Sexta-feira, 07 de junho de 2013
LUIZIANNE E FALTA DE HUMILDADE
A ex-prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins, saiu do poder há alguns meses, mas, ao que tudo indica, o poder ainda não saiu dela. Talvez ainda contaminada pelos oito longos anos que passou encastelada no Paço Municipal não foi capaz de descer à planície para calçar as sempre recomendáveis, mas nem sempre confortáveis, “sandálias da humildade”. Após o jantar em que Ciro Gomes teria aparado as arestas com o presidente de seu partido, o governador de Pernambuco Eduardo Campos, pré-candidato à sucessão da petista Dilma Rousseff, cuja reeleição Ciro tem se declarado favorável, para contrariedade de Eduardo, Luizianne tem apregoado que tal encontro só ocorreu em razão dos termos de Ciro de que ela migrasse para o PSB, a convite do próprio Eduardo e se lançasse candidata ao governo do Ceará.
Todos sabemos que a ex-prefeita não comanda mais sequer o próprio Partido, mesmo após oito anos no comando de uma capital importante como Fortaleza. Perdeu a prefeitura para o candidato dos Ferreira Gomes por incapacidade de escolher um candidato de consenso, quando o PSB até se dispunha em apoiar um outro candidato do PT que não fosse o seu. Eduardo Campos não tem ingerência nenhuma no PSB do Ceará, aliás, sua influência na eleição para prefeito da capital cearense foi simplesmente nula.
A candidatura de Eduardo à presidência tem encontrado resistência não apenas no PSB do Ceará, mas também em outros estados governados pelo Partido, casos do Amapá e Espírito Santo, só para citar dois exemplos e Luizianne acredita mesmo que o jantar foi para falar sobre ela. É triste assistir a decadência de uma política que poderia ter realmente ido muito mais longe se não se tivesse deixado levar por esse tipo de veleidade. A ex-prefeita é uma pessoa preparada, carismática, mas precisa acrescentar uma pitada de algo que ela nunca demonstrou ter e que é fundamental para qualquer pessoa, especialmente na vida pública: humildade.
CURTO CIRCUITO
• COBRANÇA
Referindo-se às reuniões periódicas do Monitoramento de Ações Públicas Prioritárias –MAPP, o governador Cid Gomes explicou tratar-se de uma medida que deveria ser tomada por todos os gestores públicos. No caso do seu governo, ele diz que, quando um estado investe R$ 7 bilhões em projetos, é obrigado a cobrar mais dos seus secretários.
• MELHORANDO
Em mensagem remetida à Câmara Municipal de Fortaleza, o prefeito Roberto Cláudio (PSB) comunicou à Casa a liberação de recursos destinados a construir e também a melhorar moradias nas áreas mais carentes de Fortaleza. A melhoria é mais prática do que a construção de novas residências do “minha Casa...”, que tem se mostrado muito lento.
• É CRUEL
Tem sido de cortar coração, a batalha inglória em que se encontram envolvidos dezenas de milhares de diabéticos de Fortaleza, em consequência da quebra de equipamento destinado a atender a pacientes dessa moléstia. Lideranças já percorreram Assembleia, Câmara Municipal e incontáveis órgãos, sem que tenham sido ouvidos em seus dramáticos apelos.
UMAS & OUTRAS
• DESCOBRIMENTO
A presidente Dilma Rousseff, juntamente com os “gênios” que a cercam no Palácio do Planalto, de repente, “descobriram novamente a pólvora”... Isso, após a chefona concluir que, reduzindo a quantidade de Medidas Provisórias enviadas ao Legislativo, ensejaria a que esse poder possa fazer aquilo para o que foi criado, ou seja, aprovar leis ali geradas.
• EXPLICADO
Ainda a respeito da Nota anterior, sem surpresa, a presidente Dilma, ao “encolher” a remessa de MPs ao Congresso Nacional, fazê-lo com o objetivo de amainar a “tempestade” de insatisfação que se apodera de quase todo o PMDB . Indaga-se: será que somente os parlamentares do PMDB são prejudicados com as limitações para legislar?
• QUASE “MELOU”
Mostrando que a aprovação da matéria dos novos municípios não é do inteiro agrado do Planalto, o líder do governo na Câmara Federal Arlindo Chináglia quase “melou” a decisão, ao tentar entrar com substitutivo, em que deixa expressa a preocupação com a construção de novas cidades em territórios indígenas, ou pertencentes à Marinha.
• INSULTO
A “novela da “importação” de seis mil médicos cubanos para o Brasil, encontra cada vez mais adversários. Para a quase totalidade da bancada federal do Nordeste, além de desnecessária, essa medida se constitui num “insulto” aos médicos brasileiros que, para trabalharem nas cidades do interior, não querem mais do que condições de trabalho e salários dignos.
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