quarta-feira, 19 de junho de 2013

Movimento paralelo ao sindicato oficial marcou para a tarde de amanhã nova paralisação


Sofia Costa, Aldo Lima e Noelia Brito,
da Oposição Rodoviária de Verdade/CSP Conlutas

Diário de Pernambuco

Motoristas cruzarão os braços nesta quinta-feira


Publicação: 19/06/2013 07:23 Atualização: 19/06/2013 08:14
Três horas sem ônibus em meio ao protesto recifense de apoio às mobilizações nacionais. Motoristas, cobradores e fiscais que apoiam a Oposição Rodoviária de Verdade - CSP Conlutas irão realizar uma nova paralisação amanhã, das 16h às 19h, para reinvindicar melhores condições de trabalho, aumento salarial e nova presidência para o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário, que representa oficialmente a categoria no estado e é responsável por participar das rodadas de negociações com o patronado. Ontem, a primeira reunião de negociação com o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros no Estado (Urbana-PE) foi realizada, mas sem acordo.
A Oposição de Verdade, criada em 2012, não divulgou os locais onde haverá paralisação. Na última sexta-feira, os rodoviários pararam por três horas, durante a manhã, no Centro, e em alguns terminais. A expectativa é de que a adesão seja de 80 a 90% da categoria, percentual estimado de pessoas que apoiam a Oposição de Verdade. As principais reinvindicações na pauta são o aumento de 33% nos salários de motoristas e fiscais, o estabelecimento de piso de R$ 1,2 mil para cobradores e o acréscimo de R$ 140 no ticket alimentação - cujo valor é de R$ 160. Atualmente, cobradores, motoristas e fiscais recebem, respectivamente, R$ 690, R$ 1,5 mil e R$ 970.
O grupo também pede novas eleições para a presidência do sindicato oficial da categoria. “Precisamos pedir as atas em Brasília e identificamos que as eleições de 2004 e 2009 não aconteceram. Iremos pedir interferência do Ministério Público do Trabalho (MPT) para que haja um novo pleito e para que o TAC proposto em setembro do ano passado seja assinado pelas empresas. O sindicato não representa a nossa classe”, explicou a liderança dessa oposição, o motorista Aldo Lima, que afirma ter sido demitido e readmitido na semana passada. Segundo ele, as empresas tinham se comprometido a assinar o documento depois de participarem da licitação do governo.
Eles questionam ainda a cobrança mensal da contribuição confederativa. “Esperamos que haja uma ação civil pública por parte do MPT, para que o presidente seja afastado imediatamente”, comentou a advogada Noelia Brito. A atual diretoria do sindicato foi procurada, mas não deu respostas. Em 2012, eles receberam aumento de 7,5%. Ontem, eles fizerma uma mobilização em frente à Procuradoria Regional do Trabalho.

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