PF e MPF fazem buscas e apreensões nos escritórios de advocacia de Cesar Asfor, ex-presidente do STJ
Os escritórios de advocacia do ex-presidente do STJ, Cesar Asfor Rocha são alvos de buscas e apreensões na manhã de hoje, em desdobramento da Operação Apius que apura suborno ao então ministro pela Construtora Camargo Correia, para que fosse arquivada a Operação Castelo de Areia.
Na presente data, estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão em duas sedes dos escritórios de advocacia, uma em São Paulo e outra em Fortaleza.
Em nota, o MPF reconhece "que apenas em casos excepcionais escritórios de advocacia podem ser alvo de buscas. A advocacia é uma função essencial ao bom funcionamento da Justiça, e o sigilo do local de trabalho daqueles que exercem essa atividade é um valor importante da democracia."
"A medida, contudo, justifica-se quando voltada à apuração de indícios de cometimento de crime pela própria pessoa do advogado responsável pelo escritório alvo das buscas", diz a nota.
No caso, prossegue a nota, "as diligências realizadas hoje, autorizadas pela ustiça Federal em São Paulo, mostraram-se necessárias diante de circunstâncias atípicas verificadas durante o cumprimento de outras medidas investigativas, como por exemplo a ausência de computadores na(s) residência(s) do(s) advogado(s) investigado(s), embora ali houvesse impressoras, cabos de rede e de energia e monitores, além da formatação de celulares com apagamento de dados e de outros fatos que denotaram possíveis ações de ocultação de elementos relevantes à apuração."
E finaliza: "Em observância à lei e às condições estabelecidas pela Justiça, as medidas de hoje estão sendo cumpridas com a cautela devida, com acompanhamento de um representante da OAB, e são movidas pelo interesse público de pleno esclarecimento dos graves fatos sob apuração na citada Operação."
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