto Cláudio.
UMAS & OUTRAS
• Ele voltaria?
Pode-se até criticar o deputado Delegado Cavalcante pelo seu discurso meio “amarrado”, mas ele, como policial, ganha de “goleada” do titular da SSPDS, Cel. Bezerra. E não descarta assumir a Segurança, se convocado. Mas o governador Cid não desgruda de Bezerra...
• Só um jeito
A propósito da insistência de Cid em manter o atual titular da SSPDS, só há um meio de este deixar aquela pasta. Segundo informa fonte fidedigna, o Cel. Bezerra tem planos políticos. Nesse sentido, estaria de olho na Assembleia Legislativa, e com o apoio – é claro – do governador.
• Professores ou forró?
Em Juazeiro, permanece uma dúvida cruel para a população, gerada pelo problema da redução de salários de professores. O Ministério Público entra em ação, e pretende abortar o Juaforró, monumental arrasta-pé, no qual o nosso o prefeito Raimundão pretende gastar R$ 650 mil.
• “Guerra”
Segundo o desassombrado senador paraibano Agripino Maia (DEM), uma das mais evidentes provas da incompetência do governo federal para contornar o problema da inflação, é o fato de ter sofrido pesadas perdas na chamada “guerra” travada com uma simples hortaliça – o tomate...
Governo de Pernambuco monitoramento e blinda protestos no Recife
Blog do Jamildo:
O governador Eduardo Campos (PSB) teve absoluto sucesso em isolar o Recife do cenário visto durante as últimas duas semanas, quando o Brasil virou palco de inúmeros protestos, que começaram com o "Movimento Passe Livre" em São Paulo. De quebra, protegeu com êxito também a vitrine do PSB no Nordeste, a Prefeitura da Cidade do Recife, comandada hoje por Geraldo Julio. Não se torce aqui para que tenha acontecido alguma bagunça ou vandalismo na cidade. São apenas constatações, embora quem tenha tomado parte do protesto tenha saído com a impressão de que participou de um dia histórico, quase uma revolução.
O entusiasmo governamental foi tanto com o sucesso da operação que a Secretaria de Defesa Social (SDS) e o Palácio do Campo das Princesas chegaram a inflar, para 100 mil, o número de manifestantes, como se o Recife pudesse se destacar em calmaria no meio de tanta agitação no Brasil, mais um feito de Eduardo.
Com tempo para planejar as ações, da PM e não apenas do aparato policial, o governador Eduardo Campos transformou o protesto do Recife em quase um desfile cívico. Não faltou estudantes sendo dispensados de suas escolas mais cedo.
Não havia grito de ordem, não se via nada politizado. É como se as pessoas tivessem dito assim, tá na moda eu vou. Houve quem falasse de uma espécie de carnaval fora de época, em alguns momentos.
É verdade que teve um cartaz aqui e ali contra a sua imagem pessoal, mas nada que não possa ser depositado na conta da democracia.
O governador socialista também foi ajudado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). Numa decisão da véspera, o órgão determinou (recomendou, na verdade) que os motoristas, mesmo aderindo ao protesto, teriam que recolher os ônibus às garagens, sob pena de, sob dissídio, serem demitidos por justa causa. A Oposição Rodoviária, ligada ao PSOL, que busca derrubar o atual presidente dos rodoviários, Patrício Magalhães, nem se queimou com a juventude porque vendeu a história como uma contribuição à paralisação geral da cidade.
Sem ônibus na rua, não haveria engarrafamento nem combustível para queimar. Desapareceu o objeto da ira, inicial. A decisão também acabou beneficiando os empresários do setor, sempre tratados como diabos facistas, pois não tiveram problemas com vandalismo de suas lucrativas carroças. Quebradeira, zero, portanto. Nem chance houve.
Empresas liberaram funcionários mais cedo, ajudando a esvaziar a pressão sobre as artérias da cidade.
O Tribunal de Justiça do Estado (TJPE) e a Assembleia Legislativa do Estado (Alepe), ambos poderes aliados do socialista, fizeram o mesmo, fechando as portas mais cedo. Aqui, acho que o medo de quebra-quebra também contribuiu para o meio-feriado.
O entusiasmo governamental foi tanto com o sucesso da operação que a Secretaria de Defesa Social (SDS) e o Palácio do Campo das Princesas chegaram a inflar, para 100 mil, o número de manifestantes, como se o Recife pudesse se destacar em calmaria no meio de tanta agitação no Brasil, mais um feito de Eduardo.
