Sexta-feira, 14 de junho de 2013
O GODOT QUE NÃO VEM
A peça “Esperando Godot” , clássico do teatro universal, escrita por Samuel Bekett, conta a estória de dois mendigos, Vladimir e Estragon, que vivem à espera de alguém que nunca vem. Em certos momentos eles até pensam em ir embora ou até mesmo em se matarem, mas, então, recordam do porquê de estarem ali: a espera de Godot, personagem misterioso sobre o qual os dois depositam todas as suas esperanças de dias melhores. A obra de Bekett retrata de certa forma, a letargia que tomou conta do povo brasileiro, sempre a espera de um salvador da pátria, um ícone, um milagre, um Godot que traga consigo dias melhores. Em função disso, o brasileiro, desde a redemocratização, pelo menos, vai às urnas a cada dois anos e deposita seu voto, esperando que dali saia um ou quem sabe, vários Godots. Mas como o de Bakett, o fato é que esse Godot, saído das urnas eleitorais ou eleitoreiras nunca vem e provavelmente, nunca virá.
Cansados de esperar Godot, muitos brasileiros resolveram tomar as rédeas de seus próprios destinos e diferentemente de Vladimir e Estragon, entraram para além do entendimento dos que ocupam os altos postos de comando da Nação, para mobilizados, mostrarem que não querem e não aguentam mais esperar pelo que não vem. Nossos Vladimir e Estragon se multiplicaram em milhões e partiram para as praças, avenidas, para as frentes dos palácios para reclamar providências urgentes contra os aumentos abusivos das passagens, a corrupção, a destruição do meio ambiente, a dilapidação do patrimônio público, contra o preconceito, contra a violência, enfim, contra tudo que degrada a condição humana e torna nossa vida um eterno esperar por um Godot que manda recados, mas que, sem respeito, nunca vem para nos mostrar os tão sonhados e prometidos dias melhores.
E não adianta o marketing oficial repetir a todo instante que a vida está melhorando e que o eldorado tão sonhado, que Godot, está para vir, como o menino de recados de Bekett, pois depois de tanto tempo debaixo de uma árvore, a céu aberto, sofrendo todo tipo de intempérie, esperar Godot se tornou um fardo tão pesado, que de insuportável nossos mendigos da vida real, sempre mais dura que qualquer ficção, comprovam, pelos protestos e manifestações que proliferam pelo país, não estarem mais dispostos a permanecer no mesmo lugar.
Cansados de esperar Godot, muitos brasileiros resolveram tomar as rédeas de seus próprios destinos e diferentemente de Vladimir e Estragon, entraram para além do entendimento dos que ocupam os altos postos de comando da Nação, para mobilizados, mostrarem que não querem e não aguentam mais esperar pelo que não vem. Nossos Vladimir e Estragon se multiplicaram em milhões e partiram para as praças, avenidas, para as frentes dos palácios para reclamar providências urgentes contra os aumentos abusivos das passagens, a corrupção, a destruição do meio ambiente, a dilapidação do patrimônio público, contra o preconceito, contra a violência, enfim, contra tudo que degrada a condição humana e torna nossa vida um eterno esperar por um Godot que manda recados, mas que, sem respeito, nunca vem para nos mostrar os tão sonhados e prometidos dias melhores.
E não adianta o marketing oficial repetir a todo instante que a vida está melhorando e que o eldorado tão sonhado, que Godot, está para vir, como o menino de recados de Bekett, pois depois de tanto tempo debaixo de uma árvore, a céu aberto, sofrendo todo tipo de intempérie, esperar Godot se tornou um fardo tão pesado, que de insuportável nossos mendigos da vida real, sempre mais dura que qualquer ficção, comprovam, pelos protestos e manifestações que proliferam pelo país, não estarem mais dispostos a permanecer no mesmo lugar.
CURTO CIRCUITO
• Lançamento - Esta sexta-feira (14), é dia de prestigiar a amiga Elza Ferreira, que lança seu primeiro livro, “Comunicação Pública e Cidadania: Um estudo sobre a Campanha Cultura de Paz em Maracanaú”. A obra é o resultado da dissertação de seu mestrado em Políticas Públicas pela UECE. A solenidade acontece às 19 horas, no Museu de Arte Contemporânea da UFC, na Av. da Universidade, 2854, Benfica – Fortaleza.
• Lançamento - Esta sexta-feira (14), é dia de prestigiar a amiga Elza Ferreira, que lança seu primeiro livro, “Comunicação Pública e Cidadania: Um estudo sobre a Campanha Cultura de Paz em Maracanaú”. A obra é o resultado da dissertação de seu mestrado em Políticas Públicas pela UECE. A solenidade acontece às 19 horas, no Museu de Arte Contemporânea da UFC, na Av. da Universidade, 2854, Benfica – Fortaleza.
• Raposa em galinheiro - Há coisas que só acontecem no Ceará: O ex-prefeito de Itapajé, João Batista Braga, pego com a boca na botija fazendo “estripulias” com os recursos públicos, elegeu, em 2012, o filho Cirto Braga, seu sucessor. Em sinal de “profundo amor filial,”, Ciro nomeou o pai secretário das mesmas Finanças pelas quais tinha sido condenado...
• Haja amor! No “hall” da Assembleia Legislativa, uma mulher, exibindo um olho inchado e azulado, dizia estar ali na Casa do povo tentando arrumar um emprego para o marido, autor daquele estrago por estar nervoso e desempregado. Um deputado gozador que passava prometeu: se a senhora aparecer amanhã com os dois olhos “no anil” eu emprego os dois...
UMAS & OUTRAS
• Cutias do PT I - Esses vereadores do PT são mesmo igual a “cotia, que só olha pro rabo do macado”. Agora andam enchendo o saco do prefeito Roberto Cláudio (PSB), criticando os estacionamentos de Fortaleza. O Acrísio Sena é um. Já fez até uma audiência pública sobre o tema, criticando os estacionamentos do centro, quase todos sem alvará de funcionamento, cobram o que querem, ordenam como querem o que passar da hora ou fração.
• Cutias do PT I - Esses vereadores do PT são mesmo igual a “cotia, que só olha pro rabo do macado”. Agora andam enchendo o saco do prefeito Roberto Cláudio (PSB), criticando os estacionamentos de Fortaleza. O Acrísio Sena é um. Já fez até uma audiência pública sobre o tema, criticando os estacionamentos do centro, quase todos sem alvará de funcionamento, cobram o que querem, ordenam como querem o que passar da hora ou fração.
• Cutias do PT II - Até aí tudo bem, não fosse o problema uma das heranças malditas da ex-prefeita Luizianne Lins. O problema é que a tal esquerda, esculhamba com o que eles tiveram oito anos no poder pra fazer e não fizeram e/ou na verdade permitiram e até incentivaram que acontecesse. Vai aguentar essa petezada!
*Publicada na edição impressa do Jornal "O Estado", de Fortaleza, em 14/06/2014
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