Com tempo para planejar as ações, da PM e não apenas do aparato policial, o governador Eduardo Campos transformou o protesto do Recife em quase um desfile cívico. Não faltou estudantes sendo dispensados de suas escolas mais cedo.
Não havia grito de ordem, não se via nada politizado. É como se as pessoas tivessem dito assim, tá na moda eu vou. Houve quem falasse de uma espécie de carnaval fora de época, em alguns momentos.
É verdade que teve um cartaz aqui e ali contra a sua imagem pessoal, mas nada que não possa ser depositado na conta da democracia.
O governador socialista também foi ajudado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). Numa decisão da véspera, o órgão determinou (recomendou, na verdade) que os motoristas, mesmo aderindo ao protesto, teriam que recolher os ônibus às garagens, sob pena de, sob dissídio, serem demitidos por justa causa. A Oposição Rodoviária, ligada ao PSOL, que busca derrubar o atual presidente dos rodoviários, Patrício Magalhães, nem se queimou com a juventude porque vendeu a história como uma contribuição à paralisação geral da cidade.
Sem ônibus na rua, não haveria engarrafamento nem combustível para queimar. Desapareceu o objeto da ira, inicial. A decisão também acabou beneficiando os empresários do setor, sempre tratados como diabos facistas, pois não tiveram problemas com vandalismo de suas lucrativas carroças. Quebradeira, zero, portanto. Nem chance houve.
Empresas liberaram funcionários mais cedo, ajudando a esvaziar a pressão sobre as artérias da cidade.
O Tribunal de Justiça do Estado (TJPE) e a Assembleia Legislativa do Estado (Alepe), ambos poderes aliados do socialista, fizeram o mesmo, fechando as portas mais cedo. Aqui, acho que o medo de quebra-quebra também contribuiu para o meio-feriado.
Os jornais também fizeram a sua parte pedindo paz nos protestos. Lembrei de tropa de elite, com a figura dos riquinhos com consciência social fazendo suas passeatas.
Por fim, o governador Eduardo Campos acabou sendo beneficiado pela localização da Arena Pernambuco, que ele mesmo escolheu mandar para São Lourenço da Mata. Nestes dias conturbados, a distância virou uma vantagem comparativa. Não se viu aqui, assim, as cenas de violência que ocorreu no Castelão, no Ceará, justamente porque o campo não fica no meio da cidade. E pensar que algumas pessoas chegaram a reclamar que o estádio era longe e de difícil acesso.
De resto, o que está acontecendo no Brasil? Não falta olhar de superfície sobre o gigante desperto. Vamos ver como se comporta essa juventude com o próximo escândalo. Só podemos torcer.
Por fim, o governador Eduardo Campos acabou sendo beneficiado pela localização da Arena Pernambuco, que ele mesmo escolheu mandar para São Lourenço da Mata. Nestes dias conturbados, a distância virou uma vantagem comparativa. Não se viu aqui, assim, as cenas de violência que ocorreu no Castelão, no Ceará, justamente porque o campo não fica no meio da cidade. E pensar que algumas pessoas chegaram a reclamar que o estádio era longe e de difícil acesso.
De resto, o que está acontecendo no Brasil? Não falta olhar de superfície sobre o gigante desperto. Vamos ver como se comporta essa juventude com o próximo escândalo. Só podemos torcer.
quinta-feira, 20 de junho de 2013
Acorda, Brasil!
O POVO se agiganta e protestos avançam em todo o país, com manifestantes entoando gritos de guerra contra partidos políticos. O grito que estava preso na garganta foi solto! Saiu! E a declaração de independência! É o povo, pelo povo, para o povo. Acorda, Brasil! Avante, companheiros, a Ágora é agora!
Abin monta rede para monitorar internet
BRASÍLIA (AE) - Sem detectar as manifestações combinadas pelas redes sociais, e que hoje terão como alvo o Palácio do Planalto, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) montou às pressas uma operação para monitorar a internet. O governo destacou oficiais de inteligência para acompanhar, por meio do Facebook, Twitter, Instagram e WhatsApp, a movimentação dos manifestantes. A avaliação na agência é de que as tradicionais pastas do governo que tratavam de articulação com a sociedade civil perderam a interlocução com as lideranças sociais. A decisão foi tomada após uma crise entre assessores civis da presidente Dilma Rousseff e o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), que não teria alertado o Planalto das manifestações da semana passada em São Paulo e que fortaleceram a onda de protestos no Brasil. Nos últimos dois meses, os agentes da Abin e de outros órgãos de inteligência foram deslocados para a segurança da Copa das Confederações, negligenciando outras áreas. Com a eclosão da crise no setor, o potencial das manifestações passou a ser medido e analisado diariamente pelo Mosaico, um sistema online de acompanhamento de cerca de 700 temas definidos pelo ministro-chefe do GSI, general José Elito. Nos relatórios, os oficiais da agência tentam antecipar o roteiro e o tamanho dos protestos, infiltrações de grupos políticos e até supostos financiamento dos eventos. “O monitoramento, acompanhamento dos assuntos nacionais é dever de todos nós, independentemente de qualquer assunto”, disse o ministro. O GSI colocou grades duplas em torno do Palácio do Planalto para reforçar a segurança em preparação para um protesto marcado para ontem. Em dias de manifestações, as instalações presidenciais são protegida na parte interna, pelos seguranças do GSI e pela Polícia do Exército, e, na parte externa, pela Polícia Militar do Distrito Federal.
Ministério Público do Trabalho vai ajuizar ação civil pública contra empresas de ônibus do Grande Recife
"Levantamento feito pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) a pedido do Ministério Público do Trabalho (MPT), por meio da Procuradoria Regional do Trabalho da 6ª Região, e repassado ao Jornal do Commercio revelou que nada menos que 5 mil motoristas de ônibus da Região Metropolitana do Recife se afastaram do serviço nos últimos cinco anos por problemas de saúde. Eles também estão esgotados.
(JORNAL DO COMMERCIO)
A VIA-CRÚCIS DE USUÁRIOS E MOTORISTAS
ATO PÚBLICO Um dos motes do protesto, a falta de qualidade do transporte é sentida na pele por quem dirige e por quem viaja
O anúncio da redução de R$ 0,10 nas tarifas de ônibus, que começa a valer a partir de hoje, é quase nada perto dos problemas enfrentados pelo transporte público no Grande Recife. Superlotação, demora, falta de conforto, veículos velhos, calor, desrespeito. Um giro pelas estações e pelos coletivos nos horários de pico, como o feito na manhã de ontem pela reportagem, revela o drama diário do cidadão. A via-crúcis dos passageiros caminha lado a lado com um profissional muitas vezes criticado, mas que é submetido a condições desumanas de trabalho. Levantamento feito pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) a pedido do Ministério Público do Trabalho (MPT), por meio da Procuradoria Regional do Trabalho da 6ª Região, e repassado ao Jornal do Commercio revelou que nada menos que 5 mil motoristas de ônibus da Região Metropolitana do Recife se afastaram do serviço nos últimos cinco anos por problemas de saúde. Eles também estão esgotados.
"Decidi requisitar o número de motoristas que entraram em gozo de benefício previdenciário nos últimos cinco anos. A resposta foi alarmante. Isso está diretamente ligado às condições precárias de trabalho a que eles são submetidos. Alguns cumprem jornada de até 16 horas", disse Vanessa Patriota da Fonseca, procuradora da PRT-6.
A pesquisa foi realizada após as 18 empresas de ônibus da RMR se recusarem a assinar termo de ajustamento de conduta (TAC) a respeito de irregularidades cometidas. O MPT, ante a negativa, resolveu ajuizar ação contra as empresas e, para isso, solicitou as informações ao INSS. "Decidi requisitar o número de motoristas que entraram em gozo de benefício previdenciário nos últimos cinco anos. A resposta foi alarmante. Isso está diretamente ligado às condições precárias de trabalho a que eles são submetidos. Alguns cumprem jornada de até 16 horas", disse Vanessa Patriota da Fonseca, procuradora da PRT-6.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Urbanos de Passageiros, existem cerca de 10 mil motoristas de ônibus no Grande Recife. Isso quer dizer que metade deles já sofreu algum tipo de problema de saúde que ocasionou afastamento temporário ou definitivo do serviço. Os mais comuns são problemas ósseo, musculares, traumatismos e estresse.
As principais mazelas apontadas são calor, ruído, vibração e desconforto. Os danos de um transporte público precário e saturado não são apenas dos motoristas. A população sofre na pele e por isso vai às ruas hoje.
O Terminal Integrado da Macaxeira recebe todo dia aproximadamente 54 mil usuários e 14 linhas que circulam pelo Grande Recife. Quem depende do terminal tem como principal reclamação as filas quilométricas.
"Não temos ônibus suficientes para atender. Tem gente que demora até duas horas esperando", informou Maria Luísa Santos. "Eu sempre espero e só pego o segundo ou terceiro carro para poder embarcar", disse.
O mais comum no TI da Macaxeira são os momentos de correria com a chegada de uma das linhas. A falta de funcionários para fiscalizar permite que alguns passageiros usem até janelas dos coletivo para evitar as filas enormes e garantir um lugar sentado.
CORREDORES
Para tentar amenizar a situação, a Prefeitura do Recife anunciou que vai implantar 40 quilômetros de corredores exclusivos para ônibus em cinco importantes avenidas da cidade.
A Mascarenhas de Morais, Abdias de Carvalho, Beberibe, Conselheiro Aguiar e Domingos Ferreira vão receber os corredores de BRS (Bus Rapid Service). A Domingos Ferreira deve ser a primeira a ter o funcionamento da nova via, assim que a Via Mangue for inaugurada em janeiro de 2014.
(JORNAL DO COMMERCIO)
A VIA-CRÚCIS DE USUÁRIOS E MOTORISTAS
ATO PÚBLICO Um dos motes do protesto, a falta de qualidade do transporte é sentida na pele por quem dirige e por quem viaja
O anúncio da redução de R$ 0,10 nas tarifas de ônibus, que começa a valer a partir de hoje, é quase nada perto dos problemas enfrentados pelo transporte público no Grande Recife. Superlotação, demora, falta de conforto, veículos velhos, calor, desrespeito. Um giro pelas estações e pelos coletivos nos horários de pico, como o feito na manhã de ontem pela reportagem, revela o drama diário do cidadão. A via-crúcis dos passageiros caminha lado a lado com um profissional muitas vezes criticado, mas que é submetido a condições desumanas de trabalho. Levantamento feito pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) a pedido do Ministério Público do Trabalho (MPT), por meio da Procuradoria Regional do Trabalho da 6ª Região, e repassado ao Jornal do Commercio revelou que nada menos que 5 mil motoristas de ônibus da Região Metropolitana do Recife se afastaram do serviço nos últimos cinco anos por problemas de saúde. Eles também estão esgotados.
"Decidi requisitar o número de motoristas que entraram em gozo de benefício previdenciário nos últimos cinco anos. A resposta foi alarmante. Isso está diretamente ligado às condições precárias de trabalho a que eles são submetidos. Alguns cumprem jornada de até 16 horas", disse Vanessa Patriota da Fonseca, procuradora da PRT-6.
A pesquisa foi realizada após as 18 empresas de ônibus da RMR se recusarem a assinar termo de ajustamento de conduta (TAC) a respeito de irregularidades cometidas. O MPT, ante a negativa, resolveu ajuizar ação contra as empresas e, para isso, solicitou as informações ao INSS. "Decidi requisitar o número de motoristas que entraram em gozo de benefício previdenciário nos últimos cinco anos. A resposta foi alarmante. Isso está diretamente ligado às condições precárias de trabalho a que eles são submetidos. Alguns cumprem jornada de até 16 horas", disse Vanessa Patriota da Fonseca, procuradora da PRT-6.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Urbanos de Passageiros, existem cerca de 10 mil motoristas de ônibus no Grande Recife. Isso quer dizer que metade deles já sofreu algum tipo de problema de saúde que ocasionou afastamento temporário ou definitivo do serviço. Os mais comuns são problemas ósseo, musculares, traumatismos e estresse.
As principais mazelas apontadas são calor, ruído, vibração e desconforto. Os danos de um transporte público precário e saturado não são apenas dos motoristas. A população sofre na pele e por isso vai às ruas hoje.
O Terminal Integrado da Macaxeira recebe todo dia aproximadamente 54 mil usuários e 14 linhas que circulam pelo Grande Recife. Quem depende do terminal tem como principal reclamação as filas quilométricas.
"Não temos ônibus suficientes para atender. Tem gente que demora até duas horas esperando", informou Maria Luísa Santos. "Eu sempre espero e só pego o segundo ou terceiro carro para poder embarcar", disse.
O mais comum no TI da Macaxeira são os momentos de correria com a chegada de uma das linhas. A falta de funcionários para fiscalizar permite que alguns passageiros usem até janelas dos coletivo para evitar as filas enormes e garantir um lugar sentado.
CORREDORES
Para tentar amenizar a situação, a Prefeitura do Recife anunciou que vai implantar 40 quilômetros de corredores exclusivos para ônibus em cinco importantes avenidas da cidade.
A Mascarenhas de Morais, Abdias de Carvalho, Beberibe, Conselheiro Aguiar e Domingos Ferreira vão receber os corredores de BRS (Bus Rapid Service). A Domingos Ferreira deve ser a primeira a ter o funcionamento da nova via, assim que a Via Mangue for inaugurada em janeiro de 2014.
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